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Macuçaguĩ

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Termo de origem tupi, combinação de ''mucuçagua'', uma ave, e ''ĩ'', rio.
  
 
O mucuçagua está descrito em:
 
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►(Margrave, 1648)  pg. 213, "Espécie de galinha selvagem ...", onde está com a redação Macucagua e Mucucagua.(sic).
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"MACUCAGUÁ, macagná, da família dos Falconideos (Herpetotheres cachinnans, Linn.) Em G. Soares, macucagoá e Macuagoá; em Gandavo, com a primeira forma. - De má por ybá fructo, cugiguar por curihar, que traga, tragador, comedor; comedor de fructos; ou ainda, e preferivel, por accorde com o nome generico e com o instincto da ave, de mboi-acá-har, aquelle que briga com cobras, Baptista Caetano.".
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"MACUCAGUÁ, macagná, da família dos Falconideos (Herpetotheres cachinnans, Linn.) Em G. Soares, macucagoá e Macuagoá; em Gandavo, com a primeira forma. - De '''' por ''ybá'' fructo, ''cugiguar'' por ''curihar'', que traga, tragador, comedor; comedor de fructos; ou ainda, e preferivel, por accorde com o nome generico e com o instincto da ave, de ''mboi-acá-har'', aquelle que briga com cobras, Baptista Caetano.".
  
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* Nota: O Sr. R. Garcia descreve um falconídeo, Margrave e Cardim tratam de uma ave conhecida como macuco, Tinamus solitarius (Vieillot 1819), conforme "COMENTÁRIOS DA PARTE ORNITOLÓGICA por Olivério Mario de Oliveira Pinto" em [[(Margrave, 1648)]], nota 601, pg. LXXV.
  
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'''Nota:''' O Sr. R. Garcia descreve um falconídeo, Margrave e Cardim tratam de uma ave conhecida como macuco, Tinamus solitarius (Vieillot 1819), conforme "COMENTÁRIOS DA PARTE ORNITOLÓGICA por Olivério Mario de Oliveira Pinto" em ((Margrave, 1648)), nota 601, pg. LXXV.
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 238:
 
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"Esse Airiré tem um afluente, o Macucagui (Macacu) que é verdadeiramente afluente do rio Piquiri. No mapa, entre o Macucagui e o Areré há quatro currais.".
 
"Esse Airiré tem um afluente, o Macucagui (Macacu) que é verdadeiramente afluente do rio Piquiri. No mapa, entre o Macucagui e o Areré há quatro currais.".
  
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"MACACAÚ: — Lugar em Canguaretama. De macacu-u, onde o macuco se alimenta, come; espécie de nambu, Trachypelmus brasiliensis. Não há alusão aos macacos e sim aos macucos, aves tinâmidas. Foi nome imposto porque na avifauna norte-rio-grandense não há macucos. MACUCAÚ.".
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"MACACAÚ: — Lugar em Canguaretama. De ''macacu-u'', onde o macuco se alimenta, come; espécie de nambu, Trachypelmus brasiliensis. Não há alusão aos macacos e sim aos macucos, aves tinâmidas. Foi nome imposto porque na avifauna norte-rio-grandense não há macucos. MACUCAÚ.".
  
'''Nota:''' essa observação de que atualmente no Rio Grande não há macucos é extendida pelo Sr.Oliveira Pinto (na Nota acima citada) ao Nordeste, todavia, fica o registro de Margrave, que conheceu a região ainda virgem.
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* Nota: Essa observação de Câmara Cascudo de que atualmente no Rio Grande não há macucos é ampliada pelo Sr. Olivério Mario de Oliveira Pinto (na Nota acima citada) ao Nordeste, todavia, fica o registro em contrário de Margrave, que conheceu a região ainda virgem.
  
  

Edição atual tal como 17h54min de 14 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Macuçaguĩ

Riacho afluente m.e. do 'Aireré'.


Natureza: riacho.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: RIO GRANDE.


Nome atual: Rio Pituaçu (alto curso).


Nomes históricos: Macuçaguĩ (Macuçagui, Macacu, Macuco).


Etimologia:

Termo de origem tupi, combinação de mucuçagua, uma ave, e ĩ, rio.

O mucuçagua está descrito em:

(Margrave, 1648), pg. 213, "Espécie de galinha selvagem ...", onde está com a redação Macucagua e Mucucagua.(sic).

(Cardim, 1625):

@ pg. 55: "Macucaguá. - Esta ave he maior que nenhuma gallinha de Portuga; parece-se com faijão, ...".

@ pg. 121, Nota de Rodolpho Garcia:

"MACUCAGUÁ, macagná, da família dos Falconideos (Herpetotheres cachinnans, Linn.) Em G. Soares, macucagoá e Macuagoá; em Gandavo, com a primeira forma. - De por ybá fructo, cugiguar por curihar, que traga, tragador, comedor; comedor de fructos; ou ainda, e preferivel, por accorde com o nome generico e com o instincto da ave, de mboi-acá-har, aquelle que briga com cobras, Baptista Caetano.".

  • Nota: O Sr. R. Garcia descreve um falconídeo, Margrave e Cardim tratam de uma ave conhecida como macuco, Tinamus solitarius (Vieillot 1819), conforme "COMENTÁRIOS DA PARTE ORNITOLÓGICA por Olivério Mario de Oliveira Pinto" em (Margrave, 1648), nota 601, pg. LXXV.

[editar] Citações:

(Câmara Cascudo, 1956), pg. 238:

"Esse Airiré tem um afluente, o Macucagui (Macacu) que é verdadeiramente afluente do rio Piquiri. No mapa, entre o Macucagui e o Areré há quatro currais.".

(Câmara Cascudo, 1968), pg. 99:

"MACACAÚ: — Lugar em Canguaretama. De macacu-u, onde o macuco se alimenta, come; espécie de nambu, Trachypelmus brasiliensis. Não há alusão aos macacos e sim aos macucos, aves tinâmidas. Foi nome imposto porque na avifauna norte-rio-grandense não há macucos. MACUCAÚ.".

  • Nota: Essa observação de Câmara Cascudo de que atualmente no Rio Grande não há macucos é ampliada pelo Sr. Olivério Mario de Oliveira Pinto (na Nota acima citada) ao Nordeste, todavia, fica o registro em contrário de Margrave, que conheceu a região ainda virgem.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Macuçaguĩ". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Macu%C3%A7agu%C4%A9. Data de acesso: 18 de maio de 2024.


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