Paripoera
R Paripoera
Rio com barra no Oceano Atlântico, barra entre as do 'Guaraĩmirĩ ou R đ S. Antonio menino' (Rio Meirim) e 'Iaçapuciỹ ou R. das Frades' (Rio Sapucaia).
Assinalado com o símbolo de porto na barra.
Natureza: rio; barra de rio; porto.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS.
Capitania: PARANAMBVCA.
Nomes históricos: Parĩpoera; Paripoera; Paripueira; R Paripoera; R. PԐrpoԐro; R. RԐpoԐra; R Parpowero; Piripaua; rivver of St de Consolva; rio de São Gonçalo.
Nome atual:
Rio Suaçui, no baixo curso;
Rio Paraguai, no alto curso.
►Mapa PE (Albernaz, 1626/1627), plotado, 'Piripaua', barra entre as do 'Maxigua' ('Guaraĩmirĩ ou R. đ S. Antonio menino' no BQPPB, atual Rio Meirim) e 'Iasapucahug.' (Rio Sapucaia).
►Mapa BRASILIA (IAHGP-Vingboons, 1640) #38 CAERTE VAN BRASILIA plotado, 'R. RԐpoԐra', barra no Oceano entre 'R. St. Antº mirin' (Rio Meirim) e 'R. Camariginÿ' (Rio Camaragibe - AL).
►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado, 'R. PԐrpoԐro' (Rio Suaçui), barra ao norte da do 'R. St Antony mirin' (Rio Meirim).
►Mapa Y-31 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio St. antonij Mimijn ende Cabo St. aúgústijn, plotado, 'R Parpowero:', barra entre a do 'St Antonÿ Mimÿn:' (Rio Meirim) e 'St Antonÿ gran∂e:' (Rio Santo Antônio Grande).
►(Margrave, 1640), ITINERÁRIO, pg. 201, registra que os caminhos:
- do 'Rio Tipioca', que 'Vadeia-se', até o 'Rio Paripoera', percorre-se em 3/4 h;
- do 'Rio Paripoera', que 'Vadeia-se de baixa mar', até '... uma grande enseada, onde há também água potável, mas, ruim', percorre-se em 1 h;
- vadeia-se (um riacho) e percorre-se até o 'Fim da enseada' em 1/2 h;
- de 'Uma outra enseada até o rio Guaraimini ou rio de Santo Antônio Menino' percorre-se em 1 h de viagem.
►(Bullestrat, 1642), pg. 179:
"A 13 do dito mês do ano de 1642, ao amanhecer, partimos e com a maré baixa passamos o rio que fica a uma boa hora de marcha do rio doce. Passamos o rio que está a uma hora [de marcha] do anterior. Ainda atravessamos o rio Paripueira que também fica a uma hora do antes mencionado. Ainda cruzamos dois ou três pequenos rios. ".
►(Pudsey, circa 1670), relatando eventos ocorridos em 1635:
@ pg. 91, Fólio 20r. e pg.93, Fólio 20v.:
"O governador marchou até um largo rio chamado Santo Antônio Grande.298 E entre esse rio e o rio de São Gonçalo299 acampou, em uma estreita passagem, tendo do lado leste o mar e do lado oeste as florestas selvagens. E como os dois rios ficam ao norte & ao sul, deixou na entrada do rio de Santo Antônio um pequeno navio para funcionar como espia, situado a cerca de uma légua ou mais de nosso aquartelamento com o exército. E no lado norte, no rio de São Gonçalo, colocou um forte com uma dupla paliçada de madeira,300 tendo o forte dois baluartes para fazer fogo sobre o rio e um outro sobre a praia.
A cerca de um tiro de canhão mais acima, sobre a passagem, foi feito um outro forte, que foi colocado no lado de trás de nosso acampamento, em direção à selva, pois havia sido confiadamente assegurado pelos habitantes da região que, sendo bloqueada essa passagem, nenhum pelotão do inimigo poderia passar para fazer dano à região, a não ser que enfrentasse nosso exército. Atrás desse forte, na praia, aquartelamos nosso exército, havendo postado baterias baixas de cada lado nosso para flanquear a praia.301".
►Nelson Papavero in (Pudsey, circa 1670), NOTAS, pg. 178:
"298- "A brode rivver called Saint Antony Grande", no original.
299- "The rivver of St de Consolva", no original. Trata-se de uma tradução tentativa, baseada inclusive na existência de uma localidade denominada São Gonçalo, próxima à margem direita do atual rio Juçara, que deságua poucos quilômetros ao sul de Paripueira.
300- "A fort wth a woodden doublett", no original. Trata-se de uma tradução tentativa, já que "doublett" seria uma expressão inglesa alusiva às placas componentes de determinadas armaduras e não a estrutura de fortificações.
301- "Havinge mayde low batteries on each syde of us to flank alongst the shoare", no original.".
@ pg. 165:
"O rio Paripoera desagua com o Cabuçu, unidos antes da descarga. O Paripoera passa além dumas serras, Carguatatiba.".
@ pg. 171:
"O "caminho do Conde" aludirá à marcha do conde João Maurício de Nassau, em 1637, perseguindo Giovani Vincenzo San Felice, conde de Bagnuolo. É um caminho pelas abas das serras, mais de retirada do que de perseguição. Vemo-lo riscando os rios Cabuçu, Paripoera, Caipiranga, Ietitiba, Aramariji, Guaratingapri, baixando à direita da "Tapera de Angola", pelo amontoado de serras, indo passar o rio Tapamundé, acurvando-se para transpor o Iuniçu e findar no engenho de Nossa Senhora da Penha de França.
De Nossa Senhora da Penha de França irradiam-se estradas. A de leste é o "Caminho do Conde". A de oeste, deixando moradas à direita, termina às margens do Guairaiguaçu, subindo um ramo que alcançava o engenho de S. Cristóvão, na riba direita do Ietitiba, depois de vencido o Guaratingapri ou Rio da Castanha. De S. Cristóvão até o mar, na mesopotâmia Paripoera e Guaraiguaçu só existe uma povoação, S. Gonçalo, isolada, entre Tipioca e o baixo Paripoera.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Parĩpoera". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Par%C4%A9poera. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025. |
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