Engenho de roda d'água sem igreja na m.e. do 'Camaçari' (Rio Camassari).
Natureza: engenho d'água sem igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Santo Amaro do Jaboatão.
Nomes históricos: Camaçari (Camassurin; Camassarim).
Nome atual: destruído - está submerso pela Barragem Duas Unas.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Camassurin'.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Camaçari', na m.e. do 'Camaçari' (Rio Camassari).
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 86:
"37. Engenho Camaçari. Está também arruinado há longos anos; não tem cana, era movido por água. ".
►(Dussen, 1640), pg. 148:
"39) Engenho Camassarim, pertencente a Duarte Saraiva, é engenho d'água mas não moerá. São lavradores: (não indica). ".
►(Laet, 1644), Livro Décimo Terceiro, 1636, 3 de agosto, relata os feitos da coluna do Coronel Artichau ― Crestofle d'Artischau Arciszewski (ou Krzysztof Arciszewski) ― pg. 911:
"Cumprindo a ordem, o Coronel dirigiu-se com a sua força para o mato, passou pelo engenho de João de Barros Corrêa e pelo de Antônio de Bulhões, chamado Sto. Amaro, situado em Jaboatão e acampou à noite no velho e arruinado engenho de Manuel Fernandes da Cruz, chamado Camasari. Pondo-se em movimento no dia 4, cedo pela manhã, ...".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia de Santo Amaro do Jaboatão
...
Engenhos que estão a monte e arruinados na freguesia atrás
...
"E o de Camassari, que foi de Luís Dias Barroso, a três por cento.".
@ pg. 99-100, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Jaboatão:
«9) CAMAÇARI. Sem indicação de orago. Sito à margem esquerda do Jaboatão. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1593, a meias com sócio não designado, pertencia a Manuel da Costa Calheiros, natural de Ponte da Barca (Minho), filho do tabelião do público e judicial dos Arcos de Valdevez (Minho) e irmão e sobrinho de outros notáveis do lugar. Participou da conquista do Rio Grande do Norte. Em 1612, Manuel era vereador da Câmara de Olinda e em 1616, membro da Mesa da Misericórdia da mesma vila. Em 1637, há referência ao "velho e arruinado engenho de Manuel Fernandes Cruz, chamado Camaçari", o qual estava "arruinado há longos anos". Em 1638, o governo do Recife decidiu leiloá-lo. Duarte Saraiva o adquiriu e em breve estava, ao que parece, reconstruído, sem contudo moer. Em 1655, estava a monte. Em 1645, Duarte era devedor de 112127 florins à WIC; em 1663, de 89990 florins.(56)».
@ pg. 181, Notas:
«(56) DP, pp. 177, 462; IL, 2527; Vicente do Salvador, História do Brasil, 4ª ed., São Paulo, 1954, pp. 292, 296; CGS, pp. 80, 298; LPGB, p. 181; FHBH, I, pp. 29, 86, 148, 237; RCCB, p. 40; VWIC, IV, p. 232; DN, 1.IX.1638; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; NP, I, p. 309; Gonsalves de Mello, Gente da nação, p. 226.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Camaçari (engenho)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Cama%C3%A7ari_(engenho). Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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