Antes de Bertha voltar da França em 1918 e iniciar a articulação de seu grupo feminista, a professora Leolinda Daltro era a referência dos cariocas quando o assunto eram manifestações femininas. Ora tratada com gentileza, ora tratada com escárnio pela imprensa, Leolinda polarizava opiniões.
Nesta nota, o jornal Gazeta de Notícias registra a tentativa de Leolinda, e de colaboradoras, de entregar ao Presidente da República um manifesto em favor da entrada do Brasil na guerra. Assim como tantos associavam o direito ao sufrágio à defesa da pátria, Leolinda defendia as duas causas: que as mulheres deviam votar e que podiam colaborar com o esforço de defesa. Exemplo disso era o treinamento de tiro que ela promovia às suas alunas e a quem mais o desejasse. Fazia isso há bastante tempo já, desde que sua amiga, Orsina da Fonseca, mulher do Presidente Hermes da Fonseca, a apoiara.