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►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'MasiԐrԐnԐ A', na [[m.e.]] do rio 'Rº. masjarԐno'. | ►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'MasiԐrԐnԐ A', na [[m.e.]] do rio 'Rº. masjarԐno'. | ||
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►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA, plotada como 'Amassereuo' e símbolo de aldeia, na margem esquerda do 'R. massareuo'. | ►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA, plotada como 'Amassereuo' e símbolo de aldeia, na margem esquerda do 'R. massareuo'. | ||
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►Citada como Aldeia Jacknigh pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme: | ►Citada como Aldeia Jacknigh pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme: | ||
− | + | * Nota 43 de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in [[(Southey, 1810)]], Notas do capítulo IV, pg. 207: | |
"43 Jaraguazu, ou Eguararaca, a três milhas da Paraíba (Nossa Senhora das Neves, tratada nesta nota como cidade da Paraíba) por terra, mas sete pelo rio acima, que era o caminho ordinário, que se seguia; Jaknigh, uma milha além; ... ". | "43 Jaraguazu, ou Eguararaca, a três milhas da Paraíba (Nossa Senhora das Neves, tratada nesta nota como cidade da Paraíba) por terra, mas sete pelo rio acima, que era o caminho ordinário, que se seguia; Jaknigh, uma milha além; ... ". | ||
− | + | * [[(Vainfas, 2008)]], pg. 72: | |
"Na Paraíba, nomeou ... a aldeia de Jacknigh, assim grafada pelo holandês, ..., uma légua (6 quilômetros) adiante da primeira (Jaraguaçu ou Eguararaca), cujo chefe era João Javarati;". | "Na Paraíba, nomeou ... a aldeia de Jacknigh, assim grafada pelo holandês, ..., uma légua (6 quilômetros) adiante da primeira (Jaraguaçu ou Eguararaca), cujo chefe era João Javarati;". | ||
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Notas: | Notas: | ||
− | * As duas citações acima têm fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 ( | + | * As duas citações acima têm fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 ([[(Laet, 1644)]]). |
* Mais informações: vide o topônimo '[[Vrítaguĩ (aldeia de índios)]]'. | * Mais informações: vide o topônimo '[[Vrítaguĩ (aldeia de índios)]]'. | ||
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►[[(Herckmans, 1639)]], pg. 26: | ►[[(Herckmans, 1639)]], pg. 26: | ||
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* O rio '[[Nhĩajereba]]' efetivamente é extensão do 'Iacúĩ' (Rio Jacuípe). | * O rio '[[Nhĩajereba]]' efetivamente é extensão do 'Iacúĩ' (Rio Jacuípe). | ||
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►[[(Dussen, 1640)]], indicando o nome do seu capitão holandês e sua população masculina: | ►[[(Dussen, 1640)]], indicando o nome do seu capitão holandês e sua população masculina: | ||
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Aldeia Masurepe, Capitão Pedro Poty ... 198 homens". | Aldeia Masurepe, Capitão Pedro Poty ... 198 homens". | ||
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►Há equívoco na Nota (301) de Mário G. Ferri no livro de Barleu, Gaspar, "História dos fatos recentemente praticados durante oito anos no Brasil"; prefácio e notas de Mário G. Ferri, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974, à pg. 392: | ►Há equívoco na Nota (301) de Mário G. Ferri no livro de Barleu, Gaspar, "História dos fatos recentemente praticados durante oito anos no Brasil"; prefácio e notas de Mário G. Ferri, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974, à pg. 392: | ||
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Os índios citados eram filhos das aldeias de brasilianos Gargaú ('Apetĩmbú' no [[BQPPB]]) e Masurepe ('Nhĩajereba' no [[BQPPB]]), ambas na Paraíba. Realmente houve um engenho de beneditinos em Pernambuco, o Engenho Mussurepe [engenho 'Muçuré' no [[BQPPB]], [[m.e.]] do rio '[[Capiíbarĩ]]' (Rio Capibaribe), Freguesia de São Lourenço], e a semelhança de nomes deve ter induzido esse equívoco. | Os índios citados eram filhos das aldeias de brasilianos Gargaú ('Apetĩmbú' no [[BQPPB]]) e Masurepe ('Nhĩajereba' no [[BQPPB]]), ambas na Paraíba. Realmente houve um engenho de beneditinos em Pernambuco, o Engenho Mussurepe [engenho 'Muçuré' no [[BQPPB]], [[m.e.]] do rio '[[Capiíbarĩ]]' (Rio Capibaribe), Freguesia de São Lourenço], e a semelhança de nomes deve ter induzido esse equívoco. | ||
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►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, apud [[(Souto Maior, 1912)]]: | ►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, apud [[(Souto Maior, 1912)]]: | ||
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Essa aldeia, nessa Assembléia, é: | Essa aldeia, nessa Assembléia, é: | ||
− | * | + | * Citada com as grafias: Myageriba, Miageriba, Miarigeriba, Miajerib; |
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+ | * Representada por um grupo e elege representação de dois escabinos (uma dupla por grupo) para a Câmara de brasilianos da Capitania da Paraíba, com sede na Aldeia Maurícia, e que congrega as Aldeias Maurícia, Miageriba, Pontado, Goaragoasu e Tapua; | ||
− | * | + | * Seu capitão, Pedro Poty, é escolhido e nomeado Regedor da Câmara da Capitania da Paraíba. |
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 221: | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 221: |
Aldeia de índios (brasilianos), na m.e. do 'Nhĩajereba' (alto curso - Rio Mangereba; baixo curso, Rio Soé, Rio da Guia).
Natureza: aldeia de índios.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: PARAIBA.
Nomes históricos: Nhĩajereba, Aldeia Masurepe, Amassereuo, Masiereni, Masiurebbae, Myageriba, Miageriba, Miarigeriba, Miajerib, Jaknigh, Jacuípe.
Nome atual: não mais existe como aldeia.
A região, nas proximidades, é conhecida como Mangereba de Baixo ou Sauê de Cima - vide mapa IBGE Geocódigo 2508604 Lucena-PB.
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'MasiԐrԐnԐ A', na m.e. do rio 'Rº. masjarԐno'.
►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA, plotada como 'Amassereuo' e símbolo de aldeia, na margem esquerda do 'R. massareuo'.
►Citada como Aldeia Jacknigh pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:
"43 Jaraguazu, ou Eguararaca, a três milhas da Paraíba (Nossa Senhora das Neves, tratada nesta nota como cidade da Paraíba) por terra, mas sete pelo rio acima, que era o caminho ordinário, que se seguia; Jaknigh, uma milha além; ... ".
"Na Paraíba, nomeou ... a aldeia de Jacknigh, assim grafada pelo holandês, ..., uma légua (6 quilômetros) adiante da primeira (Jaraguaçu ou Eguararaca), cujo chefe era João Javarati;".
Notas:
►(Herckmans, 1639), pg. 26:
"No rio Miriri e em distância de três léguas da costa havia uma aldeia com o mesmo nome, mas está em ruínas, e os índios moram agora junto às de Jacuípe e Pontal. ... Entre esta aldeia arruinada e a praia este distrito se chama Tapabara.".
Notas:
►(Dussen, 1640), indicando o nome do seu capitão holandês e sua população masculina:
@ pg. 183, definindo a função do capitão holandês:
"Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".
@ pg. 184, quanto à população masculina, esclarece:
"... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".
@ pg.185:
"ALDEIAS NA PARAÍBA
...
Aldeia Masurepe, Capitão Pedro Poty ... 198 homens".
►Há equívoco na Nota (301) de Mário G. Ferri no livro de Barleu, Gaspar, "História dos fatos recentemente praticados durante oito anos no Brasil"; prefácio e notas de Mário G. Ferri, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974, à pg. 392:
(301) "Erant hac ipsa quam ductabat Herckmannus turba hujus principis filii duo, e primaribus Masiurebbae & Gargaovae" (p. 218). Masurepe era um engenho em Pernambuco pertencente aos beneditinos. (Veja-se Castrioto Lusitano, P. I., L. III, 77. edição de 1679). ...".
Os índios citados eram filhos das aldeias de brasilianos Gargaú ('Apetĩmbú' no BQPPB) e Masurepe ('Nhĩajereba' no BQPPB), ambas na Paraíba. Realmente houve um engenho de beneditinos em Pernambuco, o Engenho Mussurepe [engenho 'Muçuré' no BQPPB, m.e. do rio 'Capiíbarĩ' (Rio Capibaribe), Freguesia de São Lourenço], e a semelhança de nomes deve ter induzido esse equívoco.
►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, apud (Souto Maior, 1912):
Essa aldeia, nessa Assembléia, é:
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 221:
"Em Cabedelo cai o Guiti (Guia) e, ao flanco esquerdo da ilha dos Frades, em; cuja restinga havia fortificação entre o Arx Margarita e o Santo Antônio, e um rio inominado, tendo o Nhiagereba (Mangereba), onde há morada, e o Caraí, pela sinistra, e o Aparara, o Iacui (Jacuí) pela destra, correndo o Itinga perto da barra.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Nhĩajereba (aldeia de índios)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Nh%C4%A9ajereba_(aldeia_de_%C3%ADndios). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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