Mudanças entre as edições de "Exemplos de uso de programação em História"

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Se é correto que muitos dos estudos que usaram a computação na pesquisa em história eram de análises de texto, também é correto que uma parte expressiva desse uso fora dedicado às pesquisas em [[história quantitativa|Análise Estatística]], tais como os trabalhos de Fogel e Engerman, especialmente ''Time on the cross'', de 1974.<ref>Susan  HOCKEY.  «The  History  of  Humanities  Computing»,  en Susan  SCHREIBMAN,  Ray  SIEMENS  y  John  UNSWORTH  (comps.).  A Companion to Digital Humanities. Oxford: Blackwell, 2004.</ref> Em 1971, Edward Shorter publicou seu livro ''The historian and the computer'', onde apresentava inúmeros exemplos de pesquisa em história política, econômica e cultural, a grande maioria com abordagem quantitativa.
  
  
  
 
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Edição das 16h50min de 21 de maio de 2020

Tempo estimado de leitura deste artigo 6 minutos - por Tiago Gil


Linguagens de programação

Página inicial de Linguagens de programação


Exemplos de uso de programação em História (casos interessantes desde os anos 1950 até agora)

Linguagens e software (algumas noções introdutórias sobre as linguagens e seus programas)

Lista de códigos (listas de códigos prontos e aproveitáveis para diversas pesquisas)

Portais de aprendizado (lista comentada de sites e ferramentas de aprendizado)

Ainda que parece surpreendente para muitos, os historiadores usam programação desde os princípios da informática moderna, nos anos 1940. É muito conhecido o caso do Padre Roberto Busa, um especialista em Santo Tomás de Aquino, que ao concluir sua tese sobre o conceito de presença naquele famoso teólogo, se deu conta que as palavras mais adequadas para entender o problema não era praesentia, como ele supunha, mas a partícula in. Com isso ele teria que repensar tudo e fazer novas anotações de todo o material. Para evitar uma segunda surpresa, ele pensou que um sistema informatizado poderia ajudar e foi em busca de ajuda. Hoje o sistema de Busa está disponível online para qualquer consulta.

Os exemplos não param por aí, pois alguém poderia argumentar que Busa não era um historiador, mas um teólogo. De qualquer maneira, há centenas de experiências realizadas ao longo dos anos 1950, 60 e 70 e com pesquisas dos mais diversos tipos. Vejamos um gráfico com uma estimativa de projetos de história que usavam programação, somente na área de história medieval.

Programadores.PNG

Fonte: Boletins Computer and Medieval Data Processing (CAMDAP)

Esses dados demonstram apenas que a relação entre história e programação é longa e intensa. A grande maioria dos casos que aparecem nesse gráfico eram de projetos que faziam análises de texto e não quantitativas, como o leitor pode ter pensado. Eram análise de léxico medieval, lematizações, dentre outras possibilidades de análise, algumas das quais quantitativas, dentro da perspectiva da linguística. Um destes programas de análise de texto é o (ainda existente) TUSTEP (Tübinger System von Textverarbeitungsprogrammen), que funciona em ambiente DOS:

Tustep.png

Se é correto que muitos dos estudos que usaram a computação na pesquisa em história eram de análises de texto, também é correto que uma parte expressiva desse uso fora dedicado às pesquisas em Análise Estatística, tais como os trabalhos de Fogel e Engerman, especialmente Time on the cross, de 1974.[1] Em 1971, Edward Shorter publicou seu livro The historian and the computer, onde apresentava inúmeros exemplos de pesquisa em história política, econômica e cultural, a grande maioria com abordagem quantitativa.


Referências

  1. Susan HOCKEY. «The History of Humanities Computing», en Susan SCHREIBMAN, Ray SIEMENS y John UNSWORTH (comps.). A Companion to Digital Humanities. Oxford: Blackwell, 2004.



Citação deste verbete
Como citar: GIL, Tiago. "Exemplos de uso de programação em História". In: CLIOMATICA - Portal de História Digital e Pesquisa. Disponível em: http://lhs.unb.br/cliomatica/index.php/Exemplos_de_uso_de_programa%C3%A7%C3%A3o_em_Hist%C3%B3ria. Data de acesso: 5 de julho de 2024.






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