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Araunu (aldeia)

De Atlas Digital da América Lusa

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►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, "A oriaranú", ao norte da lagoa fluvial "Alagoa GԐroyra.".
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►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, "A oriaranú", ao norte da lagoa fluvial "Alagoa GԐroyra.".
  
►Mapa Y-48 (4.VEL Y, 1642) De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta - plotada com o símbolo de aldeia, "A Bretanú:".
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►Mapa Y-48 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta - plotada com o símbolo de aldeia, "A Bretanú:".
  
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"ALDEIA DE ARANUM - O mapa de JORGE MARCGRAVE, de 1643, incluído no livro de BARLÉU e que representa a Capitania do Rio Grande, fixa a Lagoa de Araunu, junto à qual havia uma aldeia indígena. O mapa de GOLIJATH assinala a aldeia de Oriaranum. Em 1645, eram capitães da aldeia de Aurunum Diogo Paes Buto e Jerônimo Coelho (11). Aranum fica na margem ocidental da Lagoa de Guaraíras, no município de Arez-(RN).".
 
"ALDEIA DE ARANUM - O mapa de JORGE MARCGRAVE, de 1643, incluído no livro de BARLÉU e que representa a Capitania do Rio Grande, fixa a Lagoa de Araunu, junto à qual havia uma aldeia indígena. O mapa de GOLIJATH assinala a aldeia de Oriaranum. Em 1645, eram capitães da aldeia de Aurunum Diogo Paes Buto e Jerônimo Coelho (11). Aranum fica na margem ocidental da Lagoa de Guaraíras, no município de Arez-(RN).".
  
►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912):  
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►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in [[(Souto Maior, 1912)]]:  
  
Essa aldeia, nessa Assembéia, é:
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Essa aldeia, nessa Assembéia, é:
  
 
- citada com as grafias: Auranium, Aranium, Araauni, Auranum, Orange;
 
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A Aldeia de Araunu na Ata da Assembléia Brasiliana de 1645 pode ser a denominada ORANGE pelos seguintes argumentos:
 
A Aldeia de Araunu na Ata da Assembléia Brasiliana de 1645 pode ser a denominada ORANGE pelos seguintes argumentos:
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1) semelhança dos nomes Auranium e variantes a Orange, usando um conceito do prof. Benjamin N. Teensma, corruptelatria;
 
1) semelhança dos nomes Auranium e variantes a Orange, usando um conceito do prof. Benjamin N. Teensma, corruptelatria;
  
2) esta aldeia participou da Assembléia, estando nomeados na Ata capítães (Diogo Paes Buto, Jeronymo Coelho), adjuntos de capitão, tenente e alferes, juízes e adjuntos, canditados a escabino, e escabinos eleitos;
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2) esta aldeia participou da Assembléia, estando nomeados na Ata seus capitães (Diogo Paes Buto, Jeronymo Coelho), adjuntos de capitão, tenente e alferes, juízes e adjuntos, candidatos a escabino, e escabinos eleitos;
  
 
3) a 6ª Proposta dessa Assembléia está redigida da seguinte forma:
 
3) a 6ª Proposta dessa Assembléia está redigida da seguinte forma:
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Assim, se AURANIUM não for ORANGE, esta aldeia não estaria formalmente jurisdicionada.
 
Assim, se AURANIUM não for ORANGE, esta aldeia não estaria formalmente jurisdicionada.
  
►(Medeiros, 1998), KEYSERS CROON, UMA VILA HOLANDESA NO BAIRRO DO BOM PASTOR, pg. 91-92, questiona:
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[[(Medeiros, 1998)]], KEYSERS CROON, UMA VILA HOLANDESA NO BAIRRO DO BOM PASTOR, pg. 91-92, questiona:
  
 
"Seria Keysers Croon a mesma Aldeia Orange, de que restam informações datadas de 1645? (1)".
 
"Seria Keysers Croon a mesma Aldeia Orange, de que restam informações datadas de 1645? (1)".
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"Keysers croon" é topônimo do [[BQPPB]], com símbolo de cidade, na m.d. do "Potĩjĩ ou Rio grande", próxima do riacho "Cunhacima" (Rio das Quintas), afluente m.d. desse rio.
 
"Keysers croon" é topônimo do [[BQPPB]], com símbolo de cidade, na m.d. do "Potĩjĩ ou Rio grande", próxima do riacho "Cunhacima" (Rio das Quintas), afluente m.d. desse rio.
  
Cremos ser negativa a resposta à indagação desse ilustre historiador potiguar.
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''Nota:'' Acredita-se ser negativa a resposta à indagação desse ilustre historiador potiguar.
  
([[Câmara Cascudo]], 1968, pg. 68:
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►[[(Câmara Cascudo, 1968)]], pg. 68:
  
"ARANUN — Lugar e rio no município de Arez. De ara-un, arara negra; de ara-nduo, vozear dos papagaios, ainda de arara-nhum, o campo das araras. Ara é designação genérica dos Psitacídeos. Em 9 de maio de 1607, numa data de terra, o nome do rio aparece Araunu, arara negra.".
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"ARANUN — Lugar e rio no município de Arez. De ''ara-un'', arara negra; de ''ara-nduo'', vozear dos papagaios, ainda de ''arara-nhum'', o campo das araras. ''Ara'' é designação genérica dos Psitacídeos. Em 9 de maio de 1607, numa data de terra, o nome do rio aparece Araunu, arara negra.".
  
►(Margrave, 1648), pg. 206-207 descreve a ave ARARAUNA.
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[[(Margrave, 1648)]], pg. 206-207 descreve a ave ARARAUNA.
  
  

Edição de 18h35min de 21 de dezembro de 2014

Coleção Levy Pereira


Araunu

Natureza: aldeia de índios

sem nome no BQPPB


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE


Capitania: RIO GRANDE

Aldeia de índios (brasilianos), nas vizinhanças da lagoa 'Araunu' (Lagoa Araunu).

Plotada com o símbolo no BQPPB, sem o topônimo.


Nome atual: a aldeia não mais existe e a área está cultivada com cana de açúcar.

Sua posição exata, nas cercanias da Lagoa Araunum, em Arez-RN, ainda não foi localizada por arqueólogos.


Nomes históricos: Aldeia Araunu (Araunum, Aranum, Oriaranu, Bretanu), Orange.

Citações

►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, "A oriaranú", ao norte da lagoa fluvial "Alagoa GԐroyra.".

►Mapa Y-48 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta - plotada com o símbolo de aldeia, "A Bretanú:".

(Medeiros, 1989), pg. 75:

"ALDEIA DE ARANUM - O mapa de JORGE MARCGRAVE, de 1643, incluído no livro de BARLÉU e que representa a Capitania do Rio Grande, fixa a Lagoa de Araunu, junto à qual havia uma aldeia indígena. O mapa de GOLIJATH assinala a aldeia de Oriaranum. Em 1645, eram capitães da aldeia de Aurunum Diogo Paes Buto e Jerônimo Coelho (11). Aranum fica na margem ocidental da Lagoa de Guaraíras, no município de Arez-(RN).".

►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912):

Essa aldeia, nessa Assembéia, é:

- citada com as grafias: Auranium, Aranium, Araauni, Auranum, Orange;

- escolhida para sede da Câmara do Rio Grande, com o nome Orange, que, além dela, congrega as aldeias Bopeba, Pirari e Jaragoa (vide argumentação abaixo).

- representada por dois grupos brasilianos e elege representação de quatro escabinos (uma dupla por grupo) para a Câmara do Rio Grande.

Notas:

A Aldeia de Araunu na Ata da Assembléia Brasiliana de 1645 pode ser a denominada ORANGE pelos seguintes argumentos:

1) semelhança dos nomes Auranium e variantes a Orange, usando um conceito do prof. Benjamin N. Teensma, corruptelatria;

2) esta aldeia participou da Assembléia, estando nomeados na Ata seus capitães (Diogo Paes Buto, Jeronymo Coelho), adjuntos de capitão, tenente e alferes, juízes e adjuntos, candidatos a escabino, e escabinos eleitos;

3) a 6ª Proposta dessa Assembléia está redigida da seguinte forma:

"Para melhor comodidade da nossa nação e do Governo solicitamos humildemente a V.as E.as para fundar três câmaras, a saber:

...

A terceira câmara, a da capitania do Rio Grande terá a sua sede na Aldeia Orange tendo sob sua jurisdição as Aldeias de Pirari, Jaragoa e Bopeba.".

Assim, se AURANIUM não for ORANGE, esta aldeia não estaria formalmente jurisdicionada.

(Medeiros, 1998), KEYSERS CROON, UMA VILA HOLANDESA NO BAIRRO DO BOM PASTOR, pg. 91-92, questiona:

"Seria Keysers Croon a mesma Aldeia Orange, de que restam informações datadas de 1645? (1)".

"Keysers croon" é topônimo do BQPPB, com símbolo de cidade, na m.d. do "Potĩjĩ ou Rio grande", próxima do riacho "Cunhacima" (Rio das Quintas), afluente m.d. desse rio.

Nota: Acredita-se ser negativa a resposta à indagação desse ilustre historiador potiguar.

(Câmara Cascudo, 1968), pg. 68:

"ARANUN — Lugar e rio no município de Arez. De ara-un, arara negra; de ara-nduo, vozear dos papagaios, ainda de arara-nhum, o campo das araras. Ara é designação genérica dos Psitacídeos. Em 9 de maio de 1607, numa data de terra, o nome do rio aparece Araunu, arara negra.".

(Margrave, 1648), pg. 206-207 descreve a ave ARARAUNA.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Araunu (aldeia)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Araunu_(aldeia). Data de acesso: 27 de abril de 2024.


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