Ações

S. Seba∫tião (aldeia de índios)

De Atlas Digital da América Lusa

(Diferença entre revisões)
(Criou página com 'Coleção Levy Pereira S. Seba∫tião '''Natureza:''' aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada ...')
 
 
(4 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas)
Linha 1: Linha 1:
[[File:colecao_levy.png|link=Coleção_Levy_Pereira|Coleção Levy Pereira]]
+
{{Levy}}
  
  
  
S. Seba∫tião
+
====S. Seba∫tião====
  
 +
Aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada, na [[m.d.]] do [http://lhs.unb.br/biblioatlas/Camurij%C4%A9_(rio) 'Camurijĩ'] (Rio Camaragibe-AL).
  
  
'''Natureza:''' aldeia de índios
+
'''Natureza:''' aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada.
  
com cruzeiro
 
  
e com sinal de abandonada
+
'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ]].
  
  
 +
'''Capitania:''' PARANAMBVCA.
  
'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ]] PARS BOREALIS, una cum [[PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ]]
 
  
 +
'''Nomes históricos:''' S. Seba∫tião; S. Sebastiano; São Sebastião; Al∂Ԑa nouo ∂Ԑ St. Jai; A.∂Ԑ St. Jaõ.
  
  
'''Capitania:''' PARANAMBVCA
+
'''Nome atual:''' não existe mais como aldeia.
  
Aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada, na m.d. do 'Camurijĩ' (Rio Camaragibe - AL).
+
====Citações====
  
 +
►Mapa BRASILIA [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #38 CAERTE VAN BRASILIA plota na [[m.e.]] do 'Rº. Camarijinÿ', com símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), a 'Al∂Ԑa nouo ∂Ԑ St. Jai', e um pouco acima e do mesmo lado do rio, com símbolo de '∂orppԐn' (povoação), 'ßumaraginÿ'.
  
  
'''Nomes históricos:''' S. Seba∫tião (S. Sebastiano; São Sebastião).
+
►Mapa PE-M [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE plota na [[m.e.]] do 'Rº. Camarajinÿ' um símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), mas a nomeia de forma ambigua, escrevendo do lado esquerdo 'A.∂Ԑ St. Jaõ' e do lado direito do símbolo 'Ԑ: cA', possivelmente nome do topônimo cuja escrita foi iniciada na confecção do mapa, observada a falta de espaço para completa-la, e escrita do outro lado do símbolo, e sem corrigir o nome parcial abandonado.
  
  
 +
►Mapa Y-31 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Rio St. antonij Mimijn ende Cabo St. aúgústijn, plotada com o símbolo de aldeia, sem nome, na [[m.d.]] do 'Kamaragÿbÿ' (Rio Camaragibe).
  
'''Nome atual:''' não existe mais como aldeia.
 
  
■ ====Citações====
+
►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotada com o símbolo de aldeia, 'S. Sebastiano', na [[m.d.]] do 'Camuriji' (Rio Camaragibe).
  
►Mapa Y-31 (4.VEL Y, 1642) De Cust van Brazil tusschen Rio St. antonij Mimijn ende Cabo St. aúgústijn, plotada com o símbolo de aldeia, sem nome, na m.d. do 'Kamaragÿbÿ' (Rio Camaragibe).
 
  
►Mapa PE ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotada com o símbolo de aldeia, 'S. Sebastiano', na m.d. do 'Camuriji' (Rio Camaragibe).
+
[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 171-172:
 
+
►([[Câmara Cascudo]], 1956), pg. 171-172:
+
  
 
"As outras duas vias marcham para o sul em ângulo cujo vértice é o rio Tajiba. A da esquerda caminha para Água Fria, beirando casais, rumo ao mar. A da direita, mais alongada, atravessa o rio Iacaretinga, indo um ramal à povoação de S. Sebastião, onde há Igreja, fim do conhecimento corográfico nessa altura.".
 
"As outras duas vias marcham para o sul em ângulo cujo vértice é o rio Tajiba. A da esquerda caminha para Água Fria, beirando casais, rumo ao mar. A da direita, mais alongada, atravessa o rio Iacaretinga, indo um ramal à povoação de S. Sebastião, onde há Igreja, fim do conhecimento corográfico nessa altura.".
  
■ '
 
  
 
'''Nota:'''
 
'''Nota:'''
  
O símbolo desse topônimo no [[BQPPB]] é de aldeia de índios (brasilianos), todavia [[Câmara Cascudo]] o interpreta como povoação "onde há igreja".
+
O símbolo desse topônimo no [[BQPPB]] é de aldeia de índios (brasilianos), todavia Câmara Cascudo o interpreta como povoação "onde há igreja".
  
O mapa Y-31 (4.VEL Y, 1642) coloca um símbolo de povoação na m.d. do 'Kamaragÿbÿ' (Rio Camaragibe), e, como acima citado, na sua m.e., o símbolo de aldeia.
+
Os mapas de referência fornecem a indicação da existência dessa aldeia e de uma povoação, da qual não encontra-se referências além da existente nesses mapas.
 
+
O mapa BRASILIA (IAHGP-Vingboons, 1640) #38 CAERTE VAN BRASILIA plota na m.e. do 'Rº. Camarijinÿ', com símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), a 'Al∂Ԑa nouo ∂Ԑ St. Jai', e um pouco acima e do mesmo lado do rio, com símbolo de '∂orppԐn' (povoação), 'ßumaraginÿ'.
+
 
+
O mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE plota na m.e. do 'Rº. Camarajinÿ' um símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), mas a nomeia de forma ambigua, escrevendo do lado esquerdo 'A.∂Ԑ St. Jaõ' e do lado direito do símbolo 'Ԑ: cA', possivelmente nome do topônimo cuja escrita foi iniciada na confecção do mapa, observada a falta de espaço para completa-la, e escrita do outro lado do símbolo, e sem corrigir o nome parcial abandonado.
+
 
+
Assim, os mapas de referência confiáveis fornecem a indicação da existência dessa aldeia e de uma povoação, da qual não encontramos referências além da existente nesses dois mapas.
+
  
 
O mais provável é que tenha havido uma aldeia no local assinalado no [[BQPPB]], a qual foi abandonada e relocada (reunida) na aldeia de Nossa Senhora da Purificação, em São José da Coroa Grande-PE, assinalada como 'N S ᵭ S Seba∫t' no [[BQPPB]], topônimo que poderia ser entendido como aldeia de Nossa Senhora da Purificação e aldeia de São Sebastião reunidas, contudo, mantidas as autonomias dos dois grupos. Essas relocações de aldeias eram relativamente comuns - há pleitos para tal na Assembléia dos brasilianos ocorrida em 1645 na aldeia 'Itâpoçirica'.
 
O mais provável é que tenha havido uma aldeia no local assinalado no [[BQPPB]], a qual foi abandonada e relocada (reunida) na aldeia de Nossa Senhora da Purificação, em São José da Coroa Grande-PE, assinalada como 'N S ᵭ S Seba∫t' no [[BQPPB]], topônimo que poderia ser entendido como aldeia de Nossa Senhora da Purificação e aldeia de São Sebastião reunidas, contudo, mantidas as autonomias dos dois grupos. Essas relocações de aldeias eram relativamente comuns - há pleitos para tal na Assembléia dos brasilianos ocorrida em 1645 na aldeia 'Itâpoçirica'.
  
A razão para tal relocação está comentada por (Diegues Jr, 1949), pg. 75:
+
A razão para tal relocação está comentada por [[(Diegues Jr, 1949)]], pg. 75:
  
 
"Foi em 1636 que Alagoas sofreu mais terrivelmente o efeito da ocupação flamenga. Arciszewsky propôs ao governo do Recife o incêndio e destruição de roças, canaviais e casas nas terras entre Paripueira e Porto Calvo, transferindo-se para o norte do rio Manguaba os moradores que quisessem aliar-se aos invasores. Uma extensão de dez milhas seria destruída. O plano do polaco foi aprovado, e afixaram-se editais nas capelas e nos engenhos marcando o prazo de três semanas para os moradores decidirem. A 10 de janeiro de 1636 expirou o prazo, e a 13 começou a destruição.
 
"Foi em 1636 que Alagoas sofreu mais terrivelmente o efeito da ocupação flamenga. Arciszewsky propôs ao governo do Recife o incêndio e destruição de roças, canaviais e casas nas terras entre Paripueira e Porto Calvo, transferindo-se para o norte do rio Manguaba os moradores que quisessem aliar-se aos invasores. Uma extensão de dez milhas seria destruída. O plano do polaco foi aprovado, e afixaram-se editais nas capelas e nos engenhos marcando o prazo de três semanas para os moradores decidirem. A 10 de janeiro de 1636 expirou o prazo, e a 13 começou a destruição.
Linha 63: Linha 55:
 
Nesta destruição é lançado fogo aos engenhos de Cristóvão Botelho, de Cristóvão Dias Delgado, de Bartolomeu Lins, de Rodrigo de Barros Pimentel; também é incendiada a casa de frei Manuel do Salvador, o mesmo Manuel Calado, do «Valeroso Lucideno», procurado pelos holandeses para ser preso ou morto, pois nele reconheciam o cabeça da resistência (84).
 
Nesta destruição é lançado fogo aos engenhos de Cristóvão Botelho, de Cristóvão Dias Delgado, de Bartolomeu Lins, de Rodrigo de Barros Pimentel; também é incendiada a casa de frei Manuel do Salvador, o mesmo Manuel Calado, do «Valeroso Lucideno», procurado pelos holandeses para ser preso ou morto, pois nele reconheciam o cabeça da resistência (84).
  
Em 1641, depois de percorrer a região entre o Recife e o [[Rio São Francisco]], Adriaen van Bullestraten afirma que Alagoas está quase completamente despovoada.
+
Em 1641, depois de percorrer a região entre o Recife e o Rio São Francisco, Adriaen van Bullestraten afirma que Alagoas está quase completamente despovoada.
  
 
...
 
...
Linha 69: Linha 61:
 
84) Fernandes Lima, "Efemérides do Município de Camaragibe", in Revista do Instituto Histórico de Alagoas, vol. XVII, ano 60, 1933.".
 
84) Fernandes Lima, "Efemérides do Município de Camaragibe", in Revista do Instituto Histórico de Alagoas, vol. XVII, ano 60, 1933.".
  
Se essa hipótese estiver certa, o levantamento em campo para a edição dos mapas (IAHGP-Vingboons, 1640) nessa área ocorreu antes da incursão de Arciszewsky em 1636.
+
Se essa hipótese estiver certa, o levantamento em campo para a edição dos mapas [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] nessa área ocorreu antes da incursão de Arciszewsky em 1636.
 +
 
 +
 
 +
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}}
  
 +
{{Ref|nome=Levy|sobrenome=Pereira}}
  
{{citacao1}} Levy Pereira{{citacao2}} PEREIRA, Levy {{citacao3}}
+
[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 19h03min de 8 de setembro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] S. Seba∫tião

Aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada, na m.d. do 'Camurijĩ' (Rio Camaragibe-AL).


Natureza: aldeia de índios com cruzeiro e com sinal de abandonada.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nomes históricos: S. Seba∫tião; S. Sebastiano; São Sebastião; Al∂Ԑa nouo ∂Ԑ St. Jai; A.∂Ԑ St. Jaõ.


Nome atual: não existe mais como aldeia.

[editar] Citações

►Mapa BRASILIA (IAHGP-Vingboons, 1640) #38 CAERTE VAN BRASILIA plota na m.e. do 'Rº. Camarijinÿ', com símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), a 'Al∂Ԑa nouo ∂Ԑ St. Jai', e um pouco acima e do mesmo lado do rio, com símbolo de '∂orppԐn' (povoação), 'ßumaraginÿ'.


►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE plota na m.e. do 'Rº. Camarajinÿ' um símbolo de 'Al∂Ԑos' (aldeia), mas a nomeia de forma ambigua, escrevendo do lado esquerdo 'A.∂Ԑ St. Jaõ' e do lado direito do símbolo 'Ԑ: cA', possivelmente nome do topônimo cuja escrita foi iniciada na confecção do mapa, observada a falta de espaço para completa-la, e escrita do outro lado do símbolo, e sem corrigir o nome parcial abandonado.


►Mapa Y-31 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio St. antonij Mimijn ende Cabo St. aúgústijn, plotada com o símbolo de aldeia, sem nome, na m.d. do 'Kamaragÿbÿ' (Rio Camaragibe).


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotada com o símbolo de aldeia, 'S. Sebastiano', na m.d. do 'Camuriji' (Rio Camaragibe).


(Câmara Cascudo, 1956), pg. 171-172:

"As outras duas vias marcham para o sul em ângulo cujo vértice é o rio Tajiba. A da esquerda caminha para Água Fria, beirando casais, rumo ao mar. A da direita, mais alongada, atravessa o rio Iacaretinga, indo um ramal à povoação de S. Sebastião, onde há Igreja, fim do conhecimento corográfico nessa altura.".


Nota:

O símbolo desse topônimo no BQPPB é de aldeia de índios (brasilianos), todavia Câmara Cascudo o interpreta como povoação "onde há igreja".

Os mapas de referência fornecem a indicação da existência dessa aldeia e de uma povoação, da qual não encontra-se referências além da existente nesses mapas.

O mais provável é que tenha havido uma aldeia no local assinalado no BQPPB, a qual foi abandonada e relocada (reunida) na aldeia de Nossa Senhora da Purificação, em São José da Coroa Grande-PE, assinalada como 'N S ᵭ S Seba∫t' no BQPPB, topônimo que poderia ser entendido como aldeia de Nossa Senhora da Purificação e aldeia de São Sebastião reunidas, contudo, mantidas as autonomias dos dois grupos. Essas relocações de aldeias eram relativamente comuns - há pleitos para tal na Assembléia dos brasilianos ocorrida em 1645 na aldeia 'Itâpoçirica'.

A razão para tal relocação está comentada por (Diegues Jr, 1949), pg. 75:

"Foi em 1636 que Alagoas sofreu mais terrivelmente o efeito da ocupação flamenga. Arciszewsky propôs ao governo do Recife o incêndio e destruição de roças, canaviais e casas nas terras entre Paripueira e Porto Calvo, transferindo-se para o norte do rio Manguaba os moradores que quisessem aliar-se aos invasores. Uma extensão de dez milhas seria destruída. O plano do polaco foi aprovado, e afixaram-se editais nas capelas e nos engenhos marcando o prazo de três semanas para os moradores decidirem. A 10 de janeiro de 1636 expirou o prazo, e a 13 começou a destruição.

Nesta destruição é lançado fogo aos engenhos de Cristóvão Botelho, de Cristóvão Dias Delgado, de Bartolomeu Lins, de Rodrigo de Barros Pimentel; também é incendiada a casa de frei Manuel do Salvador, o mesmo Manuel Calado, do «Valeroso Lucideno», procurado pelos holandeses para ser preso ou morto, pois nele reconheciam o cabeça da resistência (84).

Em 1641, depois de percorrer a região entre o Recife e o Rio São Francisco, Adriaen van Bullestraten afirma que Alagoas está quase completamente despovoada.

...

84) Fernandes Lima, "Efemérides do Município de Camaragibe", in Revista do Instituto Histórico de Alagoas, vol. XVII, ano 60, 1933.".

Se essa hipótese estiver certa, o levantamento em campo para a edição dos mapas (IAHGP-Vingboons, 1640) nessa área ocorreu antes da incursão de Arciszewsky em 1636.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Seba∫tião (aldeia de índios)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Seba%E2%88%ABti%C3%A3o_(aldeia_de_%C3%ADndios). Data de acesso: 16 de junho de 2024.


Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando

BiblioAtlas recomenda o ZOTERO

(clique aqui para saber mais)



Informar erro nesta página