Mateus Vieira, morador no distrito de Cai, e que vive de suas lavouras informa o seguinte.
Que sabe que o capitão Manuel José de Alencastre fora preso por duas vezes por ordem do capitão Custódio Ferreira de Oliveira Guimarães, mas que ignora os motivos que houveram para as ditas prisões, e só sabe que o dito capitão Custódio Ferreira tem má vontade ao dito capitão Alencastre: que sabe que alguns moradores do distrito do capitão Custódio Ferreira se tem mudado daquele distrito vendendo as terras que ali possuíam e passado para outros diversos distritos dizendo que os faziam por não poderem mais sofrer ao capitão Custódio Ferreira mas que ele informante não sabe quais eram os vexames que o dito capitão fazia àqueles moradores que se mudavam: que sabe que o capitão Manuel José de Alencastre para evitar o seu precipício e desviar-se das desordens que com ele tinha o capitão Custódio Ferreira arrendara as suas fazendas e se passara com a sua família para a freguesia do triunfo e deixando ali a sua família, fora para o Rio de Janeiro [p. 348v]. E de tudo o mais que foi perguntado por mim coronel comandante deste continente respondeu nada sabia, e para constar assinou com o seu sinal costumado que é uma cruz, em Porto Alegre aos vinte e quatro de novembro de mil setecentos e oitenta e sete.
Joaquim José Ribeiro da Costa Sinal de Matias Vieira
Ficha técnica da Fonte | |
Autor: diversos | |
Data: 1787. | |
Referência: Códice 104. Volume 09. Secretaria do Estado do Brasil. | |
Acervo: Arquivo Nacional. | |
Transcrição: Tiago Luís Gil. | |
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