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− | ►Mapa PE | + | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'Marinha', na [[m.d.]] do 'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca). |
− | ►(Schott, 1636), pg. 63: | + | ►[[(Schott, 1636)]], pg. 63: |
"21 - Engenho Maranhão, situado meia milha distante do referido engenho Três Reis, pertencente a um certo castelhano João Tenório, que fugiu com Albuquerque; tem cerca de meia milha de terra de muitos montes e ruim. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria e nelas foram encontradas 198 fôrmas, que renderam 170 arrobas de açúcar branco e 42 arrobas de açúcar mascavado, dos quais foram feitas 9 e 1/2 caixas; e 13 caixas velhas de açúcar mascavado pertencentes ao senhor de engenho, 2 a Leonardo de Oliveira, 1 de um comerciante em Portugal, 6 caixas de açúcar branco pertencentes ainda a algumas pessoas ausentes. Todas elas foram, com a marca da Companhia, mandadas para o Pontal. ". | "21 - Engenho Maranhão, situado meia milha distante do referido engenho Três Reis, pertencente a um certo castelhano João Tenório, que fugiu com Albuquerque; tem cerca de meia milha de terra de muitos montes e ruim. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria e nelas foram encontradas 198 fôrmas, que renderam 170 arrobas de açúcar branco e 42 arrobas de açúcar mascavado, dos quais foram feitas 9 e 1/2 caixas; e 13 caixas velhas de açúcar mascavado pertencentes ao senhor de engenho, 2 a Leonardo de Oliveira, 1 de um comerciante em Portugal, 6 caixas de açúcar branco pertencentes ainda a algumas pessoas ausentes. Todas elas foram, com a marca da Companhia, mandadas para o Pontal. ". | ||
− | ►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.84: | + | ►[[(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638)]], pg.84: |
"4. Engenho Maranhão, confiscado. O seu proprietário, João Tenório, tendo voltado a nós, foi-lhe vendido. Engenho d'água e moente. ". | "4. Engenho Maranhão, confiscado. O seu proprietário, João Tenório, tendo voltado a nós, foi-lhe vendido. Engenho d'água e moente. ". | ||
− | ►(Dussen, 1640), pg. 142: | + | ►[[(Dussen, 1640)]], pg. 142: |
"4) Engenho Maranhão, de João Tenório, agora de ... é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica). ". | "4) Engenho Maranhão, de João Tenório, agora de ... é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica). ". | ||
− | ►(Bullestrat, 1642), pg. 153: | + | ►[[(Bullestrat, 1642)]], pg. 153: |
"Falei com João Tenório sobre o seu débito e pediu-me que tivesse paciência com ele; que na presente safra, como poderiam confirmar diversas testemunhas, perdera 40 negros e no ano precedente todos os seus canaviais tinham sido queimados pelo inimigo, pelo que este ano não moerá e quando puder fazê-lo entregará metade da produção à Companhia (21). ". | "Falei com João Tenório sobre o seu débito e pediu-me que tivesse paciência com ele; que na presente safra, como poderiam confirmar diversas testemunhas, perdera 40 negros e no ano precedente todos os seus canaviais tinham sido queimados pelo inimigo, pelo que este ano não moerá e quando puder fazê-lo entregará metade da produção à Companhia (21). ". | ||
− | ►(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 192: | + | ►[[(Gonsalves de Mello, 1985)]], pg. 192: |
"(21) João Tenório de Molina era natural de Sevilha, na Espanha (segundo Borges da Fonseca) e senhor dos Engenhos Maranhão e Bertioga. Retirou-se com Matias de Albuquerque para a Bahia em 1635, mas regressou a Pernambuco e em 23 de junho de 1637 comprou à Companhia o Engenho Maranhão (que por sua ausência fora confiscado), a qual lhe fez preço especial de 12.000 florins, para serem pagos em 6 prestações de 2.000 florins, a primeira a vencer em 1640. Vendeu-se-lhe também o Engenho Bertioga, do qual era antes de 1630 proprietário de uma terça parte, por 21.000 florins: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. ". | "(21) João Tenório de Molina era natural de Sevilha, na Espanha (segundo Borges da Fonseca) e senhor dos Engenhos Maranhão e Bertioga. Retirou-se com Matias de Albuquerque para a Bahia em 1635, mas regressou a Pernambuco e em 23 de junho de 1637 comprou à Companhia o Engenho Maranhão (que por sua ausência fora confiscado), a qual lhe fez preço especial de 12.000 florins, para serem pagos em 6 prestações de 2.000 florins, a primeira a vencer em 1640. Vendeu-se-lhe também o Engenho Bertioga, do qual era antes de 1630 proprietário de uma terça parte, por 21.000 florins: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. ". | ||
− | ►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 239-240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: | + | ►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 239-240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: |
"Engenhos da freguesia de Ipojuca | "Engenhos da freguesia de Ipojuca | ||
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- E o engenho do Maranhão, a dois por cento.". | - E o engenho do Maranhão, a dois por cento.". | ||
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− | "MARANHÃO — (Engenho no Mun. de Ipojuca) — Pode ter várias interpretações: maranhã, guará; maranã, desordem, tumulto; maranã, maldade, pecado; mbará-nã, rio caudaloso. Consultado por mim, Th. Sampaio interpretou: Mará, mbará, pará, rio, nhã, correr, fluir, andar; o mar corrente — M. M.". | + | "MARANHÃO — (Engenho no Mun. de Ipojuca) — Pode ter várias interpretações: ''maranhã'', ''guará''; ''maranã'', desordem, tumulto; ''maranã'', maldade, pecado; ''mbará-nã'', rio caudaloso. Consultado por mim, Th. Sampaio interpretou: ''Mará, mbará, pará'', rio, ''nhã'', correr, fluir, andar; o mar corrente — M. M.". |
Engenho d'água com igreja na m.e. do 'Ipoíucâ' (Rio Ipojuca).
Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Pojuca.
Nomes históricos: Marinhã (Maranhão; Marangnan; Marinha).
Nome atual: Engenho Maranhão - vide mapa IBGE Geocódigo 2607208 IPOJUCA-PE.
A invocação atual de sua capela é Nossa Senhora da Penha.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ: Marangnan', na m.e. do 'Rº. Salga∂o' (Rio Ipojuca).
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'Marinha', na m.d. do 'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca).
►(Schott, 1636), pg. 63:
"21 - Engenho Maranhão, situado meia milha distante do referido engenho Três Reis, pertencente a um certo castelhano João Tenório, que fugiu com Albuquerque; tem cerca de meia milha de terra de muitos montes e ruim. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria e nelas foram encontradas 198 fôrmas, que renderam 170 arrobas de açúcar branco e 42 arrobas de açúcar mascavado, dos quais foram feitas 9 e 1/2 caixas; e 13 caixas velhas de açúcar mascavado pertencentes ao senhor de engenho, 2 a Leonardo de Oliveira, 1 de um comerciante em Portugal, 6 caixas de açúcar branco pertencentes ainda a algumas pessoas ausentes. Todas elas foram, com a marca da Companhia, mandadas para o Pontal. ".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.84:
"4. Engenho Maranhão, confiscado. O seu proprietário, João Tenório, tendo voltado a nós, foi-lhe vendido. Engenho d'água e moente. ".
►(Dussen, 1640), pg. 142:
"4) Engenho Maranhão, de João Tenório, agora de ... é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica). ".
►(Bullestrat, 1642), pg. 153:
"Falei com João Tenório sobre o seu débito e pediu-me que tivesse paciência com ele; que na presente safra, como poderiam confirmar diversas testemunhas, perdera 40 negros e no ano precedente todos os seus canaviais tinham sido queimados pelo inimigo, pelo que este ano não moerá e quando puder fazê-lo entregará metade da produção à Companhia (21). ".
►(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 192:
"(21) João Tenório de Molina era natural de Sevilha, na Espanha (segundo Borges da Fonseca) e senhor dos Engenhos Maranhão e Bertioga. Retirou-se com Matias de Albuquerque para a Bahia em 1635, mas regressou a Pernambuco e em 23 de junho de 1637 comprou à Companhia o Engenho Maranhão (que por sua ausência fora confiscado), a qual lhe fez preço especial de 12.000 florins, para serem pagos em 6 prestações de 2.000 florins, a primeira a vencer em 1640. Vendeu-se-lhe também o Engenho Bertioga, do qual era antes de 1630 proprietário de uma terça parte, por 21.000 florins: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. ".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 239-240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia de Ipojuca
...
- E o engenho do Maranhão, a dois por cento.".
►(Melo, 1931), pg. 210:
"MARANHÃO — (Engenho no Mun. de Ipojuca) — Pode ter várias interpretações: maranhã, guará; maranã, desordem, tumulto; maranã, maldade, pecado; mbará-nã, rio caudaloso. Consultado por mim, Th. Sampaio interpretou: Mará, mbará, pará, rio, nhã, correr, fluir, andar; o mar corrente — M. M.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Marinhã (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Marinh%C3%A3_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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