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|verbete=O documento histórico é formado pela aglomeração de cartas, testemunhos e pareceres a respeito da suspeita, reivindicada por colonos que realizavam comércio através dos rios [[Rio Madeira|Madeira]] e [[Rio Tocantins|Tocantins]], de hostilidade e demasiada mortandade cometida pelos povos Mura e dos Tocantins. Acontecimento pertencente aos anos de 1738 e 1739, as discussões a respeito da legitimidade de uma possível [[guerra justa]] contra os respectivos índios foi bastante acalorada entre os missionários (autoridades da [[Junta das Missões]] e [[Companhia de Jesus]]) e os administradores régios responsáveis pela capitania do [[Grão-Pará]] junto aos interesses do colonato. A escravização de mão-de-obra indígena era o principal propulsor da economia na região da [[Amazônia Colonial]], a realização de uma possível [[guerra justa]] tinha como por benefícios aos colonos a aquisição de força de trabalho para a produção e extração do cacau e de outras drogas dos sertões, além do escoamento do ouro vindo das novas minas de São Félix. Enquanto os missionários viam a autorização do pedido de guerra justa como um ato injusto sobre os povos, que também são súditos reais, sem antes se averiguar a circunstâncias dos testemunhos e verificar o conhecimento dos atos de violência junto aos [[principais]] dos povos Mura e Tocantins. | |verbete=O documento histórico é formado pela aglomeração de cartas, testemunhos e pareceres a respeito da suspeita, reivindicada por colonos que realizavam comércio através dos rios [[Rio Madeira|Madeira]] e [[Rio Tocantins|Tocantins]], de hostilidade e demasiada mortandade cometida pelos povos Mura e dos Tocantins. Acontecimento pertencente aos anos de 1738 e 1739, as discussões a respeito da legitimidade de uma possível [[guerra justa]] contra os respectivos índios foi bastante acalorada entre os missionários (autoridades da [[Junta das Missões]] e [[Companhia de Jesus]]) e os administradores régios responsáveis pela capitania do [[Grão-Pará]] junto aos interesses do colonato. A escravização de mão-de-obra indígena era o principal propulsor da economia na região da [[Amazônia Colonial]], a realização de uma possível [[guerra justa]] tinha como por benefícios aos colonos a aquisição de força de trabalho para a produção e extração do cacau e de outras drogas dos sertões, além do escoamento do ouro vindo das novas minas de São Félix. Enquanto os missionários viam a autorização do pedido de guerra justa como um ato injusto sobre os povos, que também são súditos reais, sem antes se averiguar a circunstâncias dos testemunhos e verificar o conhecimento dos atos de violência junto aos [[principais]] dos povos Mura e Tocantins. | ||
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O documento histórico é formado pela aglomeração de cartas, testemunhos e pareceres a respeito da suspeita, reivindicada por colonos que realizavam comércio através dos rios Madeira e Tocantins, de hostilidade e demasiada mortandade cometida pelos povos Mura e dos Tocantins. Acontecimento pertencente aos anos de 1738 e 1739, as discussões a respeito da legitimidade de uma possível guerra justa contra os respectivos índios foi bastante acalorada entre os missionários (autoridades da Junta das Missões e Companhia de Jesus) e os administradores régios responsáveis pela capitania do Grão-Pará junto aos interesses do colonato. A escravização de mão-de-obra indígena era o principal propulsor da economia na região da Amazônia Colonial, a realização de uma possível guerra justa tinha como por benefícios aos colonos a aquisição de força de trabalho para a produção e extração do cacau e de outras drogas dos sertões, além do escoamento do ouro vindo das novas minas de São Félix. Enquanto os missionários viam a autorização do pedido de guerra justa como um ato injusto sobre os povos, que também são súditos reais, sem antes se averiguar a circunstâncias dos testemunhos e verificar o conhecimento dos atos de violência junto aos principais dos povos Mura e Tocantins.
CERTIDÃO DO PADRE JOSÉ DE SOUSA, PROVINCIAL DA COMPANHIA DE JESUS
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Manoel RENDEIRO |
Como citar: RENDEIRO, Manoel. "Autos da devassa contra os índios Mura". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Autos_da_devassa_contra_os_%C3%ADndios_Mura. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.
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