Muito embora a historiografia tenha consagrado o termo "capitão-do-mato" para se referir à pessoa encarregada da captura de escravos fugidos, Carlos Magno Guimarães[1] propõe o uso do termo "homens-do-mato" para designar, de maneira genérica, todos os postos que compunham essa hierarquia profissional, a saber:
Ainda que haja correspondência entre a nomenclatura desses postos e os títulos militares, os homens-do-mato não faziam parte das tropas pagas mantidas pela Coroa. Sua remuneração, estabelecida nos Regimentos dos Capitães do Mato, era a tomadia, valor pago pelo senhor em troca da recaptura do seu escravo.
Os homens-do-mato, no entanto, não eram os únicos responsáveis pela repressão aos escravos fugidos. O próprio Regimentos dos Capitães do Mato previa que qualquer pessoa poderia exercer essa captura, sendo remunerada para tanto. O Regimento previa, ainda, que nas expedições para descoberta e destruição de quilombos os homens-do-mato poderiam ser acompanhados por membros das tropas pagas, o que ocorria com frequência, de acordo com os relatos contidos nas Carta-patente de homem-do-mato e em diversas correspondências das autoridades metropolitanas.
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Autor do verbete: Fabiana Léo Pereira Nascimento |
Como citar: NASCIMENTO, Fabiana Léo Pereira. "Homens-do-mato". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Homens-do-mato. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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