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Houte Wambis

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Edição de 05h59min de 8 de janeiro de 2013

Coleção Levy Pereira


Houte Wambis


Natureza: fortaleza


Mapa: PRÆFECTURA DE CIRÎÎĬ, vel SEREGIPPE DEL REY cum Itâpuáma

PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS


Capitania: PARANAMBVCA

Forte na m.d. do 'Parapĩtinga ou Rio de S.Francifco' (Rio São Francisco) - na margem oposta e em frente está o 'Mauritius' (Forte Maurício).


Nomes históricos: Houte Wambis; HoutԐ wambas; houtԐn wambas; houte Wambis; holten Walmbas; Thorax ligneus.


Nome atual: está destruído.

Situava-se no monte ao lado do atracadouro da balsa, em Neópolis-SE.

Citações

Teensma, B. N. traduziu a meu pedido:

"Houte Wambis = Houten Wambuis; estância construída de madeira ou de pau a pique.".

►Mapa RSF (IAHGP-Vingboons, 1640) #37 RIO Sto. FRANCISCO, desenhado, assinalado com a letra I, 'I: HԐr houtԐn wambas aԐn∂Ԑ Zuy∂ zy∂Ԑr RiuiԐr biltvorԐn∂Ԑ Ԑn∂Ԑ ∂Ԑ ProvintiԐ van ßahia ∂Ԑ To∂os os Sanctos.', na m.d. do 'RIO Sto. FRANCISCO' (Rio São Francisco).

►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de fortificação, 'HoutԐ wambas.', na m.d. do 'Rº St. ƒrancisco', e, no lado oposto do rio, está o 'F. Mouritius' (Forte Maurício).

►(Barléu, 1647):

@ prancha #16 'CASTRUM MAURITJ.', mapa do entorno do 'Castrum Mauritj', desenha o forte 'Thoarax ligneus', situado na m.d. do 'FL. S. FRANCISI.' Rio São Francisco) - na margem oposta do rio, a sudeste do Forte Maurício.

►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 114-115:

"FORTIFICAÇÕES

...

De Pernambuco

...

Do outro lado [do rio], defronte do forte Maurício, os nossos construíram um fortim de madeira, onde se fez uma bateria sobre uma árvore com três peças de calibre seis. ".

►(Coelho, 1654) cita que Mauricio de Nassau determinou a construção desse reduto logo depois de 27 de março de 1637, pg. 508 CD-BECA (pg. 248a na edição de 1654):

"Às onze do dia 27, acabou de chegar o inimigo à vila de São Francisco. Reconhecendo o lugar e paragem, e as conveniências que lhe resultariam de fortificar-se ali para defender a nossa passagem do rio para Pernambuco (parecendo-lhe que com isto impedia a entrada por aquela parte; e também porque servia para assegurar o muito gado que ali havia e para poder tirar mais da outra parte de Sergipe d'El-Rei, em que não havia menos), resolveu levantar um forte real com quatro baluartes e com um reduto na frente, da outra pane do rio, em umas casas que os Andradas ali tinham.".

►(Pudsey, circa 1670), relatando eventos ocorridos em 1637:

@ pg. 119, Fólio 27r. e pg. 121, Fólio 27v.:

"No dia seguinte marchamos para uma vila chamada Penedo, deste lado do grande rio de São Francisco.353

...

Durante os meses chuvosos356 permanecemos quietos neste rio, pois sendo rio espaçoso e navegável, nossos vasos podiam vir até nós com provisões.

Aqui encontramos uma infinidade de feras, tanto deste lado do rio como também no outro. Por essa razão, e também para outros fins do exército, fizemos um pequeno forte chamado "holten Walmbas"357 no lado extremo do rio. E deste lado do rio fizemos um firme forte chamado Forte Maurício.358".

►Nelson Papavero in (Pudsey, circa 1670), NOTAS, pg. 181-182:

«353- "The next day we mrched toe a dorpe Called Pynnedo, on this syde of the greate rivver of Saint ffrancisco", no original. Segundo Varnhagen (1871), enquanto Sigemundt van der Schkoppe marchava para o sul com parte das tropas, Maurício de Nassau embarcava em Barra Grande com o resto das forças holandesas, seguindo por mar até Jaraguá e daí por terra até o Rio São Francisco, que teria sido alcançado em 27 de março de 1637. Em um morro que dominava o povoado do Penedo de São Pedro, Nassau fez construir um forte ao qual deu o nome de Maurício, ocupando o restante da margem do grande rio com outros postos fortificados. A julgar pelo relato de Pudsey, os soldados do antigo governador Sigemundt van der Schkoppe teriam precedido as forças de Nassau nesse avanço, tendo atingido a vila de Penedo dois dias antes.

...

356- Southey (1810-19) assinala que, com o começo da estação chuvosa, Nassau retornou ao Recife, deixando Sigemundt van der Schkoppe à frente de 1600 homens no forte Maurício.

357- "Called as holten Walmbas", no original. Não se deve confundir esse fortim, construído em frente ao forte Maurício na margem oposta do São Francisco, com o terceiro forte levantado pelos holandeses na foz desse rio. Ao contrário de seu costume, Pudsey pouco teria corrompido o nome "houten Walbass" (ou "Walbazen") aplicado a esse reduto, o que significa apenas "fortim de madeira", eqüivalendo mais exatamente à expressão inglesa "wooden wharfinger", sendo "wharfinger" a denominação aplicada ao "guarda de um cais". Ao tecer comentários sobre o mapa da costa nordestina elaborado em 1644 por Marcgrave, Cascudo (1956) assinala a existência de um "houte Wambis" quase defronte do forte Maurício e reproduz os comentários de Felisbello Freire (1891), que descreve essa estrutura como "um fortim de madeira onde se pôs uma barreira sobre uma árvore com três peças de calibre seis ... construído no lugar em que está hoje edificada a Vila Nova", relato baseado no "Sommier Discours" de Maurício de Nassau, Mathijs van Ceulen e Adriaen van der Dussen, texto de 1638 reproduzido contadas vezes durante as últimas décadas (e.g. Mello, 1981). No mapa de Marcgrave (in Cascudo, op. cit.), esse fortim estaria indicado como "Thorax ligneus", enquanto o "Sommier Discours" não lhe atribui qualquer designação, destacando apenas chamar-se "Keert de Koe" o reduto "situado em um pântano" junto à foz do São Francisco. Embora reconheça que a referência de Marcgrave indica um fortim de madeira, Cascudo (op. cit.) prefere interpretar "houte Wambis" como "casa de Wambis", sugerindo que a residência de um hipotético proprietário holandês teria dado origem ao nome em foco. Malgrado não saibamos quais fatos teriam levado o insigne historiador potiguar a semelhante conclusão, parece-nos bem mais razoável supor que o nome desse pequeno forte fronteiriço na verdade fosse "Houten Walbazen" ("fortim de madeira" ou "wooden wharfinger" em inglês), hipótese coerente com a expressão latina "Thorax ligneus" utilizada por Marcgrave em seu mapa, devendo a palavra "thorax" ser aqui entendida como uma alusão à parte da couraça que cobre o peito, portanto aos muros do supracitado fortim por extensão.

358- "Sconce Mawretiouss", no original. Vide nota 353.».

►(Câmara Cascudo, 1956):

@ pg. 144:

"De Naguin curral a estrada para em houte Wambis, casa de gente invasora, o pequeno fortim olhando as águas do S. Francisco (29).

29) HOUTE WAMBIS, casa de Wambis, nome do holandês proprietário) tornar-se-ia fortim? O SOMMIER DISCOURS informa: Do outro lado do rio S. Francisco, defronte do Forte Maurício, os nossos construíram um Fortim de madeira, onde se fez uma bateria sobre uma árvore com três peças de calibre seis. Não me parece ser o mesmo KEERT DE KOE porque este ficava junto à foz. O SOMMIER DISCOURS registra: Desse mesmo lado do rio, por ele abaixo, junto à foz, ha um reduto denominado KEERT DE KOE, que serve para dominar ai o rio, conservá-lo livre, proteger os nossos navios, e termos um pé em terra nossa nesse lugar. Está situado em um pãntano.".


Nota: vide o topônimo 'Keert de Koe' (Forte Novo da Passagem).

@ pg. 148:

"Marcam-se outros índices, o Limoen-curral, mais uma ilhota que Marcgrave chama t' Schoenmaeckers, talvez a ilha das Garças no município de Vila Nova, e a houte Wambis, onde denominam Paramiri, na mesma linha, quase defronte do Forte Maurício em Penedo, e com o sinal convencional de forte.

Que "forte" seria este? Felisberto Freire (HISTÓRIA DE SERGIPE, p. 77) escreve: "Alem da fortificação de Mauritius tinha o inimigo construído, na margem sul do rio e defronte dela, um fortim de madeira, onde se pôs uma bateria sobre uma árvore com três peças de calibre seis", "verifica-se que esta fortificação fora construída no lugar em que está hoje edificada a Vila Nova." O SOMMIER DISCOURS é a origem dessa informação, p. 179-180, mas não registra o nome. No mapa de Marcgrave, referente ao CASTRUM MAURITIJ, ha, visível, um fortim, com residências derredor e a indicação de THORAX ligneus. É o pequeno forte de madeira? Parece-me evidente.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Houte Wambis". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Houte_Wambis. Data de acesso: 2 de maio de 2024.


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