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'''Nome atual:''' Engenho São João - situa-se na área do Instituto Ricardo Brennand (instituição cultural), no bairro da Várzea, cidade do Recife-PE. | '''Nome atual:''' Engenho São João - situa-se na área do Instituto Ricardo Brennand (instituição cultural), no bairro da Várzea, cidade do Recife-PE. | ||
− | Permanece a casa grande do engenho de açúcar, reconstrução feita no final do século XIX, no mesmo local da anterior. | + | *Permanece a casa grande do engenho de açúcar, reconstrução feita no final do século XIX, no mesmo local da anterior. |
− | ====Citações==== | + | |
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►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, sem nome, na [[m.d.]] do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeron'. | ►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, sem nome, na [[m.d.]] do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeron'. | ||
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Hacq', na [[m.d.]] do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeroñ.'. | ►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Hacq', na [[m.d.]] do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeroñ.'. | ||
* Nota: a escrita do topônimo desse engenho está pouco legível, e a interpretação como 'Ԑ. Hacq' decorre da associação com o nome Jacques Hack. | * Nota: a escrita do topônimo desse engenho está pouco legível, e a interpretação como 'Ԑ. Hacq' decorre da associação com o nome Jacques Hack. | ||
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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'S. Iuaõ', na [[m.d.]] do 'Capiibari' (Rio Capibaribe). | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'S. Iuaõ', na [[m.d.]] do 'Capiibari' (Rio Capibaribe). | ||
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►[[(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638)]], pg. 87: | ►[[(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638)]], pg. 87: | ||
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47. Engenho que pertenceu a Luís Ramires, ausente; confiscado e vendido a Jacques Hack; é de bois e não mói.". | 47. Engenho que pertenceu a Luís Ramires, ausente; confiscado e vendido a Jacques Hack; é de bois e não mói.". | ||
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►[[(Dussen, 1640)]], pg. 151: | ►[[(Dussen, 1640)]], pg. 151: | ||
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Além de 1 ou 2 partidos livres". | Além de 1 ou 2 partidos livres". | ||
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►[[(Broeck, 1651)]], relatando eventos ocorridos em 17 de agosto de 1645, relacionados à batalha de Casa Forte (Engenho Nassau), pg. 27-28: | ►[[(Broeck, 1651)]], relatando eventos ocorridos em 17 de agosto de 1645, relacionados à batalha de Casa Forte (Engenho Nassau), pg. 27-28: | ||
"Duzentas e quatro pessoas foram conduzidas presas ao engenho Remeces (22) de João Fernandes Vieira, entre as quais o tenente-coronel Hous, o comandante Listry, os capitães Wilt Scheut e Blaer, três tenentes, dois alferes, três paisanos: os Srs. Jacob Dasine, Jacob Vermeulen e eu. Todos nós, menos o Sr. tenente-coronel e seus oficiais mais graduados, fomos encerrados e guardados na casa de purgar.". | "Duzentas e quatro pessoas foram conduzidas presas ao engenho Remeces (22) de João Fernandes Vieira, entre as quais o tenente-coronel Hous, o comandante Listry, os capitães Wilt Scheut e Blaer, três tenentes, dois alferes, três paisanos: os Srs. Jacob Dasine, Jacob Vermeulen e eu. Todos nós, menos o Sr. tenente-coronel e seus oficiais mais graduados, fomos encerrados e guardados na casa de purgar.". | ||
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►Pereira, José Hygino Duarte, in [[(Broeck, 1651)]], pg. 27, Notas: | ►Pereira, José Hygino Duarte, in [[(Broeck, 1651)]], pg. 27, Notas: | ||
"(22) Engenho de S. João Baptista, na Várzea, dizem os nossos cronistas.". | "(22) Engenho de S. João Baptista, na Várzea, dizem os nossos cronistas.". | ||
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►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]]: | ►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]]: | ||
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"As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...". | "As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...". | ||
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►[[(Pereira da Costa, 1951)]], Volume 3, Ano 1640, pg. 157, informando que o engenho pertenceu a João F. Vieira: | ►[[(Pereira da Costa, 1951)]], Volume 3, Ano 1640, pg. 157, informando que o engenho pertenceu a João F. Vieira: | ||
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"Planta da Cidade do Recife e seus arrabaldes", publicada na Memória sobre o Projeto de um Canal de Desvio das Águas do Rio Capibaribe, de autoria do engenheiro José Tiburcio Pereira de Magalhães, editada no Recife por Francisco Henrique Carls em 1870 - plotado como 'Engº S João', na m.e. do Rio Capibaribe. | "Planta da Cidade do Recife e seus arrabaldes", publicada na Memória sobre o Projeto de um Canal de Desvio das Águas do Rio Capibaribe, de autoria do engenheiro José Tiburcio Pereira de Magalhães, editada no Recife por Francisco Henrique Carls em 1870 - plotado como 'Engº S João', na m.e. do Rio Capibaribe. | ||
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"Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; que adquiriu em 27 de Maio de 1637 ...; Jacques Hack, [que adquiriu] no dia seguinte [28 de Maio de 1637], o Engenho do Rosário ou São João da Várzea, por 32.500 florins; ... (29). | "Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; que adquiriu em 27 de Maio de 1637 ...; Jacques Hack, [que adquiriu] no dia seguinte [28 de Maio de 1637], o Engenho do Rosário ou São João da Várzea, por 32.500 florins; ... (29). | ||
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− | 29 Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159. | + | (29) Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.". |
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+ | @ pg. 54: | ||
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+ | "Ao mesmo tempo [João Fernandes Vieira] contraía dívidas enormes: tomou à sua conta os engenhos comprados a crédito por [Jacob] Stachouwer e por este em sociedade com Nicolaes de Ridder, que eram os Engenhos do Meio, Sant'Ana e Ilhetas, comprometendo-se a pagar por eles o total de 119.000 florins; adquiriu a Jacques Hack (o «Jacques Moca» da verba do seu testamento) o Engenho Nossa Senhora do Rosário, depois São João, que não pagou de todo, como escreveu no testamento; e comprou a Isabel Gonçalves Fróis e seus genros, entre eles Charles de Tourlon, o moço, casado com D. Ana Pais, o Engenho Santo Antônio, que pagou à vista (53). | ||
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+ | (53) Dag. Notule de 30 de Junho de 1642, IAP, coleção cit., e «Testamento» cit., in RIAP, n.° 25, pp. 28-29, e n.° 26, pp. 147-148.". | ||
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+ | @ pg. 361, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu: | ||
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+ | "5) Engenho São João, da Várzea, confiscado e vendido pelos holandeses a Jacques Hack em 28 de Maio de 1637, por 32.500 florins, o qual o traspassou, antes de 1642, a Vieira (10). | ||
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+ | (10) «Sommier Discours», cit., p. 268, VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 44 e 158, «Testamento», cit., in RIAP, n.° 25, pp. 28-29, ''Dag. Notule'', cit., e Provisão de isenção de impostos sobre o açúcar do dito engenho, passada por Cosmo de Crasto Paços, Pontal, 3 de Abril de 1652, ANTÔNIO JOAQUIM DE MELO, ''Biographias'', cit., II, pp. 11-12.". | ||
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+ | ►[[(Cabral de Mello, 2012)]], Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Várzea do Capíbaribe: | ||
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+ | @ pg. 57-58: | ||
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+ | "2) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Sito à margem esquerda do Capibaribe. Registrou-o Markgraf mas não Golijath. Engenho de bois. Pagava 3% de pensão. Fundado nos fins do século XVI. "Um dos melhores engenhos de Pernambuco", segundo João Fernandes Vieira. Em 1623, pertencia a Luís Ramires, produzindo 4799 arrobas. Incendiado pela tropa neerlandesa (1634). Tendo Luís Ramires se retirado em 1635, em finais desse mesmo ano o comerciante Jaques Hack obteve do governo do Brasil holandês a gestão provisória do engenho e a preferência na sua aquisição. Achava-se então "totalmente destruído" pela guerra. Confiscado e vendido a Jaques Hack (28.V.1637) por 32,5 mil florins, em seis prestações anuais. Sem moer em 1637, mas devia fazê-lo em 1639, com três partidos de lavradores, somando setenta tarefas, mais o partido da fazenda (cinco), perfazendo 2625 arrobas. Com o falecimento de Jacques Hack, comprou-o Fernandes Vieira em 1642. Vieira o reconstruiu e o transformou em engenho d'água, com capacidade para 8 mil arrobas de açúcar por ano, substituindo Nossa Senhora do Rosário por São João como orago do engenho, que dotou de capela. Moía em 1655. Em 1645, Jaques Hack e Matias Beck deviam 43499 florins à [[WIC]], além da parcela de 10273 florins; e em 1663, 32,5 mil florins por conta do engenho.(2)". | ||
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+ | @ pg. 173: | ||
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+ | "(2) FHBH, I, pp. 28, 87, 151, 237; RCCB, pp. 44, 154, 158; MDGB, pp. 113, 204; VWIC, IV, p. 24; DN, 18.X.1635, 28.V.1637; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; NP, I, 183; F. A. Pereira da Costa, ''Arredores do Recife'', Recife, 1981, p. 134; J. A. Gonsalves de Mello, ''João Fernandes Vieira'', 2 vols., Recife, 1956,1, pp. 53, 204.". | ||
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+ | NOTAS: | ||
+ | *O Engenho Nossa Senhora do Rosário não esta registrado com este topônimo no mapa de Marcgrave - está registrado como 'S. Iuão', e situa-se na [[m.d.]] do Rio Capibaribe, e não na [[m.e.]] desse rio. | ||
+ | *O engenho 'S. Iuão' do [[BQPPB]] está plotado nos mapas de Golijath: com o topônimo 'Ԑ. Hacq' no mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA e assinalado, sem nome, no PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE - vide citações acima. | ||
+ | *Há no mapa de Marcgrave, escrito na margem esquerda do Rio Capibaribe, o topônimo [http://lhs.unb.br/atlas/N_S._%C4%91_Ro%E2%88%ABairo_(casa) 'N S. đ Ro∫airo'], relacionado com o símbolo de casa plotado na sua [[m.d.]], indicando a ubicação do povoado sede da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, a Freguesia da Várzea. | ||
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
Engenho de bois com igreja, na m.d. do 'Capiíbarĩ' (Rio Capibaribe).
Natureza: engenho de bois com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda - Freguesia da Várzea.
Nomes históricos: Engenho São João (S. Iuão; S. Iuaõ); Engenho São João da Várzea; Engenho de S. João Baptista; Engenho Nossa Senhora do Rosário; Engenho do Rosário; Ԑ. Hacq; Remeces; Engenho de Luis Ramires.
Nome atual: Engenho São João - situa-se na área do Instituto Ricardo Brennand (instituição cultural), no bairro da Várzea, cidade do Recife-PE.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, sem nome, na m.d. do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeron'.
►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Hacq', na m.d. do 'Capĩibarĩ' (Rio Cabibaribe), próximo ao engenho 'Ԑ: St. Jeroñ.'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'S. Iuaõ', na m.d. do 'Capiibari' (Rio Capibaribe).
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 87:
"Cidade de Olinda
Freguesia da Várzea
...
47. Engenho que pertenceu a Luís Ramires, ausente; confiscado e vendido a Jacques Hack; é de bois e não mói.".
►(Dussen, 1640), pg. 151:
"ENGENHOS DE PERNAMBUCO
Na freguesia da Várzea
...
51) Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a Jacques Hack, é engenho de bois e mói. São lavradores:
João Peres Correia 15 tarefas
Simão Martins 15
Jacques Hack 5
Nicolaes Hack 35
______________
70 tarefas
Além de 1 ou 2 partidos livres".
►(Broeck, 1651), relatando eventos ocorridos em 17 de agosto de 1645, relacionados à batalha de Casa Forte (Engenho Nassau), pg. 27-28:
"Duzentas e quatro pessoas foram conduzidas presas ao engenho Remeces (22) de João Fernandes Vieira, entre as quais o tenente-coronel Hous, o comandante Listry, os capitães Wilt Scheut e Blaer, três tenentes, dois alferes, três paisanos: os Srs. Jacob Dasine, Jacob Vermeulen e eu. Todos nós, menos o Sr. tenente-coronel e seus oficiais mais graduados, fomos encerrados e guardados na casa de purgar.".
►Pereira, José Hygino Duarte, in (Broeck, 1651), pg. 27, Notas:
"(22) Engenho de S. João Baptista, na Várzea, dizem os nossos cronistas.".
►(Relação dos Engenhos, 1655):
@ pg. 238, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia da Várzea do Capibaribe
...
- E o de Luís Ramires, a três por cento.".
@ pg. 242:
"As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...".
►(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1640, pg. 157, informando que o engenho pertenceu a João F. Vieira:
"Vemos, assim, que então havia na colônia uma orquestra mais ou menos organizada, e ainda constando que, na época, segundo notícias coevas, que João Fernandes Vieira, homem de alentada fortuna, de tratamento faustoso e de certa posição social, tinha para o serviço religioso da igreja do seu engenho de S. João da Várzea, os melhores músicos que havia, formando uma capela composta de vários instrumentos e diversos ternos de charamelas.".
@ Volume 10, Ano 1850, após pg. 487:
"Planta da Cidade do Recife e seus arrabaldes", publicada na Memória sobre o Projeto de um Canal de Desvio das Águas do Rio Capibaribe, de autoria do engenheiro José Tiburcio Pereira de Magalhães, editada no Recife por Francisco Henrique Carls em 1870 - plotado como 'Engº S João', na m.e. do Rio Capibaribe.
@ pg. 45:
"Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; que adquiriu em 27 de Maio de 1637 ...; Jacques Hack, [que adquiriu] no dia seguinte [28 de Maio de 1637], o Engenho do Rosário ou São João da Várzea, por 32.500 florins; ... (29).
...
(29) Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.".
@ pg. 54:
"Ao mesmo tempo [João Fernandes Vieira] contraía dívidas enormes: tomou à sua conta os engenhos comprados a crédito por [Jacob] Stachouwer e por este em sociedade com Nicolaes de Ridder, que eram os Engenhos do Meio, Sant'Ana e Ilhetas, comprometendo-se a pagar por eles o total de 119.000 florins; adquiriu a Jacques Hack (o «Jacques Moca» da verba do seu testamento) o Engenho Nossa Senhora do Rosário, depois São João, que não pagou de todo, como escreveu no testamento; e comprou a Isabel Gonçalves Fróis e seus genros, entre eles Charles de Tourlon, o moço, casado com D. Ana Pais, o Engenho Santo Antônio, que pagou à vista (53).
...
(53) Dag. Notule de 30 de Junho de 1642, IAP, coleção cit., e «Testamento» cit., in RIAP, n.° 25, pp. 28-29, e n.° 26, pp. 147-148.".
@ pg. 361, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu:
"5) Engenho São João, da Várzea, confiscado e vendido pelos holandeses a Jacques Hack em 28 de Maio de 1637, por 32.500 florins, o qual o traspassou, antes de 1642, a Vieira (10).
...
(10) «Sommier Discours», cit., p. 268, VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 44 e 158, «Testamento», cit., in RIAP, n.° 25, pp. 28-29, Dag. Notule, cit., e Provisão de isenção de impostos sobre o açúcar do dito engenho, passada por Cosmo de Crasto Paços, Pontal, 3 de Abril de 1652, ANTÔNIO JOAQUIM DE MELO, Biographias, cit., II, pp. 11-12.".
►(Cabral de Mello, 2012), Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Várzea do Capíbaribe:
@ pg. 57-58:
"2) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Sito à margem esquerda do Capibaribe. Registrou-o Markgraf mas não Golijath. Engenho de bois. Pagava 3% de pensão. Fundado nos fins do século XVI. "Um dos melhores engenhos de Pernambuco", segundo João Fernandes Vieira. Em 1623, pertencia a Luís Ramires, produzindo 4799 arrobas. Incendiado pela tropa neerlandesa (1634). Tendo Luís Ramires se retirado em 1635, em finais desse mesmo ano o comerciante Jaques Hack obteve do governo do Brasil holandês a gestão provisória do engenho e a preferência na sua aquisição. Achava-se então "totalmente destruído" pela guerra. Confiscado e vendido a Jaques Hack (28.V.1637) por 32,5 mil florins, em seis prestações anuais. Sem moer em 1637, mas devia fazê-lo em 1639, com três partidos de lavradores, somando setenta tarefas, mais o partido da fazenda (cinco), perfazendo 2625 arrobas. Com o falecimento de Jacques Hack, comprou-o Fernandes Vieira em 1642. Vieira o reconstruiu e o transformou em engenho d'água, com capacidade para 8 mil arrobas de açúcar por ano, substituindo Nossa Senhora do Rosário por São João como orago do engenho, que dotou de capela. Moía em 1655. Em 1645, Jaques Hack e Matias Beck deviam 43499 florins à WIC, além da parcela de 10273 florins; e em 1663, 32,5 mil florins por conta do engenho.(2)".
@ pg. 173:
"(2) FHBH, I, pp. 28, 87, 151, 237; RCCB, pp. 44, 154, 158; MDGB, pp. 113, 204; VWIC, IV, p. 24; DN, 18.X.1635, 28.V.1637; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; NP, I, 183; F. A. Pereira da Costa, Arredores do Recife, Recife, 1981, p. 134; J. A. Gonsalves de Mello, João Fernandes Vieira, 2 vols., Recife, 1956,1, pp. 53, 204.".
NOTAS:
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Iuão (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=S._Iu%C3%A3o_(engenho_de_bois). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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