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'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]] | '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]] | ||
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− | ►Mapa RG-N (Albernaz, 1612), plotado como 'R: çiara.', com barra no oceano. | + | ►Mapa RG-N [[(Albernaz, 1612)]], plotado como 'R: çiara.', com barra no oceano. |
− | ►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio, contínuo até a barra no Oceano Atlântico. | + | ►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio, contínuo até a barra no Oceano Atlântico. |
Na barra, 'R. ZiԐra mirim', no curso, 'Rº. SiԐra Mirin'. | Na barra, 'R. ZiԐra mirim', no curso, 'Rº. SiԐra Mirin'. | ||
− | ►Mapa Y-51 (4.VEL Y, | + | ►Mapa Y-51 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado como rio com barra no oceano, 'Rº Sira Mirm:'. |
+ | *Nota: este mapa apresenta um rio ao sul do 'Rº Sira Mirm:', com barra no oceano e com uma grande lagoa, desembocando na 'Bª. ginapabo:' (Baia de Genipabu), presumivelmente o Rio Doce (ou Rio da Redinha, ou Rio 'Guaiaĩ' do [[BQPPB]], que tem no seu curso a grande lagoa de Extremoz ('Itijuru' no [[BQPPB]]). Vide comentários adicionais em 'Guaiaĩ'. | ||
− | + | ►[[(Sousa, 1587)]], pg. 51: | |
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"Da Itapitanga ao rio Pequeno, a que os índios chamam Baquipe, são oito léguas, a qual está entre cinco.graus e um seismo. Neste rio entram chalupas francesas a resgatar com o gentio e carregar do pau de tinta, as quais são das naus que se recolhem na enseada de Itapitanga. | "Da Itapitanga ao rio Pequeno, a que os índios chamam Baquipe, são oito léguas, a qual está entre cinco.graus e um seismo. Neste rio entram chalupas francesas a resgatar com o gentio e carregar do pau de tinta, as quais são das naus que se recolhem na enseada de Itapitanga. | ||
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Andando os filhos de João de Barros correndo esta costa, depois que se perderam, lhes mataram neste lugar os potiguares, com favor dos franceses, induzido deles muitos homens. Deste rio Pequeno ao outro rio Grande são três léguas, ...". | Andando os filhos de João de Barros correndo esta costa, depois que se perderam, lhes mataram neste lugar os potiguares, com favor dos franceses, induzido deles muitos homens. Deste rio Pequeno ao outro rio Grande são três léguas, ...". | ||
+ | *Nota: a barra do Rio Ceará Mirim fica na Enseada de Genipabu, e é conhecida como Barra do Rio. | ||
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Nesta enseada (enseada de Genipabú) está uma pincelada, do mar para o branco da costa, sem que se saiba se é uma foz ou um esteiro. Deve ser a barra do Ceará-Mirim, cujo curso o mapa não regista nem mesmo do curto riscão do alto do traço na praia. ". | Nesta enseada (enseada de Genipabú) está uma pincelada, do mar para o branco da costa, sem que se saiba se é uma foz ou um esteiro. Deve ser a barra do Ceará-Mirim, cujo curso o mapa não regista nem mesmo do curto riscão do alto do traço na praia. ". | ||
+ | *Nota: entenda-se na extrema norte do mapa - a convenção do mapa [[BQPPB]] é Oeste acima, norte na direita. | ||
− | + | O [[BQPPB]] desenha a barra do Ceará Mirim na enseada de Genipabu, e um trecho a montante deste rio, sem conexão. | |
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− | O [[BQPPB]] desenha a barra do Ceará Mirim na enseada de Genipabu, e | + | |
Trecho de rio no extremo norte da parte da Capitania do Rio Grande mapeada no BQPPB.
Também está desenhado outro trecho deste rio, sem nome no BQPPB, na sua barra na 'B. de Pabu' (Baia de Genipabu).
Natureza: rio
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE
Capitania: RIO GRANDE
Nome atual: Rio Ceará Mirim.
Nomes históricos: Rio Ceará Mirim (ZiԐra mirim, SiԐra Mirin, Sira Mirm); Çiara; Baquipe.
►Mapa RG-N (Albernaz, 1612), plotado como 'R: çiara.', com barra no oceano.
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio, contínuo até a barra no Oceano Atlântico.
Na barra, 'R. ZiԐra mirim', no curso, 'Rº. SiԐra Mirin'.
►Mapa Y-51 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado como rio com barra no oceano, 'Rº Sira Mirm:'.
►(Sousa, 1587), pg. 51:
"Da Itapitanga ao rio Pequeno, a que os índios chamam Baquipe, são oito léguas, a qual está entre cinco.graus e um seismo. Neste rio entram chalupas francesas a resgatar com o gentio e carregar do pau de tinta, as quais são das naus que se recolhem na enseada de Itapitanga.
Andando os filhos de João de Barros correndo esta costa, depois que se perderam, lhes mataram neste lugar os potiguares, com favor dos franceses, induzido deles muitos homens. Deste rio Pequeno ao outro rio Grande são três léguas, ...".
@ pg. 234:
"Os Tupis davam outra denominação ao Ceará-mirim. Diziam-no Baquipe.".
@ pg. 236:
"Nessa reentrância há um traço que não se sabe se indica barra de rio ou começo de esteiro. É, pela situação, a foz do Ceará-Mirim, quinze quilômetros ao norte do Natal."
@ pg. 249-250:
"Na extrema leste do mapa, um traço sinuoso com o nome "Ciaramiri", sem princípio e fim, solto no areal do tabuleiro como uma víbora decepada. Das suas vinte e três léguas de curso, fixou-se o Ceará-Mirim na insignificância da convenção cartográfica.
...
Nesta enseada (enseada de Genipabú) está uma pincelada, do mar para o branco da costa, sem que se saiba se é uma foz ou um esteiro. Deve ser a barra do Ceará-Mirim, cujo curso o mapa não regista nem mesmo do curto riscão do alto do traço na praia. ".
O BQPPB desenha a barra do Ceará Mirim na enseada de Genipabu, e um trecho a montante deste rio, sem conexão.
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Ciaramirĩ". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Ciaramir%C4%A9. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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