'B. de Pabu o∫t Marte Tyßen' no MBU.
Baía ou enseada no extremo norte da parte da 'Capitania de Rio Grande' mapeada no BQPPB.
Natureza: baía.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nomes históricos: Baia de Cabu; B. de Pabu o∫t Marte Tyßen; B. de Paboe aƒt de Marten Tysea; ginapabo; Genepaboe; Genipaboe; Jenipabou.
Os neerlandeses batizaram essa baía com o nome do almirante Marten Thijsz, comandante do do navio Vereenighde Provintien.
Nome atual: Enseada de Genipabu.
Etimologia:
Pabu possivelmente é termo tupi, e o nome atual, Genipabu, pode estabelecer a associação com a jeniparandiba, aliás jeniparanduba pelos portugueses, a árvore conhecida como jenipapeiro, cujo fruto é o jenipapo.
►(Margrave, 1648), pg. 109 descreve a japarandiba.
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 97:
"JENIPABU: — Praia e povoação em Ceará Mirim. De jenipab-u, — comer jenipapo, onde se come jenipapo.".
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, representada, sem nome, na barra do 'R. ZiԐra mirim'.
►Mapa Y-51 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado como 'Bª. ginapabo:'.
Nota: nesse mapa o topônimo dessa enseada está escrito na enseada ao sul da enseada onde está representada a barra do 'Rº Sira Mirm:', e que tem a barra de um rio com uma grande lagoa, presumivelmente o Rio Doce (ou Rio da Redinha, ou Rio 'Guaiaĩ' do BQPPB).
A foz do Rio Ceará Mirim, conhecida como Barra do Rio, situa-se efetivamente na Praia de Genipabu, na Enseada de Genipabu, que está sem nome nesse mapa.
►Mapa CE-RG (Orazi, 1698) PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotada, 'B. de Paboe aƒt de Marten Tysea', entre 'R. Grande' e 'B. de dº. Martyns'.
►(Laet, 1637), pg. 148, "Cursos de Permambuco ao norte até Genipabu", do almirante Marten Thijsz:
"Rio Grande fica a 5 graus e 42 minutos.
Estando-se perto da costa do Rio Grande, o curso à Baia de Genipabu é a nor-noroeste. Uma pequena légua ao sul desta baía estende-se um recife, mas não muiito longe. Depois de o ter passado, a baía é ampla e bastante limpa para bordejar com navios grandes, mas não é muito profunda. Na baía há bom ancoradouro, de areia fina em certos lugares e de argila em outros. Com navios grandes é possível navegar sobre 8 e 9 braçasdas um quarto de légua fora da costa; e com os ligeiros sobre 5 e 6 braçadas aproximadamente um tiro de mosquete fora da costa.".
@ pg. 236:
"O mapa de Marcgrave termina no RIO GRANDE do norte, ...
O último topônimo é B de Cabu ou enseada de Genipabu, que Johannes de Laet chamava Genepaboe. ...
É a extrema setentrional na cartografia de Marcgrave.
@ pg. 250:
"Depois do Potiji-ou-Rio Grande há um ponto e uma enseada. O derradeiro topônimo aparece: B de Cabu. É a enseada de Genipabú, citadíssima na documentaria da época. Nesta enseada está uma pincelada, do mar para o branco da costa, sem que se saiba se é uma foz ou um esteiro. Deve ser a barra do Ceará-Mirim, cujo curso o mapa não regista nem mesmo do curto riscão do alto do traço na praia. Fica a quinze quilômetros ao norte do Natal. É o limite da informação geográfica de Marcgrave na rota do setentrião.".
@ pg. 271:
"Laet fala em Rio Grande, Siará (embocadura do rio Ceará-Mirim) tendo, de permeio, a baía de Jenipabou, que chamara Genipaboe nos "Anais", a Genipabu atual, ..."., que chamara Genipaboe nos "Anais", a Genipabu atual, ...".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "B. de Pabu". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=B._de_Pabu. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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