por Tiago Gil |
A localidade de Goiana surgiu no século XVI num território ocupado por nativos caetés e potiguares. Tornou-se freguesia em 1568, obtendo o estatuto de Vila em 15 de janeiro de 1685, quando também obtém a Cabeça de capitania, que antes estava em Itamaracá, mesmo que tivesse recebido a Câmara daquela Capitania em algumas ocasiões anteriores, como destaca a historiografia. [1] Sobre isso, Luciana de Carvalho Barbalho afirma:
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(Barbalho, 2009) |
Em 20 de novembro de 1709, perde o estatuto de Vila e a Cabeça de Capitania volta para Itamaracá. Segundo Sebastião de Vasconcellos Galvão, Goiana teria sido feita vila novamente em 1711, mas sem retomar a Cabeça de Capitania. O mesmo autor fala que tal condição se encerraria em 1713, com nova perda do caráter de Vila. Segundo Manoel da Costa Honorato, Goiana perdera apenas a Cabeça de Capitania em 1709, sem perder a Câmara, ou seja, continuava sendo Vila, tendo recebido um Ouvidor em 1742.[3]
Tomando-se a documentação do Conselho Ultramarino (Projeto Resgate Barão do Rio Branco), podemos encontrar diversos documentos que reforçam a opinião de Manoel da Costa Honorato, mas com dados contraditórios. Um documento de 23 de maio de 1703 faz apresenta Goiana ora como lugar, ora como povoação[4], quando os dois autores acima citados consideravam Goiana já como Vila. A opinião de Honorato sobre a continuidade da Vila de Goiana é salientada por inúmeros documentos posteriores à 1711, nos quais é comum a referência à Vila de Goiana e aos seus camaristas.[5]
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Tiago Gil |
Como citar: GIL, Tiago. "Goiana". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Goiana. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025.
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