Em dezembro atingem a Pernambuco onde os recebe Duarte Coelho (...) De Pernambuco (não se sabe o ponto de partida, Olinda ou Igaraçu), Aires da Cunha, com 900 homens em dez navios, veio bordejando pelo litoral, desprezando o Rio Potengi (Rio Grande) e fundeando na foz do Rio Baquipe, Rio Pequeno ou do Ceará-Mirim, menos de doze quilômetros ao norte da futura cidade de Natal. Na embocadura do Ceará-Mirim encontrou resistência tremenda por parte dos Potiguares, ajudados pelos traficantes franceses. Inexplicavelmente, Aires da Cunha recua e segue para o norte (...) Nas águas do Maranhão a nau-capitânea espatifou-se nuns rochedos, sucumbindo Aires da Cunha, chefe sem suplência prevista. Em março de 1536 os que restavam da expedição garbosa, nove navios, atingem a ilha do Maranhão, conhecido como "Trindade", sendo acolhidos benevolamente e aí fundaram um povoado, a que deram o nome de "Nazaré" (...) Ficam três anos. (...) decidiram renunciar aos sonhos de grandeza e saíram em caravelões.
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