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{{trecho|texto=Alcançada a vitória, e curados os feridos, armou Cristóvão de Barros alguns caravelões, como fazem na África, por provisão de el-rei, que para isso tinha, e fez repartição dos cativos, e das terras, ficando-lhe de uma coisa, e outra muito boa porção, com que fez ali uma grande fazenda de currais de gado, e outros a seu exemplo fizeram o mesmo, com que veio a crescer tanto pela bondade dos pastos, que dali se provêm de bois os engenhos da Bahia e Pernambuco, e os açougues de carne. Está Sergipe na altura de 11º graus e dois terços, por cuja barra com os batéis diante costumam entrar os franceses com naus de mais de cem toneladas, e vinham acabar de carregar da barra para fora, por ela não ter mais de três braças de baixa-mar; e assim ficou Cristóvão de Barros não só castigando os homicidas de seu pai, mas tirando esta colheita aos franceses, que ali iam carregar suas naus de pau-brasil, algodão, e pimenta da terra, e sobretudo franqueando o caminho de Pernambuco, e mais capitanias do norte, para esta Bahia, e daqui para elas, que dantes ninguém caminhava por terra, que o não matassem, e comessem os gentios, e o mesmo faziam aos navegantes, porque ali começa a enseada de Vasa-barris, onde se perdem muitos navios, por causa dos Recifes que lança muito ao mar, e os que escapavam do naufrágio não escapavam, de suas mãos, e dentes, donde hoje se caminha por terra com muita facilidade, e segurança, e vem, e vão cada dia com suas apelações, e o mais que lhes importa, sem esperarem seis meses para monção, como dantes faziam...|fonte=[[Livro 4 - DA HISTORIA DO BRASIL DO TEMPO QUE O GOVERNOU Manuel Teles Barreto ATÉ A VINDA DO GOVERNADOR Gaspar de Souza - Capítulo 20 - Da guerra, que Cristóvão de Barros foi dar ao gentio de Sergipe]]}} | {{trecho|texto=Alcançada a vitória, e curados os feridos, armou Cristóvão de Barros alguns caravelões, como fazem na África, por provisão de el-rei, que para isso tinha, e fez repartição dos cativos, e das terras, ficando-lhe de uma coisa, e outra muito boa porção, com que fez ali uma grande fazenda de currais de gado, e outros a seu exemplo fizeram o mesmo, com que veio a crescer tanto pela bondade dos pastos, que dali se provêm de bois os engenhos da Bahia e Pernambuco, e os açougues de carne. Está Sergipe na altura de 11º graus e dois terços, por cuja barra com os batéis diante costumam entrar os franceses com naus de mais de cem toneladas, e vinham acabar de carregar da barra para fora, por ela não ter mais de três braças de baixa-mar; e assim ficou Cristóvão de Barros não só castigando os homicidas de seu pai, mas tirando esta colheita aos franceses, que ali iam carregar suas naus de pau-brasil, algodão, e pimenta da terra, e sobretudo franqueando o caminho de Pernambuco, e mais capitanias do norte, para esta Bahia, e daqui para elas, que dantes ninguém caminhava por terra, que o não matassem, e comessem os gentios, e o mesmo faziam aos navegantes, porque ali começa a enseada de Vasa-barris, onde se perdem muitos navios, por causa dos Recifes que lança muito ao mar, e os que escapavam do naufrágio não escapavam, de suas mãos, e dentes, donde hoje se caminha por terra com muita facilidade, e segurança, e vem, e vão cada dia com suas apelações, e o mais que lhes importa, sem esperarem seis meses para monção, como dantes faziam...|fonte=[[Livro 4 - DA HISTORIA DO BRASIL DO TEMPO QUE O GOVERNOU Manuel Teles Barreto ATÉ A VINDA DO GOVERNADOR Gaspar de Souza - Capítulo 20 - Da guerra, que Cristóvão de Barros foi dar ao gentio de Sergipe]]}} | ||
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== Lista das Vilas e Cidades da Capitania do Sergipe == | == Lista das Vilas e Cidades da Capitania do Sergipe == | ||
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== Listas dos Donatários da Capitania do Sergipe == | == Listas dos Donatários da Capitania do Sergipe == |
por Tiago Gil |
Foi uma capitania do Estado do Brasil criada em 1590 onde originalmente estava a Capitania de Francisco Pereira Coutinho, conforme a divisão original das Capitanias Hereditárias.
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Segundo a divisão original das Capitanias Hereditárias, o território que posteriormente ocupou a Capitania de Sergipe d'El Rey pertencia ao donatario Francisco Pereira Coutinho, ou com a Capitania da Bahia, que se convencionou chamar depois.[1]
Contudo, a criação da assim chamada Capitania de Sergipe d'El Rey só ocorreu em 1590, por conta de combates entre portugueses, liderados por Cristóvão de Barros e grupos nativos.
Como narrou Frei Vicente do Salvador:
Livro 4 - DA HISTORIA DO BRASIL DO TEMPO QUE O GOVERNOU Manuel Teles Barreto ATÉ A VINDA DO GOVERNADOR Gaspar de Souza - Capítulo 20 - Da guerra, que Cristóvão de Barros foi dar ao gentio de Sergipe |
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Tiago Gil |
Como citar: GIL, Tiago. "Capitania de Sergipe d'El Rey". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Capitania_de_Sergipe_d%27El_Rey. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.
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