Ações

Guaiana

De Atlas Digital da América Lusa

(Diferença entre revisões)
m (Substituindo texto ' {| . | align="center" style="background:#f4d485;"|'''''Citação deste verbete''''' |- |- | '''Autor do verbete:''' Levy Pereira '''Como citar:''' PEREIRA, Levy . "Substituir texto". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do A)
m (Substituindo texto 'Coleção Levy Pereira' por 'Coleção Levy Pereira')
Linha 1: Linha 1:
[[File:colecao_levy.png|link=Coleção_Levy_Pereira|Coleção Levy Pereira]]
+
{{Levy}}
  
  

Edição de 08h44min de 9 de janeiro de 2013

Coleção Levy Pereira


Guaiana


Natureza: aldeia de índios

com sinal de abandonada


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE


Capitania: RIO GRANDE

Aldeia de índios com sinal de abandonada, entre o 'Vrumoa' (Rio Limonal) e o 'Nhambitiji' (Rio Baldum).


Nomes históricos: Guaiana, Goacana, Goacano, Goiana, Guajana; Viajana.


Nome atual: a aldeia está extinta.

Sua posição, nas cercanias da cidade de Arez-RN, ainda não foi localizada por arqueólogos.

■ ====Citações====

►Denominada como Aldeia Viajana ou Goacana pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos no Rio Grande informada aos neerlandeses:

@ Nota 43 de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in (Southey, 1810), Notas do capítulo IV, pg. 207:

"44 ...; Vajana ou Goacano, a sete milhas de Cunhau para o lado do Rio Grande; ...".

@ (Vainfas, 2008), pg. 72-73:

"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de ... ; a de Viajana ou Goacana, a sete léguas (42 quilômetros) de Cunhaú, para o lado do Rio Grande, liderada por Francisco Jakuina; ...".


Nota: as duas citações acima tem fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 (original de 1644).

►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 94:

"RIO GRANDE

A quarta capitania é a do Rio Grande; ao Sul fica-lhe a da Paraíba, como já dissemos, e ao noroeste a do Ceará. ...

Está ela dividida em quatro freguesias, a saber: a de Cunhaú, a de Guajana, a de Potigi e ... [em branco].".

►(Dussen, 1640):

@ pg. 175, com denominação de freguesia:

"RIO GRANDE

À Capitania da Paraíba dissemos que se segue a do Rio Grande, a qual está dividida em 4 freguesias, a saber:

Cunhaú, Goiana, Mopebu e Potigi. ...".

@ pg. 183, definindo a função do capitão holandes:

"Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".

@ pg. 184, quanto á pópulação masculina, esclarece:

"... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".

@ pg.185:

"ALDEIAS NO RIO GRANDE

Aldeia Goiana, Capitão Jacob Pietersz ... 68 homens".

►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 241:

"... com a aldeia deserta de Guaiana, à direita. Aí nasceria a cidade de Goianinha.".


Nota:

Baseados na locação do BQPPB, que a localiza ao norte da Lagoa de Guaraíras, concluímos que essa aldeia não poderia dar origem, do ponto de vista geográfico, à cidade de Goianinha-RN.

►(Medeiros, 1997), "ALDEIA DE ANTONIA OU ALDEIA DE GOIANA ORIGEM DA CIDADE DE GOIANINHA", pg. 079-080, levanta boas referências à essa aldeia, mas a situa na cidade de Goianinha-RN.

A nossa locação probabilística é diferente, pois (Câmara Cascudo, 1955), pg. 42, coloca a Aldeia de Antônia no local da cidade de Arez-RN:

"Em 1749 tínhamos as seguintes aldeias indígenas: ... GUARAÍRAS (Arês) (*) invocação de S. João Batista, caboclos da língua geral sob a direção dos Jesuítas. ...

...

(*): — Fora a ALDEIA DE ANTONIA, marcada no mapa de João Teixeira, no LIVRO QUE DA REZAO DO ESTADO DO BRASIL.".

O prof. Olavo Medeiros associa a Aldeia de Antônia com a Aldeia de Goiana e a coloca como núcleo histórico da cidade de Goianinha, assim, numa posição diferente da Aldeia de Antônia de Câmara Cascudo - isso reforça nossas conclusões de que a Aldeia de Antônia:

- é a Aldeia de Goiana, e a 'Guaiana' do BQPPB;

- não é o núcleo histórico da cidade de Goianinha-RN;

- tem locação probabilística próxima da cidade de Arez-RN.

■ Comentários:

1) Essa aldeia foi abandonada após 1640, pois:

- em 1642-1643, época do levantamento em campo para o desenho do BQPPB, a aldeia foi constatada abandonada;

- não mais é citada nos documentos posteriores e forte indício disso está no Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912), onde ela está absolutamente ausente.

2) Possivelmente sua população migrou para a Aldeia Araunu, denominada Aldeia Orange na Ata acima citada.

3) Quanto à associação da Aldeia Guaiana do BQPPB com a ALDEIA DE ANTÔNIA, isso nos parece possível, ainda que o Mapa RG (Albernaz, 1612) a desenhe no lado sul da lagoa 'Gvraira' - esse mapa tem escala muito grande e imprecisões. (Câmara Cascudo, 1955), acima citado, também chegou a essa mesma conclusão.

4) Quanto à Aldeia Guaiana do BQPPB ser a origem da cidade de Arez-RN, isso ainda não é nossa conclusão face:

- à forma dos caminhos desenhados no BQPPB;

- ao fato de que a cidade de Arez-RN está praticamente às margens da 'Guiraraíra' (dista menos de 1,5 Km), diferente da posição de 'Guaiana' no BQPPB;

- haver água abundante na nascente de um riacho afluente do 'Nhambitiji', local propício, na área às suas margens, cerca de 2 Km a nor-noroeste da praça central de Arez, entre os atuais povoados de Areias e Sapé.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Guaiana". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Guaiana. Data de acesso: 4 de maio de 2024.


Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando

BiblioAtlas recomenda o ZOTERO

(clique aqui para saber mais)



Informar erro nesta página