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− | Mirĩĩbeca | + | ====Mirĩĩbeca==== |
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| + | Rio afluente [[m.d.]] do '[[Iauapóatá]]' (Rio Jaboatão). |
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− | '''Natureza:''' povoação | + | '''Natureza:''' rio. |
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| + | '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ]]. |
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− | '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ]] PARS BOREALIS, una cum [[PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ]]
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| + | '''Capitania:''' PARANAMBVCA. |
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− | '''Capitania:''' PARANAMBVCA | + | '''Nomes atuais:''' |
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− | Povoação na m.d. do 'Mirĩĩbeca' (Rio Muribeca).
| + | * baixo curso: Rio Muribeca; |
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| + | * médio curso: Arroio Salgadinho; |
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− | | + | * alto curso: riacho ... |
− | '''Nome atual:''' povoado Muribeca dos Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes-PE.
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| '''Nomes históricos:''' Mirĩĩbeca (Miriibeca; Mirubeca). | | '''Nomes históricos:''' Mirĩĩbeca (Miriibeca; Mirubeca). |
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− | ====Citações==== | + | ====Citações:==== |
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− | ►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 88:
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− | "JURISDIÇÃO DE [[Olinda]]
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− | Assim, na jurisdição da cidade de [[Olinda]] e freguesias que dela fazem parte há 67 engenhos, sendo 20 de fogo morto e 47 moentes. Entre os engenhos confiscados há 5 que não foram vendidos.
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− | As povoações desta jurisdição são em número de seis:
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− | A vila de Marim de [[Olinda]].
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− | A povoação da Muribeca.
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− | A povoação de Santo Antônio do Cabo.
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− | A vila Bela de Pojuca.
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− | A povoação de Santo Amaro.
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− | A povoação de São Lourenço.".
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− | ►(Dussen, 1640), pg. 141:
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− | "CIDADES DE PERNAMBUCO
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− | Na Capitania de Pernambuco há as seguintes cidades: Vila Antiga de Igarassu, Vila de Marim de [[Olinda]], Vila de [[Olinda]], Maurícia, que abrange o Recife e Antônio Vaz, Vila Bela de Ipojuca, Vila Formosa de Sirinhaém, ao todo 5 cidades e mais as povoações como sejam: Muribeca, São Lourenço, Santo Antônio, Santo Amaro, etc., na jurisdição de [[Olinda]], Una na jurisdição de Sirinhaém, além das povoações de Porto Calvo, das Alagoas do Norte, das Alagoas do Sul, das quais algumas delas são como pequenas cidades.".
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− | ►(Nieuhof, 1682), pg. 38:
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− | "A Capitania de Pernambuco é das maiores e mais importantes do Brasil holandês. ... Divide-se ela em 11 distritos pequenos, habitados pelos portugueses a saber: a cidade de [[Olinda]], Iguarassu, Recife, Muribeca, Santo Antônio, Ipojuca, Serinhaém, São Gonçalo de Una, Porto Calvo, Alagoas do Norte e Alagoas do Sul, dentre as quais [[Olinda]] e Iguarassu são as principais.
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− | ...
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− | Muribeca fica mais para o interior e para o sul, a cerca de 5 milhas do Recife.".
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− | ►(Pereira da Costa, 1951):
| + | ►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado, sem nome, afluente [[m.d.]] do 'Rº. ∂jiboatao' - 'Rº. Janga∂a'. |
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− | @ Volume 1, Ano 1568, pg. 378:
| + | * Na sua [[m.d.]] está plotado o 'MoribԐcq Ԑ' (Engenho Muribeca). |
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− | "Por escritura pública, lavrada a 20 de setembro de 1577, vendeu d. Brites Mendes de Vasconcelos, viúva de Arnau de Holanda, o referido engenho a João Peres, — moente e corrente, com capela, 3 gangorras, 300 formas, 100 vacas e novilhos, etc., — por 35.000 cruzados (14:000$000), reservando, porém, para si e seu filho Agostinho de Holanda uma sorte de terras da concedida sesmaria, nas quais levantou o Engenho Novo da Muribeca. Da referida escritura se vê que já então existiam na localidade algumas casas de moradores, vindo daí a sua povoação e futura vila.".
| + | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Miriibeca', afluente [[m.d.]] do 'Iaucpoata' ['Iarapóata' e 'R. ᵭ Estremo' (na foz)]. |
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− | @ Volume 2, Ano 1633, Abril 13, pg. 605-606:
| + | ►[[(Melo, 1931)]], pg. 213: |
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− | "O povoamento das terras de Muribeca vem da segunda metade do século XVI, com a concessão da sua primeira sesmaria em 1568, como vimos; e já em 1577, como consta da escritura de venda do engenho Santo André, existiam na localidade algumas casas de moradores. | + | "MURIBECA — (...) — Ant. Mirubeca, corr. ''mberu-beca'', a mosca importuna, o mosquito persistente (Th. S. 141) — A. C.". |
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− | Veio depois a construção de uma capela dedicada a N. S. do Rosário, quando o povoado tinha já um certo desenvolvimento, e que assim crescendo, teve o compatível predicamento de paróquia em fins do século XVI, sob a invocação da própria padroeira da sua capela.
| + | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 184: |
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− | Em 1645, quando se organizou o plano de conspiração contra o batavo invasor, foram nomeados capitães em Muribeca os irmãos João Soares de Albuquerque e João Leitão de Albuquerque, pessoas de influência e prestígio na localidade; e no termo de Aclamação da Liberdade, lavrado no mesmo ano, figura entre os seus signatários o Padre João de Abreu, Vigário da Muribeca.
| + | "O Iauapoatã (Jaboatão) descreve a última letra do alfabeto, recebendo então o Mogoaí (Megaípe), o Muribeca (e este o Mangarí) e o Cuguaçuma, pela direita, e pela esquerda o rio Iuna (Una), com seu tributário, o Camaçari. Anota-se da foz para as cabeceiras, nesta colocação.". |
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− | A sua feição local então é assim descrita por um contemporâneo, Diogo Lopes Santiago: "Muribeca dista dos montes Guararapes uma légua. É uma pequena povoação, se bem que a freguesia seja grande em seu distrito, e de muitos moradores, oito bons engenhos de açúcar, em que se faz muita cópia dele, não poucos canaviais, fértil e abundante de mantimentos, porque neste território se planta e se colhe muita cópia de mandioca, que é a raiz de que se faz a farinha da terra, que nesta freguesia é fabricada em partes extremadas. Tem a povoação coisa de quarenta casas de moradores, porque os mais estão difusos por suas fazendas, granjas e engenhos, por todo o contorno da freguesia. Tem uma igreja matriz e outra da invocação de S. Gonçalo. Passa por junto da povoação um rio que se chama Muribeca, que é vocábulo dos índios, de que tomou o nome a mesma freguesia e povoação, com cujas águas moem alguns engenhos, não lhes faltando outros rios e fontes de água boa, com que é regada. Dista da povoação meia légua, um pequeno mosteiro de N. S. do Carmo, em que assistem alguns religiosos desta ordem. Fica distante do mar duas léguas, e por esta causa é abundante de peixe, afora o que se pesca nos rios".
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− | Em 1648 foi criada uma capitania-mor em Muribeca, sendo provido no respectivo posto de capitão-mor Bernardo Marques de Pina, por patente dos mestres de campo governadores João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, lavrada a 30 de março. A este cargo foi depois anexada a vizinha paróquia de Santo Amaro, como consta da nomeação de Fernando Soares da Cunha para o posto de capitão-mor das freguesias de Muribeca e Jaboatão, por patente de 12 de junho de 1667. Servira ele com muita distinção na campanha contra os holandeses, foi anteriormente capitão-mor das freguesias da Luz de S. Lourenço, e rico agricultor, era então senhor dos engenhos Muribeca, Tiúma e Guerra.".
| + | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
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− | ===Citação deste verbete=== | + | {{Ref|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
− | Autor do verbete: [[Levy Pereira]]
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− | Como citar: PEREIRA, Levy. "{{PAGENAME}}". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: {{fullurl:{{PAGENAME}}}}. Data de acesso: {{CURRENTDAY}} de {{CURRENTMONTHNAME}} de {{CURRENTYEAR}}.
| + | [[Category: Coleção Levy Pereira]] |
"MURIBECA — (...) — Ant. Mirubeca, corr. mberu-beca, a mosca importuna, o mosquito persistente (Th. S. 141) — A. C.".
"O Iauapoatã (Jaboatão) descreve a última letra do alfabeto, recebendo então o Mogoaí (Megaípe), o Muribeca (e este o Mangarí) e o Cuguaçuma, pela direita, e pela esquerda o rio Iuna (Una), com seu tributário, o Camaçari. Anota-se da foz para as cabeceiras, nesta colocação.".