por Mariana Barcelos |
Criada em 1715, a Vila de Piedade do Pitangui permaneceu com o mesmo território até o final do período colonial. Antes de ser elevada a Vila, os coetâneos chamavam a região de Pitangui ou Pará[1]. A ocupação da área começou no início dos Setecentos com a chegada dos paulistas. Temendo a vinda maciça de forasteiros para a região, os sertanistas isolaram o local, construindo um caminho que ligava o povoado diretamente a São Paulo. Após o Levante dos Emboabas, a região recebeu um grande contingente de paulistas que foram expulsos das zonas mais antigas de mineração. Segundo Carla Anastasia[2], Pitangui se tornou o novo reduto dos sertanistas na região mineradora. Em 1711, a Coroa portuguesa criou o arraial de Pitangui. Em 1715 o governador D. Brás Baltazar da Silveira fundou a Vila de Piedade do Pitangui com o intuito de ter mais controle sobre a região e iniciar a tributação sobre o ouro. Todavia, os paulistas não aceitaram esse controle do Estado Português. Em 1717, o novo governador, D. Pedro Miguel de Almeida, o Conde de Assumar, tentou novamente instaurar a cobrança do quinto na região. Insatisfeita, a população de Pitangui, liderada pelo sertanista Domingos Rodrigues do Prado levantou-se contra o poder da Coroa lusa, negando-se a aceitar a jurisdição dos oficiais régios na área e a arrecadação do quinto. Os motins de Pitangui duraram entre 1717 e 1719, provocando diversos assassinatos de autoridades régias e sertanistas favoráveis a cobrança do imposto no termo da vila[3].
Palavras-Chave: Pitangui, Pará, Vila de Piedade do Pitangui, motins de Pitangui, Domingos Rodrigues do Prado.
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Mariana Barcelos |
Como citar: BARCELOS, Mariana. "Piedade do Pitangui". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Piedade_do_Pitangui. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025.
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