Bayatag
sem nome no MBU
Natureza: lagoa
Mapa:
Capitania: Rio Grande
Lagoa sem nome no MBU, na m.e do 'Salina Grande' (Rio Açu), proximo à 'Aldea Vuawaßou'.
Nome histórico: Bayatag.
Nome atual: Lagoa do Piató.
Citações:
►(Margrave, 1648), Livro VIII - Que trata da própria Região e dos Indígenas:
@ Capítulo IV - Os habitantes do Brasil - pg. 268:
"Nota. Os confins e habitações dos Tapuias, segundo a descrição de Jacob Rabbi, que morou vários anos entre eles, são os seguintes: ...
...
... até Marytupa, são duas milhas, até Warerugh uma. Este rio, também chamado Otschunogh, penetra, no continente, em direção ao Austro numa distância de mais de cem milhas. A uma distância de mais de vinte e cinco milhas do litoral marítimo, acha-se o grande lago Bajatagh com grande abundância de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa de peixes, que mordem, e são muito inimigos do homem. A este fica adjacente o vale Kuniangeya, tendo o comprimento de vinte milhas e a largura de duas. Atravessa-o o rio Otschunogh, abundante de peixes; aí se encontra grande abundância de animais silvestres e frutas.".
@ Capítulo XII - Acerca dos costumes, e dos usos dos Tapuias, segundo a narração de Jacob Rabbi que vivera alguns anos entre eles - pg. 281-282:
"Nos meses de março e abril a maior força das águas desce dos montes, de sorte que o rio Otschunogh se enche, e suas margens transborda e invade o lago vizinho Bayatag, pelo qual tempo colhem tanta quantidade de peixes, quantas mulheres possam levar dificultosamente para os acampamentos; e seus principais frutos que estão maduros. Mas quando o rio volta ao seu leito, regressam às moradas costumeiras, eles consagram à atividade à sementeira; principalmente porém plantam o maior milho ou "Maizium", vários legumes, e abóboras em forma de bilha.".
@ Capítulo Dez - Caça, pesca e agricultura dos tapuias, pg. 60: "Barleu informa que, quando trovejava e soprava fortemente o vento, havia uma abundantíssima pescaria de peixes na lagoa Bajatach (atualmente, Piató), próxima do local onde existia o acampamento principal do rei Janduí, em Açu (RN). Os peixes eram tão gordos, que dispensavam o uso de gordura para o seu preparo (2, 265). Marcgrave descreve que o Bayatag (Piató), nos meses de março a abril recebia o transbordamento do rio Otschunogh (atualmente, rio Açu), mal conseguindo as mulheres da tribo transportar todo o peixe pegado, para os acampamentos (28, 281).".
@ Bibliografia, pg. 155: "28. MARCGRAVE, Jorge. História natural do Brasil, São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1942.".
►(Medeiros, 1998), A DESCRIÇÃO DO LITORAL POTIGUAR, SEGUNDO JACOB RABBI, pg. 82, comentando a citação de (Margrave. 1648), Livro VIII, Capítulo IV:
"O Otschunogh, ou Warerugh, correspondia ao atual rio Açu. O lago Bajatagh era a mesma lagoa do Piató, próxima à atual cidade do Açu. Igtug, ou Itu, hoje é denominada de lagoa de Ponta Grande, encravada na antiga sesmaria, do Itu, ora pertencente à família Montenegro. Os temidos peixes mencionados por Rabbi são as perigosíssimas piranhas.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Bayatag". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Bayatag. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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