(Criou página com 'A capitania de Cumã<ref> No projeto Resgate do Arquivo Ultramarino de Lisboa o documento mais antigo que cita a região sob o nome de Cumã é de 1618, porém ele não fala d...') |
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A capitania de Cumã[1] foi doada a Antônio Coelho de Carvalho entre os anos de 1621 e 1627[2] Muitas vezes é chamada de Capitania de Tapuitapera ou mesmo apenas de Alcantara, tornando confuso e difícil de precisar sua constituição.
Anteriormente, por volta de 1612, havia no local um aglomerado de aldeias, com o nome de Tapuitapera (terra dos índios). Alcântara era uma das aldeias. Os franceses que ali chegaram, liderados por Deniel de La Touche, fizeram amizade com essas aldeias, e conseguiram, pouco tempo depois, construir a primeira capela de Tapuitapera. [3]
Entre 1616 e 1618, após a expulsão dos franceses, os portugueses começaram a conquista da região. Com a divisão de capitanias naquele território, Tapuitapera se tornou sede da capitania de Cumã, comumente chamada somente de Tapuitapera.
Com a invasão holandesa de 1641, os portugueses perderam as posses das terras, voltando a ter alguma atividade com engenhos de açúcar e produção de algodão e elevação de Tapuitapera à Vila de Santo Antônio de Alcântara, em 1648. Essa elevação confirmou a posse definitiva daquelas terras pelos portugueses. Na vila foi estabelecida a Câmara, um pelourinho e uma igreja Matriz.[4]
Sabe-se que a política portuguesa da segunda metade do século XVIII foi de reincorporação das capitanias donatárias à Coroa. Uma carta régia de 1753, que pode ser encontrada nos projeto Resgate, já cita que a capitania de Cumã foi comprada e reincorporada aos domínios reais. Porém, documentos posteriores ainda falam da região como uma capitania, sem especificar se é uma capitania real ou particular, gerando dúvidas sobre quando que a incorporação foi concretada, e se essa incorporação causou a extinção da capitania ou não.
Sobre a constituição geográfica da capitania, há relatos diferentes que a explicam: “compreendida entre a foz do mearim, pindaré, acima por leste e o rio Tury por oeste”[5]
“começando a medir na barra do Rio Cumã para o norte cinqüenta léguas que á a repartição que Sua Majestade manda fazer das Capitanias do Brasil, com todos os salgados, pescarias, ilhas e todos as mais pertenços e logradouros dos quais não pagarão pensão nem tributo algun, salvo do dizimo a Deus Nosso Senhor dos fructos que della houve.” [6]
Autor do verbete: Luiza Moretti
Como citar: MORETTI, Luiza. "Capitania de Cumã". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Capitania_de_Cum%C3%A3. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.