Engenho de roda d'água com igreja, na m.d. do rio 'Çuguaçúna' (atual rio Manguaré).
Natureza: engenho d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Santo Amaro do Jaboatão.
Nomes históricos: Çuguaçúna (Suassuna; Sussuna; Sassuna; Suesuna); Nossa Senhora da Assunção.
Nome atual: Usina Jaboatão.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ: Susúna'.
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.86:
"34. Engenho Suassuna, pertencente a João de Barros Correia, presente; engenho d'água e mói. ".
►(Dussen, 1640), pg. 147:
"36) Engenho Suassuna, pertencente a João de Barros Correia, é engenho d'água e mói. São lavradores:
Partido da fazenda 30 tarefas
Jorge Saraiva (*) 25
Pero de Noronha 20
Bernardo d' Abreu 15
Antônio de Carvalho 8
Pero do Rêgo 5
___________________
103 tarefas
(*) Ver, na introdução, a escritura de arrendamento de partido de canas que fez com o Senhor do engenho em 25 de outubro de 1638.".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia de Santo Amaro do Jaboatão
...
- E o de João de Barros Correia, oitenta arrobas de branco.".
►(Pereira da Costa, 1903), Vol. 1, ano 1566, - pg. 371:
"Nessas terras adquiridas em Jaboatão levantaram Fernão Soares e seu irmão Diogo Soares o extinto engenho Suassuna, situado na ribeira do riacho do mesmo nome, que nasce em terras do engenho Macujé e deságua no Rio Jaboatão, dando eles ao seu engenho a invocação de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da capela, também por eles levantada.
O engenho moía com as águas do riacho Suassuna, ... o engenho moeu pela primeira vez em 3 de outubro de 1587.".
@ pg. 98, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Jaboatão:
«6) SUASSUNA. Invocação Nossa Senhora da Assunção. Sito à margem do riacho homônimo. Engenho d'água. Fundado pelos irmãos Fernão e Diogo Soares, mercadores em Olinda, em terras da sesmaria de Gaspar Alves de Puga. Inicialmente (1573), o partido de Fernão Soares deveria moer suas canas na fábrica de Gaspar, no montante de trinta tarefas anuais. A demarcação, contudo, só se verificou em 1584, altura em que Fernão Soares adquirira outras terras na mesma sesmaria. O Suassuna começou a moer em 1587. Em 1593 era mencionado como o "engenho novo" de Fernão Soares, para distingui-lo do "engenho velho" do mesmo proprietário. Em 1609, pertencia a Diogo Soares da Cunha, filho de Fernão. Em 1623, produzia 7223 arrobas. Quando da ocupação holandesa, pertencia a João de Barros Correia, natural de Vila Real (Trás-os-Montes), que permaneceu à frente do Suassuna, moendo em 1637 e 1639, com cinco partidos de lavradores que, somados ao da fazenda (trinta), perfaziam 103 tarefas (5150 arrobas). Em 1638, João de Barros Correia concedia um partido de canas de quarenta tarefas ao lavrador Jorge Saraiva pelo prazo de nove anos. Moía em 1655. Em 1656, Antônio de Sousa Ferreira contratava o fornecimento de cana do seu partido livre a João de Barros Correia. Este, em 1645 e 1663, era devedor de 879 florins à WIC.(53)».
@ pg. 180, Notas:
«(53) DP, pp. 165, 166, 188, 232; LUSR, pp. 44-5, 48; RPFB, p. 205; FHBH, I, pp. 29, 86, 133-6, 147, 237; RCCB, pp. 39-40, 153; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; VWIC, IV, p. 232; NP, I, p. 127; II, p. 407; Pereira da Costa, "Origens históricas", pp. 267, 269.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Çuguaçúna (engenho)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=%C3%87ugua%C3%A7%C3%BAna_(engenho). Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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