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Bernardo Ignácio de Oliveira, morador nesta cidade, de idade que disse ser de vinte e nove anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos em que pôs sua mão direita e prometeu dizer verdade. | Bernardo Ignácio de Oliveira, morador nesta cidade, de idade que disse ser de vinte e nove anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos em que pôs sua mão direita e prometeu dizer verdade. | ||
| − | E perguntado a ele, testemunha, pelo conteúdo na portaria e certidão, a ele junta disse que sabe que no rio da Madeira se estão continuamente fazendo mortes, assim a brancos como a negros, sendo que os delinquentes delas os gentios daquele rio, por nome Muras. E que a ele, testemunha, este ano lhe mataram um negro e que sabe que o dito gentio tem impedido o comercio dos frutos daquele rio e algum negócio do cacau que nele fazem é as beiras do dito rio. E que, outro sim, sabe que no rio dos Tocantins se acha outro gentio bravo que, também, estão cometendo delitos, fazendo mortes e impedindo os passageiros que vem das Minas de São Félix para esta cidade. E mais não disse. E assinou com ele, o Doutor Ouvidor Geral. E eu, José Alves Ferreira <!-- Jozeph Alvez Ferreyra -->, escrivão, que o escrevi. | + | E perguntado a ele, testemunha, pelo conteúdo na portaria e certidão, a ele junta disse que sabe que no [[rio da Madeira]] se estão continuamente fazendo mortes, assim a brancos como a negros, sendo que os delinquentes delas os gentios daquele rio, por nome Muras. E que a ele, testemunha, este ano lhe mataram um negro e que sabe que o dito gentio tem impedido o comercio dos frutos daquele rio e algum negócio do cacau que nele fazem é as beiras do dito rio. E que, outro sim, sabe que no [[rio dos Tocantins]] se acha outro gentio bravo que, também, estão cometendo delitos, fazendo mortes e impedindo os passageiros que vem das [[Minas de São Félix]] para esta cidade. E mais não disse. E assinou com ele, o Doutor [[Ouvidor Geral]]. E eu, José Alves Ferreira <!-- Jozeph Alvez Ferreyra -->, escrivão, que o escrevi. |
Bernardo Ignácio de Oliveira, morador nesta cidade, de idade que disse ser de vinte e nove anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos em que pôs sua mão direita e prometeu dizer verdade.
E perguntado a ele, testemunha, pelo conteúdo na portaria e certidão, a ele junta disse que sabe que no rio da Madeira se estão continuamente fazendo mortes, assim a brancos como a negros, sendo que os delinquentes delas os gentios daquele rio, por nome Muras. E que a ele, testemunha, este ano lhe mataram um negro e que sabe que o dito gentio tem impedido o comercio dos frutos daquele rio e algum negócio do cacau que nele fazem é as beiras do dito rio. E que, outro sim, sabe que no rio dos Tocantins se acha outro gentio bravo que, também, estão cometendo delitos, fazendo mortes e impedindo os passageiros que vem das Minas de São Félix para esta cidade. E mais não disse. E assinou com ele, o Doutor Ouvidor Geral. E eu, José Alves Ferreira , escrivão, que o escrevi.