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S. Luzia (igreja)

De Atlas Digital da América Lusa

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No mapa [[BQPPB]] o símbolo da capela está pouco visível e facilmente pode-se associar o topônimo a um maceió (riacho costeiro) ou uma casa nas proximidades.
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►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotada, 'S. Lucia', na costa,  no Pontal de Maria Farinha.
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotada, 'S. Lucia', na costa,  no Pontal de Maria Farinha.
  
►Mapa IT ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotada como casa, 'S. Luzia', no Pontal de Maria Farinha.
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►Mapa IT [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotada como casa, 'S. Luzia', no Pontal de Maria Farinha.
  
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►(Pereira da Costa, 1951), Volume 6, Ano 1752, pg. 89 cita:
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►(Pereira da Costa, 1951), Volume 6, Ano 1752, pg. 89:
  
 
"JANEIRO 15 — Sentença do Dr. João Soares Barbosa,  provisor do bispado, julgando a instituição de um patrimônio em terras, feito pelo Padre Dom Pedro José de Souza, para a construção de uma capela dedicada a S. Jose de Ribamar, em uma propriedade que comprara em Maria Farinha por três mil cruzados, uma vez que a capela que existia no sítio, e daquela invocação, estava bastante arruinada. Encontramos em um documento, que pelos anos de 1705, o mestre-de-campo Pedro Lelou construíra no sítio Maria Farinha uma capela dedicada a S. José, que naturalmente é a que ia ser substituída pela construção de uma outra pelo referido padre.
 
"JANEIRO 15 — Sentença do Dr. João Soares Barbosa,  provisor do bispado, julgando a instituição de um patrimônio em terras, feito pelo Padre Dom Pedro José de Souza, para a construção de uma capela dedicada a S. Jose de Ribamar, em uma propriedade que comprara em Maria Farinha por três mil cruzados, uma vez que a capela que existia no sítio, e daquela invocação, estava bastante arruinada. Encontramos em um documento, que pelos anos de 1705, o mestre-de-campo Pedro Lelou construíra no sítio Maria Farinha uma capela dedicada a S. José, que naturalmente é a que ia ser substituída pela construção de uma outra pelo referido padre.
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Ao norte deságua no oceano o rio Maria Farinha, nas proximidades da barra de Itamaracá, começando logo na sua foz e ao lado do poente a povoação, do mesmo nome, que se estende pelo rio acima, e sobre pequena elevação. Povoação antiga e próspera, tem uma capela dedicada a N. S. das Dores, que, reconstruída, foi inaugurada a 30 de dezembro de 1888, com o ato solene da sua benção, bem como da imagem da padroeira. A povoação de Maria Farinha tem o nome oficial de Nova Cruz, imposto pela Lei Provincial n. 901 de 1869.".
 
Ao norte deságua no oceano o rio Maria Farinha, nas proximidades da barra de Itamaracá, começando logo na sua foz e ao lado do poente a povoação, do mesmo nome, que se estende pelo rio acima, e sobre pequena elevação. Povoação antiga e próspera, tem uma capela dedicada a N. S. das Dores, que, reconstruída, foi inaugurada a 30 de dezembro de 1888, com o ato solene da sua benção, bem como da imagem da padroeira. A povoação de Maria Farinha tem o nome oficial de Nova Cruz, imposto pela Lei Provincial n. 901 de 1869.".
  
Temos nótícia de tres igrejas construídas na época colonial em Maria Farinha: São Pedro, São Bento e Nossa Senhora da Conceição, mas ainda não encontramos referência biblográfica à de Santa Luzia.
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Depreende-se que há notícia de três igrejas construídas na época colonial em Maria Farinha: São Pedro, São Bento e Nossa Senhora da Conceição, mas ainda não se localizou, neste trabalho, referência bibliográfica à de Santa Luzia.
  
A existência de uma igreja na barra do Maria Farinha plotada no [[BQPPB]] faz recuar a data de 1705, citada por Pereira da Costa, para a existência de um templo nessa área, que já era habitada em 1600 - vide a citação de [[Câmara Cascudo]] em 'Iaguarĩ Vulgo Maria Farinha / Iaguari'.
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A existência de uma igreja na barra do Maria Farinha plotada no [[BQPPB]] faz recuar a data de 1705, citada por Pereira da Costa, para a existência de um templo nessa área, que já era habitada em 1600 - vide a citação de Câmara Cascudo em '[[Iaguarĩ Vulgo Maria Farinha]]'.
  
 
Possivelmente a capela inicialmente dedicada a Santa Luzia mudou de invocação e é uma das tres acima citadas.
 
Possivelmente a capela inicialmente dedicada a Santa Luzia mudou de invocação e é uma das tres acima citadas.

Edição de 20h20min de 3 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


S. Luzia

Igreja na barra do 'Iaguarĩ Vulgo Maria Farinha' (lado norte, no Pontal de Maria Farinha).

  • No mapa BQPPB o símbolo da capela está pouco visível e facilmente pode-se associar o topônimo a um maceió (riacho costeiro) ou uma casa nas proximidades.


Natureza: igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nome atual: Capela de ...


Nomes históricos: S. Luzia (Santa Luzia); S. Lucia.

Citações

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotada, 'S. Lucia', na costa, no Pontal de Maria Farinha.

►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotada como casa, 'S. Luzia', no Pontal de Maria Farinha.


Notas:

►(Pereira da Costa, 1951), Volume 6, Ano 1752, pg. 89:

"JANEIRO 15 — Sentença do Dr. João Soares Barbosa, provisor do bispado, julgando a instituição de um patrimônio em terras, feito pelo Padre Dom Pedro José de Souza, para a construção de uma capela dedicada a S. Jose de Ribamar, em uma propriedade que comprara em Maria Farinha por três mil cruzados, uma vez que a capela que existia no sítio, e daquela invocação, estava bastante arruinada. Encontramos em um documento, que pelos anos de 1705, o mestre-de-campo Pedro Lelou construíra no sítio Maria Farinha uma capela dedicada a S. José, que naturalmente é a que ia ser substituída pela construção de uma outra pelo referido padre.

Vêm daí as denominações da barra e enseada de S. José em Maria Farinha, entre as pontas deste nome e a do Leitão, cuja barra é constituída por uma ligeira interrupção na linha de recifes, com uns 90 metros de extensão.

A capela de S. José fica na chapada de um outeiro, perto do litoral, e não muito distante, mas buscando o interior, e no alto de um morro, uma outra capela, de S. Bento, como na praia se vê ainda uma outra dedicada à N. S. da Conceição, reunindo-se assim em tão pequeno espaço três igrejas, que aliás servem de baliza para se demandar a barra de S. José.

Ao norte deságua no oceano o rio Maria Farinha, nas proximidades da barra de Itamaracá, começando logo na sua foz e ao lado do poente a povoação, do mesmo nome, que se estende pelo rio acima, e sobre pequena elevação. Povoação antiga e próspera, tem uma capela dedicada a N. S. das Dores, que, reconstruída, foi inaugurada a 30 de dezembro de 1888, com o ato solene da sua benção, bem como da imagem da padroeira. A povoação de Maria Farinha tem o nome oficial de Nova Cruz, imposto pela Lei Provincial n. 901 de 1869.".

Depreende-se que há notícia de três igrejas construídas na época colonial em Maria Farinha: São Pedro, São Bento e Nossa Senhora da Conceição, mas ainda não se localizou, neste trabalho, referência bibliográfica à de Santa Luzia.

A existência de uma igreja na barra do Maria Farinha plotada no BQPPB faz recuar a data de 1705, citada por Pereira da Costa, para a existência de um templo nessa área, que já era habitada em 1600 - vide a citação de Câmara Cascudo em 'Iaguarĩ Vulgo Maria Farinha'.

Possivelmente a capela inicialmente dedicada a Santa Luzia mudou de invocação e é uma das tres acima citadas.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Luzia (igreja)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=S._Luzia_(igreja). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.


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