José de Vargas morador no Distrito de Cai, e que vive de suas lavouras, informa o seguinte.
Que por ser morador no distrito de Cai a pouco mais de um ano não sabe os motivos que houveram para as prisões feitas ao capitão Manuel José de Alencastre que sabe que o capitão Manuel José de Alencastre para evitar o seu precipício pelas desordens que com ele tinha o capitão Custódio Ferreira de Oliveira Guimarães, arrendara as suas fazendas e passando-se com a família para a freguesia do Triunfo a deixara ali e ele se passara a cidade do Rio de Janeiro que sabe por ter ouvido dizer a pessoas dignas de crédito que o capitão Evaristo Pinto Bandeira a pouco menos de um ano conduzira e passara uma porção de bestas de contrabando que sabe que Antonio de Souza de Oliveira, no testamento com que faleceu não nomeara por seu herdeiro a um filho que tinha por nome Jacinto Nunes de Oliveira, havido de uma mulher livre, mas sim, que deixara por sua herdeira a uma sua sobrinha casada com o capitão Bernardo José Pereira, irmã do coronel Rafael Pinto Bandeira, e que querendo o dito Jacinto Nunes de Oliveira anular o testamento e opor-se à herança não achara quem lhe quisesse patrocinar [p. 347] a causa por ser contra um cunhado do coronel Rafael Pinto Bandeira de quem todos se temiam. E de tudo o mais que foi perguntado por mim coronel comandante deste continente respondeu nada sabia e para constar assinou com seu sinal costumado que é uma cruz, em Porto Alegre, aos vinte quatro de novembro de mil setecentos e oitenta e sete.
Joaquim José Ribeiro da Costa Sinal de José de Vargas "+"
Ficha técnica da Fonte | |
Autor: diversos | |
Data: 1787. | |
Referência: Códice 104. Volume 09. Secretaria do Estado do Brasil. | |
Acervo: Arquivo Nacional. | |
Transcrição: Tiago Luís Gil. | |
link principal no BiblioAtlas: Devassa_de_1787 |