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====Citações==== | ====Citações==== | ||
− | ►Mapa IT (Albernaz, 1612), plotado como rio, 'Paraýba', e sua foz, 'BARRA'. | + | ►Mapa IT [[(Albernaz, 1612)]], plotado como rio, 'Paraýba', e sua foz, 'BARRA'. |
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− | + | ►Mapa PB [[(Albernaz, 1612)]], foz mapeada e identificado no título do mapa: 'PARAIBA OV RIO DE SÃO.DOMINGOS'. | |
− | ►Mapa Y-48 (4.VEL Y, | + | ►Mapa Y-48 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta, plotado como 'Rº paraÿba'. |
− | ►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como 'Rº Parayba' e 'R. Pharayba.'. | + | ►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como 'Rº Parayba' e 'R. Pharayba.'. |
− | ►Mapa PB | + | ►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA, plotado como 'R. Paraiba'. |
− | ►(Laet, 1637), Interrogação de Bartolomeu Peres, e situação ao redor e perto de Pernambuco, tanto ao sul como ao norte, pg. 122: | + | ►[[(Laet, 1637)]], Interrogação de Bartolomeu Peres, e situação ao redor e perto de Pernambuco, tanto ao sul como ao norte, pg. 122: |
"Paraíba é um rio grande; nunca entrou nele senão de barco; na entrada tem uma curva e coroas de areia e de pedra. Querendo entrar nele, deveria mandar-se adiante uma chalupa veleira para sondar os baixios. Tem aproximadamente 1/4 de légua de largura; não está tão perito nesse lugar para guiar um navio nele. A cidade fica três léguas rio adentro, onde os navios carregam entre seiscentas e setecentas caixas de açúcar. A cidade não está entrincheirada. Esteve lá ainda em dezembro passado. Moram nela 500 portugueses e alguns brasilianos. Ao redor da cidade e três léguas acima dela há uns vinte engenhos de açúcar, que todos estiveram moendo. É uma terra bonita.". | "Paraíba é um rio grande; nunca entrou nele senão de barco; na entrada tem uma curva e coroas de areia e de pedra. Querendo entrar nele, deveria mandar-se adiante uma chalupa veleira para sondar os baixios. Tem aproximadamente 1/4 de légua de largura; não está tão perito nesse lugar para guiar um navio nele. A cidade fica três léguas rio adentro, onde os navios carregam entre seiscentas e setecentas caixas de açúcar. A cidade não está entrincheirada. Esteve lá ainda em dezembro passado. Moram nela 500 portugueses e alguns brasilianos. Ao redor da cidade e três léguas acima dela há uns vinte engenhos de açúcar, que todos estiveram moendo. É uma terra bonita.". | ||
− | ►(Sampaio, 1904), pg. 32: | + | ►[[(Sampaio, 1904)]], pg. 32: |
− | + | "PARAÍBA (PARAHYBA) — A interpretação de Herckman, traduzindo esse nome por mar-corrompido ou água má, é errônea. Neste caso, o índio diria ''Pará-nema'' ou ''Ypanema''. Paraíba é o mesmo que ''Para-ahyba'' e se traduz : rio ruim ou impraticável por motivo de dificuldades oriundas do próprio leito. Costumavam os selvagens denominar ''parahyba'' ou ''paranahyba'' os trechos do rio encachoeirados, inacessíveis à navegação. O Tietê, em S. Paulo, também conhecido por ''Anhemby'', tem um trecho encachoeirado que os índios chamaram ''Paranahyba''.". | |
− | ►(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 153: | + | ►[[(Coriolano de Medeiros, 1950)]], pg. 153: |
− | "Paraíba (Voc. ind. Para alguns escritores, é formado de pará-iba, a que Elias Herckman atribuiu a significação de rio mau; Loreto Couto a de — rio caudaloso; Teodoro Sampaio, seguindo Herckman, a de — rio mau — rio impraticável; outros autores dizem significar — braço do mar ou braço que vem do mar — e esta parece ter os elementos essenciais para ser aceita. Quem conhece o rio Paraíba do Norte, até 15 milhas, aquém de sua foz, sabe que ele não é mau, revelando-se verdadeiramente praticável até onde chega a ação da maré. Daí por diante é simples escoadouro, derivando de planalto, sem saltos ou quedas, conservando água somente durante a estação das chuvas. Além disto tinha nomes diversos no seu curso, na língua dos selvagens) — Rio de 330 quilômetros de curso que, a princípio a Capitania, depois à Província e, por fim, ao Estado, deu seu nome. ...". | + | "Paraíba (Voc. ind. Para alguns escritores, é formado de ''pará-iba'', a que Elias Herckman atribuiu a significação de rio mau; Loreto Couto a de — rio caudaloso; Teodoro Sampaio, seguindo Herckman, a de — rio mau — rio impraticável; outros autores dizem significar — braço do mar ou braço que vem do mar — e esta parece ter os elementos essenciais para ser aceita. Quem conhece o rio Paraíba do Norte, até 15 milhas, aquém de sua foz, sabe que ele não é mau, revelando-se verdadeiramente praticável até onde chega a ação da maré. Daí por diante é simples escoadouro, derivando de planalto, sem saltos ou quedas, conservando água somente durante a estação das chuvas. Além disto tinha nomes diversos no seu curso, na língua dos selvagens) — Rio de 330 quilômetros de curso que, a princípio a Capitania, depois à Província e, por fim, ao Estado, deu seu nome. ...". |
− | ► | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 219: |
− | "É a foz do Paraíba, inter quattuor Praefecturas Boreales est, nomen sortita a flumine cognomine, qui illam, ut et alius Mongoapa, irrigat. | + | "É a foz do Paraíba, ''inter quattuor Praefecturas Boreales est, nomen sortita a flumine cognomine, qui illam, ut et alius Mongoapa, irrigat''. |
Os quinhentos quilômetros do Paraíba figuram na sexta parte. ...". | Os quinhentos quilômetros do Paraíba figuram na sexta parte. ...". |
Natureza: rio
barra de rio
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE
Capitania: PARAIBA
Rio com barra no Oceano Atlântico.
'Paraiba' no MBU.
Nomes históricos: São Domingos, Parahyba, Paraíba do Norte, Pharayba.
Nome atual: Rio Paraíba.
A denominação do rio Paraíba foi dada à Capitania, depois à província e atualmente ao Estado da Paraíba. Denominou também a cidade capital da Capitania-Província-Estado, que está na sua m.d., de 1/2/1654 a 4/9/1930.
►Mapa IT (Albernaz, 1612), plotado como rio, 'Paraýba', e sua foz, 'BARRA'.
►Mapa PB (Albernaz, 1612), foz mapeada e identificado no título do mapa: 'PARAIBA OV RIO DE SÃO.DOMINGOS'.
►Mapa Y-48 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta, plotado como 'Rº paraÿba'.
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como 'Rº Parayba' e 'R. Pharayba.'.
►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA, plotado como 'R. Paraiba'.
►(Laet, 1637), Interrogação de Bartolomeu Peres, e situação ao redor e perto de Pernambuco, tanto ao sul como ao norte, pg. 122:
"Paraíba é um rio grande; nunca entrou nele senão de barco; na entrada tem uma curva e coroas de areia e de pedra. Querendo entrar nele, deveria mandar-se adiante uma chalupa veleira para sondar os baixios. Tem aproximadamente 1/4 de légua de largura; não está tão perito nesse lugar para guiar um navio nele. A cidade fica três léguas rio adentro, onde os navios carregam entre seiscentas e setecentas caixas de açúcar. A cidade não está entrincheirada. Esteve lá ainda em dezembro passado. Moram nela 500 portugueses e alguns brasilianos. Ao redor da cidade e três léguas acima dela há uns vinte engenhos de açúcar, que todos estiveram moendo. É uma terra bonita.".
►(Sampaio, 1904), pg. 32:
"PARAÍBA (PARAHYBA) — A interpretação de Herckman, traduzindo esse nome por mar-corrompido ou água má, é errônea. Neste caso, o índio diria Pará-nema ou Ypanema. Paraíba é o mesmo que Para-ahyba e se traduz : rio ruim ou impraticável por motivo de dificuldades oriundas do próprio leito. Costumavam os selvagens denominar parahyba ou paranahyba os trechos do rio encachoeirados, inacessíveis à navegação. O Tietê, em S. Paulo, também conhecido por Anhemby, tem um trecho encachoeirado que os índios chamaram Paranahyba.".
►(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 153:
"Paraíba (Voc. ind. Para alguns escritores, é formado de pará-iba, a que Elias Herckman atribuiu a significação de rio mau; Loreto Couto a de — rio caudaloso; Teodoro Sampaio, seguindo Herckman, a de — rio mau — rio impraticável; outros autores dizem significar — braço do mar ou braço que vem do mar — e esta parece ter os elementos essenciais para ser aceita. Quem conhece o rio Paraíba do Norte, até 15 milhas, aquém de sua foz, sabe que ele não é mau, revelando-se verdadeiramente praticável até onde chega a ação da maré. Daí por diante é simples escoadouro, derivando de planalto, sem saltos ou quedas, conservando água somente durante a estação das chuvas. Além disto tinha nomes diversos no seu curso, na língua dos selvagens) — Rio de 330 quilômetros de curso que, a princípio a Capitania, depois à Província e, por fim, ao Estado, deu seu nome. ...".
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 219:
"É a foz do Paraíba, inter quattuor Praefecturas Boreales est, nomen sortita a flumine cognomine, qui illam, ut et alius Mongoapa, irrigat.
Os quinhentos quilômetros do Paraíba figuram na sexta parte. ...".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Paraiba (rio - PARAIBA)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Paraiba_(rio_-_PARAIBA). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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