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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado, 'ß. ∂Ԑ Tamaraca', ao sul da Ilha de Itamaracá. | ►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado, 'ß. ∂Ԑ Tamaraca', ao sul da Ilha de Itamaracá. | ||
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►Mapa Y-45 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Ponto Pommarel ende Cabo Blancko, plotado com batimetria, sem nome, ao sul da ilha 'Tammarÿca:'. | ►Mapa Y-45 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Ponto Pommarel ende Cabo Blancko, plotado com batimetria, sem nome, ao sul da ilha 'Tammarÿca:'. | ||
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►Mapa [[(HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648)]], plotada, 'HET SVYDER GADT'. | ►Mapa [[(HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648)]], plotada, 'HET SVYDER GADT'. | ||
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►Mapa INSVLA TAMARACA [[(Barléu, 1647)]], fig. 19), plotado, 'Ostium Australe'. | ►Mapa INSVLA TAMARACA [[(Barléu, 1647)]], fig. 19), plotado, 'Ostium Australe'. | ||
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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Zuider gadt', ao sul de 'Itamaraca'. | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Zuider gadt', ao sul de 'Itamaraca'. | ||
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►[[(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638)]]: | ►[[(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638)]]: | ||
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2) Passagem, ou seja, o transporte de mercadorias e pessoas por barco, mediante pagamento de uma tarifa, era concessão do governo da prefeitura que o cedia contratualmente, pelo período de 12 meses, a um empreendedor pelo valor acima citado. | 2) Passagem, ou seja, o transporte de mercadorias e pessoas por barco, mediante pagamento de uma tarifa, era concessão do governo da prefeitura que o cedia contratualmente, pelo período de 12 meses, a um empreendedor pelo valor acima citado. | ||
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►[[(Dussen, 1640)]], pg. 164: | ►[[(Dussen, 1640)]], pg. 164: | ||
"Esta Capitania só tem um porto de valor, a saber, o canal Sul da Ilha, onde entram navios que demandam 14, 15 e mesmo 16 pés de profundidade; mas é um canal longo e algo perigoso para nele permanecer e não tem no litoral nenhum bom ancoradouro, nem fundo para lançar âncora, visto ser de vasa, de modo que os navios mal podem fundear ali para aguardar a maré para entrar. ". | "Esta Capitania só tem um porto de valor, a saber, o canal Sul da Ilha, onde entram navios que demandam 14, 15 e mesmo 16 pés de profundidade; mas é um canal longo e algo perigoso para nele permanecer e não tem no litoral nenhum bom ancoradouro, nem fundo para lançar âncora, visto ser de vasa, de modo que os navios mal podem fundear ali para aguardar a maré para entrar. ". | ||
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►[[(Pereira da Costa, 1951)]]: | ►[[(Pereira da Costa, 1951)]]: | ||
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"A vila Marial ou de Nossa Senhora da Conceição de Itamaracá, foi situada no cimo de uma formosa colina, a pouca distância do Porto dos Navios ou canal da barra de entrada, e fundada por Francisco de Braga, capitão-mor governador da nascente colônia, e loco-tenente do seu donatário, naturalmente a própria situação ocupada pelos franceses, onde levantaram a sua feitoria, uma fortaleza com uma guarnição de mais dc cem praças, com muita artilharia e munições, e onde se recolhia a gente dos seus navios que vinham carregar de gêneros coloniais.". | "A vila Marial ou de Nossa Senhora da Conceição de Itamaracá, foi situada no cimo de uma formosa colina, a pouca distância do Porto dos Navios ou canal da barra de entrada, e fundada por Francisco de Braga, capitão-mor governador da nascente colônia, e loco-tenente do seu donatário, naturalmente a própria situação ocupada pelos franceses, onde levantaram a sua feitoria, uma fortaleza com uma guarnição de mais dc cem praças, com muita artilharia e munições, e onde se recolhia a gente dos seus navios que vinham carregar de gêneros coloniais.". | ||
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 185: | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 185: | ||
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"Na ilha de Itamaracá, com o Forte de Orange (Zuyder gadt), Barleu não menciona o canal de Itapissuma que a separa do continente.". | "Na ilha de Itamaracá, com o Forte de Orange (Zuyder gadt), Barleu não menciona o canal de Itapissuma que a separa do continente.". | ||
− | * Nota: | + | *Nota: O mapa é de autoria de Jorge Marcgrave, e não de Barleu, e representa completamente o Canal de Santa Cruz, que envolve em redondo a Ilha de Itamaracá. Denominou-se, nesse mapa, de 'Zuyder gadt' a entrada sul do Canal, com o porto [http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._đ_Conceicao_(povoação) N S. đ Conceicao] (Vila Velha, Ilha de Itamaracá) assinalado, e de [http://lhs.unb.br/biblioatlas/'t_Noorder_gadt_(porto) 't Noorder gadt] a entrada norte, hoje conhecida como Barra de Catuama, onde também está assinalado local de ancoragem, porto. A observação de Câmara Cascudo origina-se na constatação de que hoje o ramo oeste do Canal de Santa Cruz é denominado de Canal de Itapissuma. |
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[[Category: Coleção Levy Pereira]] | [[Category: Coleção Levy Pereira]] |
' R.Gara∫u ' no MBU.
Barra sul da 'I. Itâmaracâ' (Ilha de Itamaracá).
Está marcada com símbolo de porto.
Natureza: canal marítimo.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitanias: PARANAMBVCA e ITÂMARACÂ.
Nome atual: Canal de Santa Cruz.
Nomes históricos: Zuyder gadt, Het Svyder Gadt; Canal Sul, Barra Sul, Porto de Pernambuco, Porto de Itamaracá, Porto dos Navios, Rio Jussará, Rio Santa Cruz, Ostium Australe, R.Gara∫u.
Nota:
O porto está assinalado no mapa com o algarismo 7, indicação de profundidade.
Na explanação técnica que consta no mapa BQPPB é informado que há indicações de profundidade em pés, 'pedibus', mas pelas circunstâncias, essa profundidade parece estar expressa em braças.
►Teensma, B. N. traduziu:
"Zuyder gadt = zuider gat; Barra do Sul.".
►Mapa IT (Albernaz, 1612) CAPITANIA DE ITAMARACA, plotado, 'BARRA, nos arrecifes ao sul da 'ilha de Tamaraca'.
►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado, 'ß. ∂Ԑ Tamaraca', ao sul da Ilha de Itamaracá.
►Mapa Y-45 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Ponto Pommarel ende Cabo Blancko, plotado com batimetria, sem nome, ao sul da ilha 'Tammarÿca:'.
►Mapa (HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648), plotada, 'HET SVYDER GADT'.
►Mapa INSVLA TAMARACA (Barléu, 1647), fig. 19), plotado, 'Ostium Australe'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Zuider gadt', ao sul de 'Itamaraca'.
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638):
@ pg. 90:
"ITAMARACA
O único porto capaz que esta capitania tem, para abrigar navios grandes, é a barra do Sul, porto da ilha de Itamaracá; ...".
@ pg. 128:
"Lista de contratos arrematados, imposições de diversas passagens, passos, pescarias, abate de gado, balança, vinho e outras bebidas, gêneros secos, dízimos, miuças etc., que são arrematados no Brasil por tempo de doze meses e o foram por prazo maior ou menor, mas aqui reduzidos a doze meses:
...
A passagem entre o grande passo e a planície em Itamaracá - 100 florins.".
Notas:
1) Grande passo à planície possivelmente refere-se ao percurso de um porto no continente, nas cercanias do atual Porto Vasco, ao porto na ilha de Itamaracá, com mais de 1,2 Km.
2) Passagem, ou seja, o transporte de mercadorias e pessoas por barco, mediante pagamento de uma tarifa, era concessão do governo da prefeitura que o cedia contratualmente, pelo período de 12 meses, a um empreendedor pelo valor acima citado.
►(Dussen, 1640), pg. 164:
"Esta Capitania só tem um porto de valor, a saber, o canal Sul da Ilha, onde entram navios que demandam 14, 15 e mesmo 16 pés de profundidade; mas é um canal longo e algo perigoso para nele permanecer e não tem no litoral nenhum bom ancoradouro, nem fundo para lançar âncora, visto ser de vasa, de modo que os navios mal podem fundear ali para aguardar a maré para entrar. ".
@ Volume 1, Ano 1516, pg. 83:
"Em fins deste ano ancora no porto de Pernambuco, ou de Itamaracá, como assim se chamava, uma flotilha espanhola, composta de dois navios, que partira de Cadiz em 8 de outubro do ano anterior, sob o
comando de João Dias de Solis, piloto-mor de Castela, com destino às Índias Orientais pelo caminho do Ocidente, quando, depois do assassinato daquele chefe, voltaram esses dois navios do Rio da Prata e se encaminhavam para a Europa.
A sua gente, depois de fazer um carregamento completo de pau-brasil, prende a onze portugueses que encontrara na feitoria que ali havia, e os conduz para a Espanha.
É esta a mais remota notícia que se encontra sobre esse primeiro estabelecimento português em Pernambuco, cuja fundação imporia o inicio da colonização de suas terras.
A feitoria de Pernambuco estava situada na terra firme em frente ao ancoradouro da Ilha de Itamaracá, ao lado do canal ou Rio Jussará; segundo a denominação indígena, e a meia légua acima da entrada do mesmo canal, posteriormente denominado Rio Santa Cruz por D. João III, próximo a Itapissuma, e precisamente no lugar chamado depois Sítio do Marco, por um padrão que ali se erigiu para designar por esse lado os limites entre as duas capitanias de Pernambuco e Itamaracá, ambas de senhorio particular.".
@ Volume 1, Ano 1535, pg. 170:
"A vila Marial ou de Nossa Senhora da Conceição de Itamaracá, foi situada no cimo de uma formosa colina, a pouca distância do Porto dos Navios ou canal da barra de entrada, e fundada por Francisco de Braga, capitão-mor governador da nascente colônia, e loco-tenente do seu donatário, naturalmente a própria situação ocupada pelos franceses, onde levantaram a sua feitoria, uma fortaleza com uma guarnição de mais dc cem praças, com muita artilharia e munições, e onde se recolhia a gente dos seus navios que vinham carregar de gêneros coloniais.".
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 185:
"Na ilha de Itamaracá, com o Forte de Orange (Zuyder gadt), Barleu não menciona o canal de Itapissuma que a separa do continente.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Zuyder gadt". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Zuyder_gadt. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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