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Vide mapa [[IBGE]] Geocódigo 2601409 Barreiros-PE. | Vide mapa [[IBGE]] Geocódigo 2601409 Barreiros-PE. | ||
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− | ►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. IlhԐtos', na m.e. do 'Rº. ∂os IlhԐtos'. | + | ►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. IlhԐtos', na [[m.e.]] do 'Rº. ∂os IlhԐtos'. |
− | ►Mapa PE | + | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. di Guadalupe', na [[m.e.]] do 'Itâguacûtiba' (Rio Ilhetas). |
− | ►Dagelikse Notulen, Volume 4, Ano 1638, denomina esse engenho de 'engenho Nossa Senhora de França': | + | ►Dagelikse Notulen, Volume 4, Ano 1638, [http://www.liber.ufpe.br/hyginia/index.jsp MONUMMENTA HYGINIA - UFPE - LIBER], denomina esse engenho de 'engenho Nossa Senhora de França': |
"19 de maio O engenho que se chama Nossa Senhora da França, situado em Ilhettes perto do rio do Una e que pertenceu a Diogo Paes do qual o filho morreu foi ocupado por sua mãe como proprietária de direito. A Companhia tem interesse neste engenho, porque seu filho morreu entre os inimigos e ela também se encontrava ao meio deles no momento em que ele faleceu. Porisso seu filho Philipe Paes foi convocado e isto lhe foi relatado e finalmente entramos em um acordo com ele que terá que pagar pelo engenho e isto lhe foi feito por um preço mais ameno, levando em consideração que ele e sua mãe já se encontram a muito tempo em nosso meio e também que estas pessoas já tiveram muitos prejuízos. A família contava com 9 irmãos e irmãs, e cada tinha herdado um engenho de seu pai, e o filho mais velho herdou dois e que por causa de sua ausência tinham sido confiscados pela Companhia. Também Philipe Paes, que possuía junto com sua esposa o engenho de Santo André, o que era da propriedade de seu sogro, perdeu o engenho citado por meio de confiscação. Em seguida, sua mãe estava velha e ficando senil que antigamente sofreu muito e que por caridade não queremos fazemos sofrer mais. Entramos em acordo com eles que o engenho deverá ser pago pela soma de 18000 florins, dividido em 4 parcelas de 4500 florins cada, dos quais o primeiro pagamento cairá no dia um de janeiro do ano 1641. Por isto sua mãe deverá receber este engenho com as terras que a ele pertencem assim como alguns pastos que também lhe pertenceram e que se encontram aos arredores, e o comprador que for encontrado, e um fabrica parecida. Sem contar com os negros e bois que eles não poderão vender e também as terras onde o povoado de Una se encontra que fica como propriedade da Companhia. Por esta soma Philipe Paes paga especialmente este engenho e o que nele se encontra em mais em geral todos os seus bens.". | "19 de maio O engenho que se chama Nossa Senhora da França, situado em Ilhettes perto do rio do Una e que pertenceu a Diogo Paes do qual o filho morreu foi ocupado por sua mãe como proprietária de direito. A Companhia tem interesse neste engenho, porque seu filho morreu entre os inimigos e ela também se encontrava ao meio deles no momento em que ele faleceu. Porisso seu filho Philipe Paes foi convocado e isto lhe foi relatado e finalmente entramos em um acordo com ele que terá que pagar pelo engenho e isto lhe foi feito por um preço mais ameno, levando em consideração que ele e sua mãe já se encontram a muito tempo em nosso meio e também que estas pessoas já tiveram muitos prejuízos. A família contava com 9 irmãos e irmãs, e cada tinha herdado um engenho de seu pai, e o filho mais velho herdou dois e que por causa de sua ausência tinham sido confiscados pela Companhia. Também Philipe Paes, que possuía junto com sua esposa o engenho de Santo André, o que era da propriedade de seu sogro, perdeu o engenho citado por meio de confiscação. Em seguida, sua mãe estava velha e ficando senil que antigamente sofreu muito e que por caridade não queremos fazemos sofrer mais. Entramos em acordo com eles que o engenho deverá ser pago pela soma de 18000 florins, dividido em 4 parcelas de 4500 florins cada, dos quais o primeiro pagamento cairá no dia um de janeiro do ano 1641. Por isto sua mãe deverá receber este engenho com as terras que a ele pertencem assim como alguns pastos que também lhe pertenceram e que se encontram aos arredores, e o comprador que for encontrado, e um fabrica parecida. Sem contar com os negros e bois que eles não poderão vender e também as terras onde o povoado de Una se encontra que fica como propriedade da Companhia. Por esta soma Philipe Paes paga especialmente este engenho e o que nele se encontra em mais em geral todos os seus bens.". | ||
+ | * Nota: Essa família Paes parece ter sido devota de Nossa Senhora devocionadas na França, pois outro engenho dessa família, junto ao Una, está denominado 'N S. de Montƒerato' no [[BQPPB]]. | ||
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17. Engenhos das Ilhetas, sob a invocação de Nossa Senhora de Guadalupe. Pertenceu a Estêvão Paes Barreto, e em razão de sua ausência foi confiscado. Está situado na freguesia de Una; não tem dono e não moerá. ". | 17. Engenhos das Ilhetas, sob a invocação de Nossa Senhora de Guadalupe. Pertenceu a Estêvão Paes Barreto, e em razão de sua ausência foi confiscado. Está situado na freguesia de Una; não tem dono e não moerá. ". | ||
− | ►(Dussen, 1640), pg. 160: | + | ►[[(Dussen, 1640)]], pg. 160: |
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104) Engenho das Ilhetas, pertencente a Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, plantado, mas não moerá antes do ano vindouro. São lavradores: (não indica) . ". | 104) Engenho das Ilhetas, pertencente a Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, plantado, mas não moerá antes do ano vindouro. São lavradores: (não indica) . ". | ||
− | ►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242: | + | ►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 242: |
"Engenhos da freguesia do Una | "Engenhos da freguesia do Una |
Engenho de bois com igreja, na m.d. do 'Itâguaçûtĩba' (Rio Ilhetas).
Natureza: engenho de bois com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Vila Formosa de Sirinhaém (ou Freguesia do Una, em alguns documentos).
Nomes históricos: N S. de Guadalupe (Nossa Senhora de Guadalupe; N. S. di Guadalupe); Engenho das Ilhetas (IlhԐtos); Nossa Senhora de França.
Nome atual: possivelmente Engenho Mascatinho.
Há a jusante da posição ubicada para o Engenho Ilhetas, outro possível candidato, todavia esse foi descartado, por enquanto, por estar à margem do caminho principal.
Vide mapa IBGE Geocódigo 2601409 Barreiros-PE.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. IlhԐtos', na m.e. do 'Rº. ∂os IlhԐtos'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. di Guadalupe', na m.e. do 'Itâguacûtiba' (Rio Ilhetas).
►Dagelikse Notulen, Volume 4, Ano 1638, MONUMMENTA HYGINIA - UFPE - LIBER, denomina esse engenho de 'engenho Nossa Senhora de França':
"19 de maio O engenho que se chama Nossa Senhora da França, situado em Ilhettes perto do rio do Una e que pertenceu a Diogo Paes do qual o filho morreu foi ocupado por sua mãe como proprietária de direito. A Companhia tem interesse neste engenho, porque seu filho morreu entre os inimigos e ela também se encontrava ao meio deles no momento em que ele faleceu. Porisso seu filho Philipe Paes foi convocado e isto lhe foi relatado e finalmente entramos em um acordo com ele que terá que pagar pelo engenho e isto lhe foi feito por um preço mais ameno, levando em consideração que ele e sua mãe já se encontram a muito tempo em nosso meio e também que estas pessoas já tiveram muitos prejuízos. A família contava com 9 irmãos e irmãs, e cada tinha herdado um engenho de seu pai, e o filho mais velho herdou dois e que por causa de sua ausência tinham sido confiscados pela Companhia. Também Philipe Paes, que possuía junto com sua esposa o engenho de Santo André, o que era da propriedade de seu sogro, perdeu o engenho citado por meio de confiscação. Em seguida, sua mãe estava velha e ficando senil que antigamente sofreu muito e que por caridade não queremos fazemos sofrer mais. Entramos em acordo com eles que o engenho deverá ser pago pela soma de 18000 florins, dividido em 4 parcelas de 4500 florins cada, dos quais o primeiro pagamento cairá no dia um de janeiro do ano 1641. Por isto sua mãe deverá receber este engenho com as terras que a ele pertencem assim como alguns pastos que também lhe pertenceram e que se encontram aos arredores, e o comprador que for encontrado, e um fabrica parecida. Sem contar com os negros e bois que eles não poderão vender e também as terras onde o povoado de Una se encontra que fica como propriedade da Companhia. Por esta soma Philipe Paes paga especialmente este engenho e o que nele se encontra em mais em geral todos os seus bens.".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 83:
"ENGENHOS DE PERNAMBUCO
Em Sirinhaém
17. Engenhos das Ilhetas, sob a invocação de Nossa Senhora de Guadalupe. Pertenceu a Estêvão Paes Barreto, e em razão de sua ausência foi confiscado. Está situado na freguesia de Una; não tem dono e não moerá. ".
►(Dussen, 1640), pg. 160:
"ENGENHOS DE PERNAMBUCO
Na jurisdição de Sirinhaém
...
104) Engenho das Ilhetas, pertencente a Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, plantado, mas não moerá antes do ano vindouro. São lavradores: (não indica) . ".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242:
"Engenhos da freguesia do Una
- O engenho das Ilhetas, de João Paes de Castro, pagava de pensão vinte mil réis em dinheiro de contado.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. de Guadalupe (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=N_S._de_Guadalupe_(engenho_de_bois). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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