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Comissão Interamericana de Mulheres

Em 1928, na Conferência Interamericana de Havana, uma delegada norte-americana, Doris Stevens, propôs a criação da Comissão Interamericana de Mulheres, no âmbito da cooperação dos países do Continente. Stevens, uma professora e ativista do controverso grupo feminista National Woman´s Party, assumiu a presidência desta comissão, cujo propósito inicial era promover estudos sobre a condição jurídica das mulheres nas Américas.
A história da Comissão é bastante tortuosa, porque quase sempre os grupos feministas que tentavam influenciar a política externa norte-americana divergiam fortemente entre si. De toda forma, a Comissão perdurou como um espaço onde a questão da mulher nas Américas era pensado e de onde partiam propostas de reformas legais. A despeito da crescente importância da Comissão no pós Guerra, com a emergência da noção de Direitos Humanos, o posto era usualmente menosprezado pelos integrantes do corpo diplomático brasileiro. Isso porque os diplomatas brasileiros não viam com bons olhos servir em um setor da Organização dos Estados Americanos povoado por mulheres e capturado por agendas femininas. Bom para as feministas, então, que se revezavam entre si para representar o Brasil na Comissão. Ainda nos anos 1940, Ana Amélia Carneiro de Mendonça representou o nosso país e, entre os anos de 1953 e 1959, a própria Bertha Lutz foi vice-presidente da entidade.
Eis uma imagem de Bertha nesses anos, gentilmente cedida pela OEA:

sharp@oas.org_20110620_154414 (1)General Secretariat of the Organization of American States.

Reproduced with permission of the General Secretariat of the Organization of American States.

Lembrete aos pesquisadores: a documentação sobre os anos na Comissão está preservada no fundo Bertha Lutz do Museu Nacional à disposição.