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►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ ∂a GԐrra', na [[m.e.]] do rio sem nome, afluente [[m.e.]] do 'Rº. Piripama'. | ►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ ∂a GԐrra', na [[m.e.]] do rio sem nome, afluente [[m.e.]] do 'Rº. Piripama'. | ||
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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, na [[m.e.]] do 'Guarujat' (Rio Gurjaú). | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, na [[m.e.]] do 'Guarujat' (Rio Gurjaú). | ||
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"2 - Engenho da Guerra, pertencente ao citado João Paes Barreto, fica a menos de meia milha ao sudoeste do seu mencionado engenho Velho; este engenho mói com bois, tem duas moendas que anualmente moem 6.000 a 8.000 arrobas de açúcar; as canas crescem nos vales em redor do engenho, tendo a terra destinada para isto a extensão de uma milha; a casa de purgar tem paredes de taipa, como também um lado da casa das caldeiras, nas quais foram encontradas as caixas, fôrmas de açúcar e caldeiras abaixo mencionadas. Aqui não havia casa de morada para o senhor do engenho. Paga de recognição 30 arrobas de açúcar encaixado.". | "2 - Engenho da Guerra, pertencente ao citado João Paes Barreto, fica a menos de meia milha ao sudoeste do seu mencionado engenho Velho; este engenho mói com bois, tem duas moendas que anualmente moem 6.000 a 8.000 arrobas de açúcar; as canas crescem nos vales em redor do engenho, tendo a terra destinada para isto a extensão de uma milha; a casa de purgar tem paredes de taipa, como também um lado da casa das caldeiras, nas quais foram encontradas as caixas, fôrmas de açúcar e caldeiras abaixo mencionadas. Aqui não havia casa de morada para o senhor do engenho. Paga de recognição 30 arrobas de açúcar encaixado.". | ||
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"24. Engenho Guerra, também de João Paes, igualmente confiscado e vendido a de Ridder; é de bois e moente.". | "24. Engenho Guerra, também de João Paes, igualmente confiscado e vendido a de Ridder; é de bois e moente.". | ||
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"26) Engenho da Guerra, pertencente ao Sr. Wilhelm Doncker, é engenho de bois e mói. São lavradores: (não indica) . ". | "26) Engenho da Guerra, pertencente ao Sr. Wilhelm Doncker, é engenho de bois e mói. São lavradores: (não indica) . ". | ||
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►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 238-239, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: | ►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 238-239, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: | ||
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- E o engenho da Guerra, trinta arrobas de branco encaixado e posto no passo.". | - E o engenho da Guerra, trinta arrobas de branco encaixado e posto no passo.". | ||
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"(44) Dag. Notulem de 16, 17 e 18 de abril de 1641. Descreve-se aí a visita feita a alguns engenhos pelos altos conselheiros. Partindo do Recife, a 16 ... no dia seguinte (17) foram a cavalo ao engenho da Guerra, de Wilhelm Doncker, "onde, após um excelente jantar, passaram a noite", ...". | "(44) Dag. Notulem de 16, 17 e 18 de abril de 1641. Descreve-se aí a visita feita a alguns engenhos pelos altos conselheiros. Partindo do Recife, a 16 ... no dia seguinte (17) foram a cavalo ao engenho da Guerra, de Wilhelm Doncker, "onde, após um excelente jantar, passaram a noite", ...". | ||
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►[[(Pereira da Costa, 1903)]], Volume 2, Ano 1620, pg. 377: | ►[[(Pereira da Costa, 1903)]], Volume 2, Ano 1620, pg. 377: | ||
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Em 1637 foram os seus bens, que deixara em Pernambuco, confiscados pelos holandeses, e vendidos os seus engenhos Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, e que demonstra, portanto, a importância e valor de tais propriedades.". | Em 1637 foram os seus bens, que deixara em Pernambuco, confiscados pelos holandeses, e vendidos os seus engenhos Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, e que demonstra, portanto, a importância e valor de tais propriedades.". | ||
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+ | ►[[(Gonsalves de Mello, 2000)]], pg. 45: | ||
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+ | "Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; Sigemundt von Schkoppe e Nicolaes de Ridder, [que adquiriram] no dia 30 [de Maio de 1637], os Engenhos Velho e Guerra, no Cabo, por 70.000 florins; ... (29). | ||
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+ | (29) Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.". | ||
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+ | ►[[(Cabral de Mello, 2012)]]: | ||
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+ | @ pg. 110-112, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Cabo: | ||
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+ | «12) GUERRA, ENGENHO DA. Invocação Santo Antônio. Sito à margem esquerda do Gurjaú. Engenho de bois de duas moendas. Pagava pensão de trinta arrobas de açúcar branco encaixado e posto no passo. Fundado por João Pais Barreto, o Velho, que ainda o possuía em 1609. Em 1623, tendo passado às mãos do filho homônimo, o primeiro morgado do Cabo, produzia 5465 arrobas. Com a ocupação holandesa e na ausência do dono, foi arrendado pela WIC ao coronel Von Schkoppe e a Nicolaas de Ridder, que também haviam arrendado o outro engenho do morgado, o engenho Velho (Cabo) que lhe ficava vizinho. Anualmente produzia 6 mil arrobas a 8 mil arrobas de açúcar. Em 1636, "as canas crescem nos vales em redor do engenho, tendo a terra destinada para isto a extensão de uma milha; a casa de purgar tem paredes de taipa, como também um lado da casa das caldeiras [...]. Aqui não havia casa de morada para o senhor de engenho", uma vez que ele residia no engenho Velho. "Na casa das caldeiras foram encontradas cinco caldeiras grandes, quatro tachos, um parol, uma bacia, três tachos; na casa de purgar, cinco escumadeiras, quatro pombas e mais algumas outras ferramentas de cobre e de ferro quebradas." Schkoppe e outras autoridades do governo holandês foram então acusados na Holanda de controlarem sete ou oito engenhos, que "puseram para operar com escravos e trabalhadores da Companhia, sendo que os escravos foram em parte sustentados com víveres da Companhia". Interpelado a respeito, Hubrecht Brest, de volta do Brasil, confirmou a existência da prática. Schkoppe e De Ridder gozavam de preferência em caso da venda de ambos os engenhos, o que veio a ocorrer em 1637, sendo adquiridos por 70 mil florins em sete prestações anuais. Em 1638, Schkoppe vendeu o Guerra a Willem Doncker, coronel dos índios. Moía em 1637 e 1639. Em 1645, Doncker era devedor de 1653 florins à [[WIC]]. Moía em 1655. Em 1663, como escabino de Haia, Doncker apresentava suas pretensões a ressarcimento pela Coroa portuguesa, após ter apoiado, em sua qualidade oficial, a negociação do tratado de paz luso-neerlandês de 1661. Em 1665, o engenho pertencia a Fernão Soares da Cunha.(68)». | ||
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+ | @ pg. 183, Notas: | ||
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+ | «(68) RPFB, p. 205; FHBH, I, 53, 85, 145, 239; RCCB, pp. 37, 158; DN, 23.I e 30.V.1637, 23.VII.1639, 3.X.1640, 17.IV.1641; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 53; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; HGP, p. 110; "Rol da finta que se fez na freguesia do Cabo", 1665, AHU, PA, Pco., cx. 5; Wasch, "Braziliaansche pretensien", pp. 75-7; Osório de Andrade e Caldas Lins, ''João Pais, do Cabo'', pp. 54-56.». | ||
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
Engenho de bois, sem igreja, na m.e. do 'Ipoíucâ' (Rio Gurjaú).
Natureza: engenho de bois sem igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Nomes históricos: Engenho da (de) Guerra (Gverra), Engenho Guerra.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia do Cabo de Santo Agostinho.
Nome atual: ...
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ ∂a GԐrra', na m.e. do rio sem nome, afluente m.e. do 'Rº. Piripama'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, na m.e. do 'Guarujat' (Rio Gurjaú).
►(Schott, 1636), pg. 53:
"2 - Engenho da Guerra, pertencente ao citado João Paes Barreto, fica a menos de meia milha ao sudoeste do seu mencionado engenho Velho; este engenho mói com bois, tem duas moendas que anualmente moem 6.000 a 8.000 arrobas de açúcar; as canas crescem nos vales em redor do engenho, tendo a terra destinada para isto a extensão de uma milha; a casa de purgar tem paredes de taipa, como também um lado da casa das caldeiras, nas quais foram encontradas as caixas, fôrmas de açúcar e caldeiras abaixo mencionadas. Aqui não havia casa de morada para o senhor do engenho. Paga de recognição 30 arrobas de açúcar encaixado.".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.85:
"24. Engenho Guerra, também de João Paes, igualmente confiscado e vendido a de Ridder; é de bois e moente.".
►(Dussen, 1640), pg. 145:
"26) Engenho da Guerra, pertencente ao Sr. Wilhelm Doncker, é engenho de bois e mói. São lavradores: (não indica) . ".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 238-239, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia de Santo Antônio do Cabo
...
- E o engenho da Guerra, trinta arrobas de branco encaixado e posto no passo.".
►(Gonsalves de Mello, 1947), na Nota 44, pg. 147:
"(44) Dag. Notulem de 16, 17 e 18 de abril de 1641. Descreve-se aí a visita feita a alguns engenhos pelos altos conselheiros. Partindo do Recife, a 16 ... no dia seguinte (17) foram a cavalo ao engenho da Guerra, de Wilhelm Doncker, "onde, após um excelente jantar, passaram a noite", ...".
►(Pereira da Costa, 1903), Volume 2, Ano 1620, pg. 377:
"O marquês de Basto diz, em suas Memórias, que João Pais Barreto era um dos proprietários mais ricos do Brasil, e um dos moradores de distinção de Pernambuco.
Em 1637 foram os seus bens, que deixara em Pernambuco, confiscados pelos holandeses, e vendidos os seus engenhos Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, e que demonstra, portanto, a importância e valor de tais propriedades.".
►(Gonsalves de Mello, 2000), pg. 45:
"Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; Sigemundt von Schkoppe e Nicolaes de Ridder, [que adquiriram] no dia 30 [de Maio de 1637], os Engenhos Velho e Guerra, no Cabo, por 70.000 florins; ... (29).
...
(29) Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.".
@ pg. 110-112, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Cabo:
«12) GUERRA, ENGENHO DA. Invocação Santo Antônio. Sito à margem esquerda do Gurjaú. Engenho de bois de duas moendas. Pagava pensão de trinta arrobas de açúcar branco encaixado e posto no passo. Fundado por João Pais Barreto, o Velho, que ainda o possuía em 1609. Em 1623, tendo passado às mãos do filho homônimo, o primeiro morgado do Cabo, produzia 5465 arrobas. Com a ocupação holandesa e na ausência do dono, foi arrendado pela WIC ao coronel Von Schkoppe e a Nicolaas de Ridder, que também haviam arrendado o outro engenho do morgado, o engenho Velho (Cabo) que lhe ficava vizinho. Anualmente produzia 6 mil arrobas a 8 mil arrobas de açúcar. Em 1636, "as canas crescem nos vales em redor do engenho, tendo a terra destinada para isto a extensão de uma milha; a casa de purgar tem paredes de taipa, como também um lado da casa das caldeiras [...]. Aqui não havia casa de morada para o senhor de engenho", uma vez que ele residia no engenho Velho. "Na casa das caldeiras foram encontradas cinco caldeiras grandes, quatro tachos, um parol, uma bacia, três tachos; na casa de purgar, cinco escumadeiras, quatro pombas e mais algumas outras ferramentas de cobre e de ferro quebradas." Schkoppe e outras autoridades do governo holandês foram então acusados na Holanda de controlarem sete ou oito engenhos, que "puseram para operar com escravos e trabalhadores da Companhia, sendo que os escravos foram em parte sustentados com víveres da Companhia". Interpelado a respeito, Hubrecht Brest, de volta do Brasil, confirmou a existência da prática. Schkoppe e De Ridder gozavam de preferência em caso da venda de ambos os engenhos, o que veio a ocorrer em 1637, sendo adquiridos por 70 mil florins em sete prestações anuais. Em 1638, Schkoppe vendeu o Guerra a Willem Doncker, coronel dos índios. Moía em 1637 e 1639. Em 1645, Doncker era devedor de 1653 florins à WIC. Moía em 1655. Em 1663, como escabino de Haia, Doncker apresentava suas pretensões a ressarcimento pela Coroa portuguesa, após ter apoiado, em sua qualidade oficial, a negociação do tratado de paz luso-neerlandês de 1661. Em 1665, o engenho pertencia a Fernão Soares da Cunha.(68)».
@ pg. 183, Notas:
«(68) RPFB, p. 205; FHBH, I, 53, 85, 145, 239; RCCB, pp. 37, 158; DN, 23.I e 30.V.1637, 23.VII.1639, 3.X.1640, 17.IV.1641; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 53; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; HGP, p. 110; "Rol da finta que se fez na freguesia do Cabo", 1665, AHU, PA, Pco., cx. 5; Wasch, "Braziliaansche pretensien", pp. 75-7; Osório de Andrade e Caldas Lins, João Pais, do Cabo, pp. 54-56.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Đ Guerra (Guarujaĩ)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=%C4%90_Guerra_(Guaruja%C4%A9). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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