Aldeia de índios (brasilianos), na m.d. do 'Pirari' (Rio Pirari).
Natureza: aldeia de índios.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nomes históricos: Aldeia Pirari (Parari, Perari).
Nome atual: a aldeia está extinta.
Possivelmente localizava-se no povoado de Pirari de Cima - vide mapa IBGE Geocódigo 2409803 PEDRO VELHO - RN.
O rio Pirari consta no mapa de Margrave, no entanto, o nome não foi escrito próximo ao seu traçado. Este rio foi muito bem detalhado, com duas lagoas, a 'Tipijĩ' e a 'Tamoatâpuruâ', e duas ilhas, a 'Iamoa' e a 'Caraguatacanga'.
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A.', na m.e. do rio 'R. MiapԐugh'.
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A', na m.e. do rio 'Rº MiapԐugh'.
►Mapa PB (Orazi, 1698), plotada com o símbolo de aldeia, sem nome.
►(Moreno, 1615), pg. 44, discriminando a resenha de índios guerreiros que participaram na Jornada do Maranhão:
"Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:
...
De Pirari, Mucurapirá, com 12".
@ pg. 183 - define a função do capitão holandês:
"Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".
@ pg. 184 - censo da população masculina:
"... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".
@ pg.185:
"ALDEIAS NO RIO GRANDE...
Aldeia Parari, Capitão Willem Jansz ... 30 homens".
►Citada como Aldeia Pirari pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:
"44 ...;Pirari, a duas milhas de Cunhau; ...".
"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de ... Pirari, a duas léguas (doze quilômetros) de Cunhaú, chefiada por André Carurare; ...".
►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912).
Essa aldeia, nessa Assembléia, é:
►(Medeiros, 1989), pg. 74:
"ALDEIA DE PIRARI - Informa o Pe. MANUEL DE MORAIS que Pirari tinha por capitão, em 1635, Andreas Caruware (2). A Aldeia era situada à distância de duas léguas do Engenho Cunhaú. Hoje existe a povoação de Pirari, três quilômetros ao leste da cidade de Montanhas. Pirari, à margem do rio do mesmo nome, pertence ao município de Pedro Velho-(RN).
Segundo DUSSEN, que denominava aquela aldeia de Parary, ali encontravam-se 30 homens d'armas, capitaneados por Willem Jansz. (5) Pirari também figura no mapa de MARCGRAVE, de 1643.
Aos 3 de abril de 1645, a Aldeia de Pirari passou à jurisdição da Aldeia Orange (6)."
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 115:
"PIRARI: — Lugar em Pedro Velho, de pirá-r-i, rio do peixe. Em junho de 1767, Antônio de Souza Barros tinha "hum sitio chamado PYRARY a onde tem fabrica de hum engenho de fazer asucar".".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Pirari (aldeia de índios)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Pirari_(aldeia_de_%C3%ADndios). Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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