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− | É | + | É compreensível que o mestre Câmara Cascudo tenha classificado a 'Itaberaba' como "imaginária" porque a geografia atual não nomeia ou reconhece uma cadeia de serras contínua na região, e realmente ela não existe se esse critério for adotado. No entanto, ainda que haja descontinuidade entre as serras da região, ou seja, há trechos relativamente planos entre as pequenas cadeias de montes, elas, no entanto, à distância, parecem no horizonte como um bloco contínuo. |
Itaberába
Cadeia de montes formando um arco no interior, desde a nascente do 'Pĩaçĩca' (Rio Boaçica) até o monte 'Taybu guaçu' Serra da Nasceia).
Incluí-se nessa cadeia os montes 'Itaparanguçu' (Serra Vermelha, muniucípio de Marimbondo-AL), 'Taybu mirĩ' e 'Taybu guaçu' (ambos na Serra da Nascéia - município de Boca da Mata-AL).
Natureza: serra.
Mapas:
PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS;
PRÆFECTURA DE CIRÎÎĬ, vel SEREGIPPE DEL REY cum Itâpuáma.
Capitania: PARANAMBVCA.
Nome histórico: Itaberaba.
Nome atual: conjunto de várias serras no interior alagoano.
►Mapa RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO, desenhada, primeira cadeia de montes, da m.e. do 'RIO DE SAÕ FRANCISCO', em 'VV - Penedos de Saõ Pedro' (Penedo-AL) à m.d. do rio sem nome (Rio Paraíba) que desemboca na 'I - Lagoa do Sul cõ muitas canas dasucar' (Lagoa Manguaba).
@ pg. 163-164:
"O rio S. Miguel é lembrado pelo seu apelido bárbaro, Cenambi. Pela direita tem os afluentes, Tobatinga (Tabatinga), Miguaí, Tagoa (Tabua?), indo nascer depois de uma lagoa na inexistente cordilheira de Itaberaba.".
@ pg. 167:
"O sistema orográfico alagoano, como geralmente em todo Brasil Holandês, é fantástico e em disposição arbitrária. Com o nome de Itaberaba, a pedra reluzente, alinha-se, em gigantesco semi-círculo, a cordilheira que, ininterruptamente, parecendo iniciar-se na serra do Marabá, percorre o vale do Cucuripe, no município de Igreja Nova, até o sul do curso médio do rio S. Miguel, pelas imediações da serra da Nacéia, pelos municípios de Deodoro da Fonseca e Anadia. Continuando essa serrania imaginária há a de Itaparanguçu, Taybumiri, Taybuguaçu e, depois de espaços, uma outra cadeia, pouco depois das nascentes do rio Paratigimiri, rumo do leste, em declive suave.".
@ pg. 170:
"O Caminho do Conde é o limite da terra trabalhada e conhecida. Para cima não ha notícia gráfica. Desenhos fixam árvores espalhadas dentro do arco hipotético descrito pela Itaberaba.".
Nota:
Ainda não encontrou-se, neste estudo, nenhum acidente orográfico 'fantástico e em disposição arbitrária' no BQPPB, especialmente a 'Itaberaba', cadeia de montes 'em gigantesco semi-círculo' ou em 'arco', pois ela é perfeitamente observável no horizonte da região e sua disposição no mapa tem essa forma. Assim concluí-se que a representação da cadeia 'Itaberaba' é boa, dentro das limitações da cartografia da época, e todos os acidentes destacados com topônimos específicos são reconhecíveis.
É compreensível que o mestre Câmara Cascudo tenha classificado a 'Itaberaba' como "imaginária" porque a geografia atual não nomeia ou reconhece uma cadeia de serras contínua na região, e realmente ela não existe se esse critério for adotado. No entanto, ainda que haja descontinuidade entre as serras da região, ou seja, há trechos relativamente planos entre as pequenas cadeias de montes, elas, no entanto, à distância, parecem no horizonte como um bloco contínuo.
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Itaberaba (serra - PARANAMBVCA)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Itaberaba_(serra_-_PARANAMBVCA). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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