Engenho de bois sem igreja, na m.e. do 'Çaracunhaỹa' (Rio Tracunhaem).
Natureza: engenho de bois.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: ITÂMARACÂ.
Jurisdição: Capitania de Itamaraca - Freguesia de Goiana.
Nomes históricos: Engenho Mossombu (Mussumbu, Ambareçombú, Ambarecombu, Monson Goŭ), Engenho Tracunhaém de Cima.
Nome atual: Engenho Mossumbu.
►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Monson Goŭ', na m.e. do 'R. Tricqumhain' (Rio Tracunhaem).
►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado sem símbolo, 'Ambarecombu', na m.e. do rio 'Tricquonhai' (Rio Tracunhaem).
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Ambarecombu', na m.e. do 'Caracunhaya' (Rio Tracunhaem).
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 91:
"Capitania de Itamaracá.
Engenhos de Goiana.
7. Engenho Tracunhaém de Cima, chamado Mossombu. Pertenceu a Jerônimo Cavalcante. Confiscado e vendido ao dito Carpentier; é de bois e mói. ".
►(Dussen, 1640), pg. 166:
"ENGENHOS DE ITAMARACÁ
Na freguesia de Goiana
128) Engenho Mossombu, pertencente ao Sr. Servaes Carpentier, é engenho de bois e mói. São lavradores:
Reynier Meyens 20 tarefas
Manuel da Silva 50
Bento Rodrigues Saldaen 40
Cosmo de Tôrres 15
João Siqueira 12
Partido da fazenda 5
_________________
150 tarefas".
►(Melo, 1931), pg. 178:
"AMBEREÇUMBÚ — (Riacho afl. do Capibaribe-mirim). Corr. de amperé-cym-o-y, rio dos lagartos lisos. — A. C.".
►(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1637:
@ pg. 63:
"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.
Concedida naquele ano uma data de cinco mil braças de terra em quadro a Diogo Dias e seus filhos, cujas terras ficavam situadas no Vargedo norte do Capibaribe Meirim, foram nelas que se fundaram os engenhos Goiana Grande e Jacaré, acaso os primeiros que houve na localidade; e em uma outra concessão de terras feita em 1577 a Boaventura Dias, filho do referido Diogo Dias, foram levantados os engenhos Dois Rios e Mariúna; e posteriormente outros, atingiam a nove em 1630, assim relacionados em um documento holandês de 1637:".
@ pg. 64:
"VII — Traconhaí de Cima, chamado Mossumbu, de bois e moente. Pertenceu a Jerônimo Cavalcanti, e vendido ao mesmo Carpentier.
...
Destes nove engenhos desapareceram os de nome Três Paus, Tracunhãem de Baixo, Tracunhãem de Cima e Santos Cosme e Damião, naturalmente pela imposição de novos nomes, ...".
@ pg. 69:
"Dos Cavalcantis de Goiana, senhores do maior número de engenhos e dos melhores da localidade, abastados de bens da fortuna, e vivendo lodos à lei da nobreza, como se dizia no tempo, faremos, enfim, particular menção do capitão Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque, que em 1635 emigrou para a Bahia, abandonando os seus engenhos situados em Goiana. ... Filho de Filipe Cavalcanti e D. Catarina de Albuquerque, era senhor dos engenhos Tracunháem de Cima, chamado depois Mussumbu, ...".
►(Gonsalves de Mello, 2000), pg. 45:
"Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram ... ; Servaes Carpentier, [que adquiriu] no mesmo dia [30 de Maio de 1637] , os Engenhos Tres Paus e Tracunhaém de Cima em Goiana, por 60.000 florins, e outras pessoas mais (29).
...
(29) Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.".
@ pg. 148, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Goiana:
«7) MUSSUMBU. Também conhecido por Tracunhaém de Cima. Invocação Nossa Senhora do Rosário. Sito à margem esquerda do Tracunhaém. Engenho de bois. Levantado em terras da sesmaria de Diogo Dias por Jerônimo Cavalcanti. Saqueado pela tropa holandesa em 1633. Havendo Jerônimo Cavalcanti se retirado, em 1637 foi confiscado e vendido, juntamente com outro engenho seu, ao conselheiro político Servaes Carpentier, ambos por 60 mil florins, em seis prestações anuais. Moía em 1637 e 1639 com cinco partidos de lavradores que, com o partido da fazenda (cinco), perfaziam 140 tarefas (4,9 mil arrobas). Evacuado em 1646, ficando de pé apenas a casa de purgar. Em 1663, Carpentier era devedor de 97500 florins à WIC.(7)».
@ pg. 189, Notas:
«(7) FHBH, I, pp. 31, 91, 166; RCCB, pp. 67, 158; MDGB, p. 203; VWIC, III, p. 174; DN, 3o.V.1637, 2o.IX.1646; Gil Maranhão, "As sesmarias de Goiana", pp. 10, 19.».
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Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Ambareçombú". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Ambare%C3%A7omb%C3%BA. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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