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►[[(Figueredo, 1933)]], dá detalhes da origem e localização dessa capela, no relato da excursão às suas ruínas: | ►[[(Figueredo, 1933)]], dá detalhes da origem e localização dessa capela, no relato da excursão às suas ruínas: |
Igreja na m.d. do 'Iuripraxaca' (Rio Jurissaca).
Natureza: igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Nomes históricos: Igreja de São Gonçalo de Jurissaca; Hermida de São Gonçalo.
Igreja construída em 1633 por D. Luiz de Souza Henriques, senhor do Engenho Jurissaca.
Nome atual: está em ruínas.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotada como casa, sem nome, na m.d. do 'Iuripraxaca' (Rio Jurissaca).
►(Figueredo, 1933), dá detalhes da origem e localização dessa capela, no relato da excursão às suas ruínas:
@ pg. 55:
"Dessa visita deu noticia Mario Melo em sessão do Instituto e em artigo no Diário de Pernambuco, (1) atribuindo ser essa igreja a «Hermida de São Gonçalo, que havia a algumas milhas de Nazareth, em sitio apartado e secreto"» de que dão noticia Frei Rafael de Jesus e Fernandes Gama; e sob cujo teto combinaram os chefes insurgentes o plano de assédio e extermínio aos holandeses. ... Só agora, porem, com Frei Vicente do Salvador, Brito Freire, Borges da Fonseca, Varnhagem e Pereira da Costa, descubro que a igreja de São Gonçalo, de Jurissaca, foi mandada edificar pelo fidalgo D. Luiz de Souza Henriques, que foi administrador geral das minas Paulistas e governador das Capitanias do Rio de Janeiro, São Vicente e Espírito Santo.".
@ pg 57:
"E porque Jurissaca possue a sua igreja desde a sua fundação, que data de 1614, a gente nota, examinando a arruinada igreja de São Gonçalo e o local em que ela está edificada, um propósito de estratégia e resguardo na estrutura da obra, que foi, talvez, o mesmo com que D. Luiz traçou o plano da sua edificação. Tanto estão a indicar a fortaleza das suas largas paredes de um metro e as pronunciadas seteiras ou balestreiros, feitas como se fossem para aclarar o recinto.
E este proposito tanto mais se nos acentua, quando verificamos que ela foi construída em plena efervescência da luta holandesa, quando a sorte se pronunciava em favor das armas inimigas.".
@ pg. 58-59, transcrevendo a noticia dessa excursão, escrita pelo dr. Mário Melo, no Diário de Pernambuco de 28 de Outubro de 1928, no artigo EM ROMARIA AO PASSADO:
"DELICIOSO ESPETÁCULO
Na cidade do Cabo, tomaram o guia sr. Jefferson Lazzari, rumaram para o norte por outra estrada e. com poucas léguas, orientaram-se para leste, até o encontro da mata espessa, onde deixaram o carro.
Entrando por uma vereda, andaram alguns quilômetros e se depararam com uma região de argilas amarelas e vermelhas, de cujos outeiros, já muito escavados, extraem a ocra.
...
ROMPENDO TIRIRICA
O guia tinha idéia de que a igreja procurada estava num morro à esquerda da vereda e, como para ele não existia caminho, houve duas horas de batida pelo matagal rompendo tiririca, salpicada de insetos. até o enconro da desejada ruina, o que se obteve à custa de muita persistência.
AS RUÍNAS DA IGREJA
No cume do morro mais elevado da mata deparou-se-lhes entre arvores seculares, o magestoso espectaculo das ruínas do templo católico. O átrio completamente ruído. Apenas um montão de pedras — geralmente arenito ferruginoso — e, entre estas, velha cajazeira. nascida após a derrocada. As paredes laterais, de um metro de espessura, ainda de pé. Sobre estas, vegetação tão abundante que os galhos de algumas árvores de um e de outro lado se encontram, como substituindo a cobertura, de que nada mais existe no corpo da igreja. Todo o ladrilho escavado e revolvido, e. esparsos aqui e ali, fragmentos de esqueletos humanos. Nenhum vestígio de madeirainento. À direita de quem entra, o lugar do púlpito, que teria sido de madeira.
...
PROCURANDO DECIFRAR O ENIGMA
...
O inicio desta? Como descobrir? Estaria, talvez, gravado na fachada. Mas a fachada ruíra. Na face das rochas que a constituíam, nenhum sinal.
Sem desanimar, o sr. Naasson Figuerêdo disse que poderia ser inspirado pelos que ali tiveram sepultura.
E continuaram a pesquisa separadamente, cada um para seu lado.
Súbito, o último solta um grito de alegria. Divisara um algarismo na clave do centro do arco: 163...
Todos correm em busca da decifração dos números.
Muito ágil, o sr. Jefferson Lazzari agarra-se aos cipós que pendem duma árvore nascida sobre as paredes. sobe e esclarece a data: 1633.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Gonçalo (igreja do 'Iuripraxaca' (Rio Jurissaca))". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=S._Gon%C3%A7alo_(igreja_do_%27Iuripraxaca%27_(Rio_Jurissaca)). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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