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"Havendo assim dois engenhos com o mesmo nome de Mogoaipe, o primeiro mencionado, e mais antigo, tomou então a denominação de "Megaipe de Baixo", como assim já era chamado em 1680, quando o seu proprietário, o capitão-mor Luis Marreiros, instituiu o vínculo do mesmo nome e do qual fazia parte a ilha Capim Assu. A capela da propriedade, sob a invocação de S. Filipe e S. Tiago, é antiga, e talvez de construção contemporânea à do engenho.". | "Havendo assim dois engenhos com o mesmo nome de Mogoaipe, o primeiro mencionado, e mais antigo, tomou então a denominação de "Megaipe de Baixo", como assim já era chamado em 1680, quando o seu proprietário, o capitão-mor Luis Marreiros, instituiu o vínculo do mesmo nome e do qual fazia parte a ilha Capim Assu. A capela da propriedade, sob a invocação de S. Filipe e S. Tiago, é antiga, e talvez de construção contemporânea à do engenho.". | ||
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+ | ►[[(Cabral de Mello, 2012)]]: | ||
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+ | @ pg. 93, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Muribeca: | ||
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+ | «9) MEGAÍPE. Invocação São Felipe e Santiago. Sito à margem direita do Jaboatão. Engenho de bois. Pagava 1,5% de pensão. Em 1623, pertencia a Luís Marreiros, natural de Tomar (Beira Litoral) e que em 1592 servia em Lisboa ao terceiro donatário Jorge de Albuquerque Coelho, sendo recompensado com o cargo de tabelião do público e judicial de Olinda. Em 1623, o engenho produzia 3453 arrobas. O proprietário retirou-se em 1635. Confiscado, estava "muito arruinado e não mói". Vendido em 1637 a Simão Ferreira Jácome por 24 mil florins, em três prestações anuais. Em 1639, pertencia a Diogo de Araújo de Azevedo. Moía a cana de cinco partidos de lavradores, que, com as do partido da fazenda (vinte), totalizavam 72 tarefas (2520 arrobas). Após a insurreição de 1645, Luís Marreiros ou mais provavelmente seu filho homônimo retomou a posse do engenho, que safrejava em 1655. Em 1645 e 1663, Simão Ferreira Jácome era devedor de 21 mil florins à [[WIC]]. Em 1665, o engenho pertencia a Isabel Marreiros, viúva de Luís Marreiros.(46)». | ||
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+ | @ pg. 180, Notas: | ||
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+ | «(46) "Livro do tombo", pp. 26-7, 313; VL, I, p. 39; FHBH, I, pp. 29, 86, 150, 238; RCCB, pp. 43, 156; MDGB, p. 204; DN, 17.XII.1639, 3.X.1640; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; "Rol da finta que se fez na freguesia do Cabo", 1665, AHU, PA, Pco., cx. 5; NP, I, p. 137.». | ||
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Engenho de bois com igreja, na m.e. do 'Mogoaĩ' (Riacho Cristina).
Natureza: engenho de bois com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Muribeca.
Nomes históricos: Engenho Mogoaipe (Megoapa; Mogaipe; Magaípe; Megahipe); Engenho Megaipe de Baixo.
Nome atual: ...
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ mogypÿ'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Mogoai', na m.e. do 'Mogoai' (Riacho Cristina).
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 86:
"45. Engenho Mogoaipe. Pertenceu a Luís Marreiros, ausente. Confiscado, mas não vendido; está muito arruinado e não mói; é engenho de bois.".
►(Dussen, 1640), pg. 150:
"48) Engenho Megoapa, pertencente a Diogo d' Araújo d' Azevedo, é engenho de bois. São lavradores:
Partido da fazenda 20 tarefas
Manuel Gomes de Lisboa 20
Diogo Fernandes Velho 10
Pedro Dias Paes 6
Pedro Rodrigues Carasqui 6
Domingos Gonçalves 10
_______________
72 tarefas".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 238, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia da Muribeca
...
- E o engenho de Luís Marreiros, a um e meio por cento.".
►(Pereira da Costa, 1951), Volume 1, Ano 1568, pg. 378:
"Havendo assim dois engenhos com o mesmo nome de Mogoaipe, o primeiro mencionado, e mais antigo, tomou então a denominação de "Megaipe de Baixo", como assim já era chamado em 1680, quando o seu proprietário, o capitão-mor Luis Marreiros, instituiu o vínculo do mesmo nome e do qual fazia parte a ilha Capim Assu. A capela da propriedade, sob a invocação de S. Filipe e S. Tiago, é antiga, e talvez de construção contemporânea à do engenho.".
@ pg. 219:
"MEGAÍPE (MEGUAHYPE) — (Eng. no Mun. de Jaboatão) — Corr. mbiguar-y-pe, no rio dos escravos — A. C.".
"MEGAÓ — (...) — Ant. Mogai. "Parece corr. de mingau-ó, ou minga-ahó, lama fétida, barro fétido". (Th. S., Ns. Ms.) — A. C.".
@ pg. 93, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Muribeca:
«9) MEGAÍPE. Invocação São Felipe e Santiago. Sito à margem direita do Jaboatão. Engenho de bois. Pagava 1,5% de pensão. Em 1623, pertencia a Luís Marreiros, natural de Tomar (Beira Litoral) e que em 1592 servia em Lisboa ao terceiro donatário Jorge de Albuquerque Coelho, sendo recompensado com o cargo de tabelião do público e judicial de Olinda. Em 1623, o engenho produzia 3453 arrobas. O proprietário retirou-se em 1635. Confiscado, estava "muito arruinado e não mói". Vendido em 1637 a Simão Ferreira Jácome por 24 mil florins, em três prestações anuais. Em 1639, pertencia a Diogo de Araújo de Azevedo. Moía a cana de cinco partidos de lavradores, que, com as do partido da fazenda (vinte), totalizavam 72 tarefas (2520 arrobas). Após a insurreição de 1645, Luís Marreiros ou mais provavelmente seu filho homônimo retomou a posse do engenho, que safrejava em 1655. Em 1645 e 1663, Simão Ferreira Jácome era devedor de 21 mil florins à WIC. Em 1665, o engenho pertencia a Isabel Marreiros, viúva de Luís Marreiros.(46)».
@ pg. 180, Notas:
«(46) "Livro do tombo", pp. 26-7, 313; VL, I, p. 39; FHBH, I, pp. 29, 86, 150, 238; RCCB, pp. 43, 156; MDGB, p. 204; DN, 17.XII.1639, 3.X.1640; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; "Rol da finta que se fez na freguesia do Cabo", 1665, AHU, PA, Pco., cx. 5; NP, I, p. 137.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Mogoaĩ (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Mogoa%C4%A9_(engenho_de_bois). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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