m (Substituindo texto ' {| . | align="center" style="background:#f4d485;"|'''''Citação deste verbete''''' |- |- | '''Autor do verbete:''' Levy Pereira '''Como citar:''' PEREIRA, Levy . "Substituir texto". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do A) |
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− | Nas | + | *Nas imediações, há a FAZENDA CADENE - vide mapa [[IBGE]] Geocódigo 2512703 SANTA RITA-PB. |
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− | '' | + | *Sua posição no Google Earth está corrigida, pois sua posição está plotada errada no mapa [[BQPPB]], no qual está trocada com o do engenho 'ᵭ. 3 Reys'. |
− | + | *A troca de posição fica clara nos mapas atuais, no mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]], onde a seqüência é 'Ԑ St AnбrԐo'-'St. Jaĩ'-'TrԐs RԐis Ԑ' e também na seqüência dos engenhos nos documentos holandeses coevos - vide notas abaixo. | |
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− | A troca de posição fica clara nos mapas atuais, no mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640), onde a seqüência é 'Ԑ St AnбrԐo'-'St. Jaĩ'- | + | |
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− | ►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'St. Jaĩ | + | ►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'St. Jaĩ', na [[m.d.]] do 'R. Abao', e conforme com os mapas atuais. |
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"Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio. | "Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio. | ||
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O quinto (ao sul do rio Paraíba) é um engenho d'água pertencente a um português e por esse motivo confiscado, mas não está moendo.". | O quinto (ao sul do rio Paraíba) é um engenho d'água pertencente a um português e por esse motivo confiscado, mas não está moendo.". | ||
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"5. Engenho de Jerônimo Cadena; pertencia a seu irmão Pedro Cadena, que atualmente está na Bahia; mói.". | "5. Engenho de Jerônimo Cadena; pertencia a seu irmão Pedro Cadena, que atualmente está na Bahia; mói.". | ||
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"Do Santo André ao engenho S. João Batista há uma légua; demora coisa de meia hora arredado da margem meridional do Paraíba. Anteriormente foi dono dele Pedro Cadena, que alguns poucos anos antes da conquista desta Capitania partiu para Portugal deixando o seu irmão Jerônimo Cadena na posse do engenho, e esse Jerônimo Cadena á ainda seu proprietário.". | "Do Santo André ao engenho S. João Batista há uma légua; demora coisa de meia hora arredado da margem meridional do Paraíba. Anteriormente foi dono dele Pedro Cadena, que alguns poucos anos antes da conquista desta Capitania partiu para Portugal deixando o seu irmão Jerônimo Cadena na posse do engenho, e esse Jerônimo Cadena á ainda seu proprietário.". | ||
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"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.". | "Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.". | ||
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+ | «5) JERÔNIMO CADENA, ENGENHO DE. Invocação São João Batista. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Em 1617, adquirido a crédito por 35 mil cruzados a Diogo Castro do Rio por Pedro Cadena de Vilhasante, escrivão da fazenda, alfândega e almoxarifado da Paraíba, governador da capitania e provedor da Fazenda Real em Pernambuco. Em 1621, Pedro Cadena solicitava uma data de terras donde pudesse tirar a madeira indispensável ao manejo do engenho. Em 1623, produzia 5 mil arrobas. O dono seguiu posteriormente para Portugal, confiando o engenho ao irmão, Jerônimo Cadena de Vilhasante, que o geria quando da ocupação e que permaneceu sob o domínio holandês. O engenho, inicialmente confiscado, foi deixado na posse de Jerônimo, que alegou ser cossenhor. Pedro Cadena achava-se então na Bahia, exercendo o cargo de provedor-mor do Estado do Brasil. Não moía em 1635 mas o fez em 1637 e em 1639, dispondo de cinco partidos de lavradores cuja produção, somada à do partido da fazenda (cinqüenta), perfazia 157 tarefas (7850 arrobas). Em 1639, Pedro Cadena recorria à Coroa para não ser executado, enquanto durasse a ocupação holandesa, pela dívida que contraíra para comprar o engenho. Em 1640, os canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros. Em 1645, Jerônimo Cadena era devedor à WIC e a particulares do total de 215724 florins, que pelo contrato de encampação com a Companhia deveria pagar nos três anos seguintes, a contar de agosto daquele ano. Consoante "A bolsa do Brasil", "a quantia é muito considerável para o contratante e os seus fiadores, posto que eles disponham de alguma riqueza na terra". Jerônimo, que teria subornado as autoridades do Recife com 18 mil florins em dinheiro e ordens, aderiu à insurreição de 1645. O engenho foi evacuado em 1646. Em 1663, Jerônimo Cadena era devedor de 215 692 florins à WIC.(5)». | ||
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+ | @ pg. 191, Notas: | ||
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+ | «(5) LPGB, pp. 237, 501-7; "Declaração de Assuerus Cornelisz", Johan de Laet, ''Descrição das costas do Brasil'', Rio de Janeiro, 2007, pp. 223-4; FHBH, I, pp. 32, 93, 171; II, pp. 49, 75; RCCB, pp. 73-4, 156; DN, 19.I.1640; Pedro Cadena de Vilhasante, ''Relação diária do cerco da Bahia de 1638'', Lisboa, 1941, pp. 96-7; BB, pp. 143-4; HGP, pp. 311, 313-6, 367; Célia Regina Gonçalves, ''Guerras e açúcares'', pp. 178, 245, 297.». | ||
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
Engenho de roda d'água com igreja, na m.d. do rio 'Abáĩ'.
Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: PARAIBA.
Jurisdição: Prefeitura da Paraiba.
Nomes históricos: Engenho São Iuaõ; Engenho São João; Engenho São Jaĩ; Engenho São João Batista; Engenho de Jerônimo Cadena.
Nome atual: Usina São João.
Notas:
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'St. Jaĩ', na m.d. do 'R. Abao', e conforme com os mapas atuais.
►(Carpentier, 1635), pg. 48-49:
"Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio.
...
O quinto (ao sul do rio Paraíba) é um engenho d'água pertencente a um português e por esse motivo confiscado, mas não está moendo.".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 93:
"5. Engenho de Jerônimo Cadena; pertencia a seu irmão Pedro Cadena, que atualmente está na Bahia; mói.".
►(Herckmans, 1639), pg. 20:
"Do Santo André ao engenho S. João Batista há uma légua; demora coisa de meia hora arredado da margem meridional do Paraíba. Anteriormente foi dono dele Pedro Cadena, que alguns poucos anos antes da conquista desta Capitania partiu para Portugal deixando o seu irmão Jerônimo Cadena na posse do engenho, e esse Jerônimo Cadena á ainda seu proprietário.".
►(Dussen, 1640), pg. 171-172:
"149) Engenho de Jerônimo Cadena, é engenho d'água e mói. São lavradores:
Partido da fazenda 50 tarefas
Antônio Fernandes 15
João Tavares Cabinelo 30
Domingos Pires 7
Jacques van der Nesse 35
Pero Fernandes Sarzedas 20
______________
157 tarefas".
@ pg. 219-220:
"Descendo, o Paraíba espelha casas semeadas em distâncias grandes. ...
O afluente Camaraguai (Camaragí) que nasce nas imediações do Lago Salgado, o rio Abaim (Abiaí?), com os engenhos São João, Três Reis Magos, de Vicente Valcacer, Santo André, de Jorge Homem Pinto, um rico proprietário daquele tempo, e dois afluentes pequenos, ...".
@ pg. 223, comentando o BQPPB baseado na entrada de Elias Herckmans em 1641:
"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.".
@ pg. 159-160, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:
«5) JERÔNIMO CADENA, ENGENHO DE. Invocação São João Batista. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Em 1617, adquirido a crédito por 35 mil cruzados a Diogo Castro do Rio por Pedro Cadena de Vilhasante, escrivão da fazenda, alfândega e almoxarifado da Paraíba, governador da capitania e provedor da Fazenda Real em Pernambuco. Em 1621, Pedro Cadena solicitava uma data de terras donde pudesse tirar a madeira indispensável ao manejo do engenho. Em 1623, produzia 5 mil arrobas. O dono seguiu posteriormente para Portugal, confiando o engenho ao irmão, Jerônimo Cadena de Vilhasante, que o geria quando da ocupação e que permaneceu sob o domínio holandês. O engenho, inicialmente confiscado, foi deixado na posse de Jerônimo, que alegou ser cossenhor. Pedro Cadena achava-se então na Bahia, exercendo o cargo de provedor-mor do Estado do Brasil. Não moía em 1635 mas o fez em 1637 e em 1639, dispondo de cinco partidos de lavradores cuja produção, somada à do partido da fazenda (cinqüenta), perfazia 157 tarefas (7850 arrobas). Em 1639, Pedro Cadena recorria à Coroa para não ser executado, enquanto durasse a ocupação holandesa, pela dívida que contraíra para comprar o engenho. Em 1640, os canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros. Em 1645, Jerônimo Cadena era devedor à WIC e a particulares do total de 215724 florins, que pelo contrato de encampação com a Companhia deveria pagar nos três anos seguintes, a contar de agosto daquele ano. Consoante "A bolsa do Brasil", "a quantia é muito considerável para o contratante e os seus fiadores, posto que eles disponham de alguma riqueza na terra". Jerônimo, que teria subornado as autoridades do Recife com 18 mil florins em dinheiro e ordens, aderiu à insurreição de 1645. O engenho foi evacuado em 1646. Em 1663, Jerônimo Cadena era devedor de 215 692 florins à WIC.(5)».
@ pg. 191, Notas:
«(5) LPGB, pp. 237, 501-7; "Declaração de Assuerus Cornelisz", Johan de Laet, Descrição das costas do Brasil, Rio de Janeiro, 2007, pp. 223-4; FHBH, I, pp. 32, 93, 171; II, pp. 49, 75; RCCB, pp. 73-4, 156; DN, 19.I.1640; Pedro Cadena de Vilhasante, Relação diária do cerco da Bahia de 1638, Lisboa, 1941, pp. 96-7; BB, pp. 143-4; HGP, pp. 311, 313-6, 367; Célia Regina Gonçalves, Guerras e açúcares, pp. 178, 245, 297.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "S Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=S_Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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