Aldeia de índios (brasilianos), nas vizinhanças da lagoa 'Araunu' (Lagoa Araunu).
Plotada com o símbolo no BQPPB, sem o topônimo.
Natureza: aldeia de índios.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nome atual: a aldeia não mais existe e a área está cultivada com cana de açúcar.
Sua posição exata, nas cercanias da Lagoa Araunum, em Arez-RN, ainda não foi localizada por arqueólogos.
Nomes históricos: Aldeia Araunu (Araunum, Aranum, Oriaranu, Bretanu), Orange.
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, "A oriaranú", ao norte da lagoa fluvial "Alagoa GԐroyra.".
►Mapa Y-48 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta - plotada com o símbolo de aldeia, "A Bretanú:".
►(Margrave, 1648), pg. 206-207 descreve a ave ARARAUNA.
►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, apud (Souto Maior, 1912):
Essa aldeia, nessa Assembléia, é:
Notas:
A Aldeia de Araunu na Ata da Assembléia Brasiliana de 1645 possivelmente é a denominada ORANGE pelos seguintes argumentos:
1) Semelhança dos nomes Auranium e variantes a Orange, aplicando-se corruptelatria, um conceito do prof. Benjamin N. Teensma;
2) Essa aldeia participou na Assembleia, estando nomeados na Ata seus capitães (Diogo Paes Buto, Jeronymo Coelho), adjuntos de capitão, tenente e alferes, juízes e adjuntos, candidatos a escabino, e escabinos eleitos;
3) A 6ª Proposta dessa Assembléia está redigida da seguinte forma:
"Para melhor comodidade da nossa nação e do Governo solicitamos humildemente a V.as E.as para fundar três câmaras, a saber:
...
A terceira câmara, a da capitania do Rio Grande terá a sua sede na Aldeia Orange tendo sob sua jurisdição as Aldeias de Pirari, Jaragoa e Bopeba.".
Assim, se AURANIUM (Aranium; Araauni; Auranum - Araunu -) não for ORANGE, esta aldeia não estaria formalmente jurisdicionada.
►(Gonsalves de Mello, 1947), pg. 227:
"Não possuímos até agora dados completos para a localização das aldeias principais - as estáveis - dos índios aliados dos holandeses. Há várias referências a elas nas Dagelijksche Notulen, nas cartas, nas Atas das Classes e Sínodos e em relatórios. Mas a diversidade dos nomes e o estropiado das grafias confundem e embaraçam o pesquisador. (49)
...
(49) Assim, o nome da aldeia Orange aparece grafado Auranum, Auranium, etc.".
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 68:
"ARANUN — Lugar e rio no município de Arez. De ara-un, arara negra; de ara-nduo, vozear dos papagaios, ainda de arara-nhum, o campo das araras. Ara é designação genérica dos Psitacídeos. Em 9 de maio de 1607, numa data de terra, o nome do rio aparece Araunu, arara negra.".
►(Medeiros, 1989), pg. 75:
"ALDEIA DE ARANUM - O mapa de JORGE MARCGRAVE, de 1643, incluído no livro de BARLÉU e que representa a Capitania do Rio Grande, fixa a Lagoa de Araunu, junto à qual havia uma aldeia indígena. O mapa de GOLIJATH assinala a aldeia de Oriaranum. Em 1645, eram capitães da aldeia de Aurunum Diogo Paes Buto e Jerônimo Coelho (11). Aranum fica na margem ocidental da Lagoa de Guaraíras, no município de Arez-(RN).".
►(Medeiros, 1998), KEYSERS CROON, UMA VILA HOLANDESA NO BAIRRO DO BOM PASTOR, pg. 91-92, questiona:
"Seria Keysers Croon a mesma Aldeia Orange, de que restam informações datadas de 1645? (1)".
"Keysers croon" é topônimo do BQPPB, com símbolo de cidade, na m.d. do "Potĩjĩ ou Rio grande", próxima do riacho "Cunhacima" (Rio das Quintas), afluente m.d. desse rio.
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Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Araunu (aldeia)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Araunu_(aldeia). Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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