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Capitania do Paraguaçu

De Atlas Digital da América Lusa

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{{Verbete|nome=Alexandre|sobrenome=BONFIM|verbete=Em 1557, Dom Álvaro da Costa, fidalgo da Casa Real, recebeu de seu pai, o governador geral do Dom Duarte da Costa, uma sesmaria entre os rios Jaguaripe e Paraguaçu no Recôncavo baiano. As terras tinham quatro léguas de costa e dez léguas que entrava pelo sertão acompanhando o decurso dos dois rios.
 
{{Verbete|nome=Alexandre|sobrenome=BONFIM|verbete=Em 1557, Dom Álvaro da Costa, fidalgo da Casa Real, recebeu de seu pai, o governador geral do Dom Duarte da Costa, uma sesmaria entre os rios Jaguaripe e Paraguaçu no Recôncavo baiano. As terras tinham quatro léguas de costa e dez léguas que entrava pelo sertão acompanhando o decurso dos dois rios.
  
Em 1558, Dom Álvaro da Costa e seu pai voltaram a Portugal e em 1562, o sesmeiro pediu ao rei Dom Sebastião a confirmação da posse de suas terras no Brasil. Dom Álvaro alegou que não aproveitou nem morou na terra nos prazos estipulados devido à sesmaria ''estar de guerra'' <ref>Alvará de 12 de março de 1562 de confirmação de sesmaria. DOCUMENTOS para história do açúcar. Vol. 1- Legislação (1534-1596). Rio de Janeiro: Serviço especial de documentação histórica- Instituto do açúcar e do álcool, 1954, p. 161-163. (doravante DHA)</ref> Em carta escrita em 1562, os padres jesuítas [[Manoel da Nóbrega]] e [[Leonardo Valle]] dão notícias de expedições lideradas por [[Vasco Rodrigues Caldas]], [[vereador]] em Salvador e procurador de [[Dom Álvaro da Costa]] seguindo o curso do [[Rio Paraguaçu|Paraguaçu]]. O primeiro afirma que em duas expedições em 1560, Rodrigues Caldas destruiu aldeias, massacrou e trouxe muitos cativos para Salvador. Já Valle fala de uma expedição em 1562 no qual Rodrigues Caldas foi obrigado a retroceder devido à resistência bélica dos índios [[tupinaê]]. <ref>''Anais do Arquivo Público da Bahia''. v. 4 e 5. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1919. <ref/>.  No dia 21 de março de 1566, Dom Álvaro vai, mais uma vez, pedir ao Rei a confirmação de suas posses. O mesmo pede as terras em capitania, manifestando o desejo de fazer vilas e povoações <ref> Doação da Capitania de Peroaçu de Dom Alvaro da Costa. In: DHA. Op. Cit. p. 188.<ref/>. O rei atendeu ao pedido de D. Álvaro da Costa e converteu as terras em donatarias.
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Em 1558, Dom Álvaro da Costa e seu pai voltaram a Portugal e em 1562, o sesmeiro pediu ao rei Dom Sebastião a confirmação da posse de suas terras no Brasil. Dom Álvaro alegou que não aproveitou nem morou na terra nos prazos estipulados devido à sesmaria ''estar de guerra'' <ref>Alvará de 12 de março de 1562 de confirmação de sesmaria. DOCUMENTOS para história do açúcar. Vol. 1- Legislação (1534-1596). Rio de Janeiro: Serviço especial de documentação histórica- Instituto do açúcar e do álcool, 1954, p. 161-163. (doravante DHA)</ref> Em carta escrita em 1562, os padres jesuítas [[Manoel da Nóbrega]] e [[Leonardo Valle]] dão notícias de expedições lideradas por [[Vasco Rodrigues Caldas]], [[vereador]] em Salvador e procurador de [[Dom Álvaro da Costa]] seguindo o curso do [[Rio Paraguaçu|Paraguaçu]]. O primeiro afirma que em duas expedições em 1560, Rodrigues Caldas destruiu aldeias, massacrou e trouxe muitos cativos para Salvador. Já Valle fala de uma expedição em 1562 no qual Rodrigues Caldas foi obrigado a retroceder devido à resistência bélica dos índios [[tupinaê]]. <ref>''Anais do Arquivo Público da Bahia''. v. 4 e 5. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1919. </ref>.  No dia 21 de março de 1566, Dom Álvaro vai, mais uma vez, pedir ao Rei a confirmação de suas posses. O mesmo pede as terras em capitania, manifestando o desejo de fazer vilas e povoações <ref> Doação da Capitania de Peroaçu de Dom Alvaro da Costa. In: DHA. Op. Cit. p. 188.<ref/>. O rei atendeu ao pedido de D. Álvaro da Costa e converteu as terras em donatarias.
 
Todavia, o jesuíta Duarte da Costa, filho de D. Álvaro, morreu no ano de 1612. O mesmo cedeu a capitania do Paraguaçu aos inacianos. Gonçalo da Costa, irmão de Duarte da Costa, contestou essa doação e a Coroa decidiu a favor da família Costa que continuou com donataria <ref>Carta do Rei a Gaspar de Sousa sobre a capitania de Paraguassu. In: MUNCH, Susana. SALVADO, João Paulo. ''Cartas para Álvaro de Sousa e Gaspar de Sousa (1540-1627)''. Lisboa, CNCDP, 2001, p. 184-185.<ref/>.
 
Todavia, o jesuíta Duarte da Costa, filho de D. Álvaro, morreu no ano de 1612. O mesmo cedeu a capitania do Paraguaçu aos inacianos. Gonçalo da Costa, irmão de Duarte da Costa, contestou essa doação e a Coroa decidiu a favor da família Costa que continuou com donataria <ref>Carta do Rei a Gaspar de Sousa sobre a capitania de Paraguassu. In: MUNCH, Susana. SALVADO, João Paulo. ''Cartas para Álvaro de Sousa e Gaspar de Sousa (1540-1627)''. Lisboa, CNCDP, 2001, p. 184-185.<ref/>.
 
Os descendentes do segundo governador geral mantiveram a posse da capitania do Paraguaçu até o ano de 1763 quando o território da mesma passou a pertencer à Coroa.}}
 
Os descendentes do segundo governador geral mantiveram a posse da capitania do Paraguaçu até o ano de 1763 quando o território da mesma passou a pertencer à Coroa.}}

Edição de 11h10min de 16 de julho de 2015

{{Verbete|nome=Alexandre|sobrenome=BONFIM|verbete=Em 1557, Dom Álvaro da Costa, fidalgo da Casa Real, recebeu de seu pai, o governador geral do Dom Duarte da Costa, uma sesmaria entre os rios Jaguaripe e Paraguaçu no Recôncavo baiano. As terras tinham quatro léguas de costa e dez léguas que entrava pelo sertão acompanhando o decurso dos dois rios.

Em 1558, Dom Álvaro da Costa e seu pai voltaram a Portugal e em 1562, o sesmeiro pediu ao rei Dom Sebastião a confirmação da posse de suas terras no Brasil. Dom Álvaro alegou que não aproveitou nem morou na terra nos prazos estipulados devido à sesmaria estar de guerra [1] Em carta escrita em 1562, os padres jesuítas Manoel da Nóbrega e Leonardo Valle dão notícias de expedições lideradas por Vasco Rodrigues Caldas, vereador em Salvador e procurador de Dom Álvaro da Costa seguindo o curso do Paraguaçu. O primeiro afirma que em duas expedições em 1560, Rodrigues Caldas destruiu aldeias, massacrou e trouxe muitos cativos para Salvador. Já Valle fala de uma expedição em 1562 no qual Rodrigues Caldas foi obrigado a retroceder devido à resistência bélica dos índios tupinaê. [2]. No dia 21 de março de 1566, Dom Álvaro vai, mais uma vez, pedir ao Rei a confirmação de suas posses. O mesmo pede as terras em capitania, manifestando o desejo de fazer vilas e povoações Erro de citação: </ref> de fechamento ausente para para a marca <ref>


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