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Mariguinua (engenho de bois)

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►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Mariona', na m.e. do 'R. Capinarinÿ' (Rio Capibaribe Mirim).
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►Mapa IT ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'mariona' na m.d. e 'Mariguinua', na m.d. do 'R Capiinaricu'.
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Mariona', na [[m.e.]] do 'R. Capinarinÿ' (Rio Capibaribe Mirim).
  
  
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►Mapa IT [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'mariona' na [[m.d.]] e 'Mariguinua', na [[m.d.]] do 'R Capiinaricu'.
  
'''Nota:''' mais uma se comprova a fusão das informações dos mapas base ([[BQPPB]] e o semelhante ao IT (IAHGP-Vingboons, 1640) da Biblioteca do Vaticano) para o desenho do IT ([[Orazi]], 1698).
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* Nota: mais uma vez se comprova a fusão das informações dos mapas base ([[BQPPB]] e o IT [[(BAV-Vingboons, 1640)]] da Biblioteca do Vaticano) para o desenho do IT [[(Orazi, 1698)]].
  
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 91:
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"Capitania de Itamaracá.
 
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5. Engenho Mariuna, pertenceu a Francisco Homem de Almeida, que fugiu com Camarão. Confiscado e ainda não vendido; é de bois e não moerá. ".
  
►Possivelmente citado como "Máxima" por (Dussen, 1640), pg. 166:
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127) Engenho Maxima (sic), pertencente a Joost van den Bogaert, não moerá. ".
  
►(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1637, pg. 65:
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Concedida naquele ano uma data de cinco mil braças de terra em quadro a Diogo Dias e seus filhos, cujas terras ficavam situadas no Vargedo norte do Capibaribe Meirim, foram nelas que se fundaram os engenhos Goiana Grande e Jacaré, acaso os primeiros que houve na localidade; e em uma outra concessão de terras feita em 1577 a Boaventura Dias, filho do referido Diogo Dias, foram levantados os engenhos Dois Rios e Mariúna; e posteriormente outros, atingiam a nove em 1630, assim relacionados em um documento holandês de 1637:".
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"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.
 
"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.
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Do Mariúna nada consta sobre a sua fundação, sabendo-se apenas que foi levantado em terras da sesmaria de 1577, e que em 1731 pertencia ao Padre Dr. Manuel de Araújo Landim, pároco da freguesia, quando por disposição testamentária vinculou a propriedade com o ônus de três missas do Natal, três da Rainha Santa e 400$000 para a fábrica da capela.".
 
Do Mariúna nada consta sobre a sua fundação, sabendo-se apenas que foi levantado em terras da sesmaria de 1577, e que em 1731 pertencia ao Padre Dr. Manuel de Araújo Landim, pároco da freguesia, quando por disposição testamentária vinculou a propriedade com o ônus de três missas do Natal, três da Rainha Santa e 400$000 para a fábrica da capela.".
  
►(Melo, 1931), pg. 210-211:
 
  
"MARIUNA — (Eng. no Mun. de Goiana) — Pode ser mari-una, umari (fruta) una, preta, ou maruí-una, maruim (mosquito) preto — M. M.".
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►[[(Melo, 1931)]], pg. 210-211:
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"MARIUNA — (Eng. no Mun. de Goiana) — Pode ser ''mari-una'', ''umari'' (fruta) ''una'', preta, ou ''maruí-una'', maruim (mosquito) preto — M. M.".
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@ pg. 148, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Goiana:
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«6) MARIÚNA. Markgraf o registra como Espírito Santo. Sito à margem direta do Capibaribe Mirim. Engenho de bois. Fundado por Miguel Álvares de Paiva em terras da sua sesmaria. Moía em 1602. Em 1623, pertencia a Francisco Homem de Almeida, produzindo 1256 arrobas. Confiscado devido à retirada do proprietário. Em 1638 pertencia a Joost van den Bogaert. Em 1643, Johannes Listry, declarando-se proprietário de uma data de terra em Goiana chamada Mariúna, "onde anteriormente existira um engenho que há muito está em ruínas", propunha-se reconstruí-lo, caso lhe fosse concedida a liberdade de dez anos prevista pela legislação portuguesa. Evacuado em 1646. Em 1663, Gerard van Hettelinge, procurador de Listry, que então residia na ilha de Guadalupe (Antilhas), apresentava suas reivindicações a ressarcimento pela Coroa portuguesa.(6)».
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@ pg. 189, Notas:
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«(6) FHBH, I, pp. 31, 91, 166; RCCB, p. 67; DN, 4.XI.1643; NP, II, p. 136; Wasch, "Braziliaansche pretensien", pp. 75-7; Gil Maranhão, "As sesmarias de Goiana", p. 18.».
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 08h10min de 20 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Mariguinua

Engenho de bois sem igreja, na várzea entre o 'Çaracunhaỹa' (Rio Tracunhaém) e o 'Capiiarĩ mirĩ' (Rio Cabibaribe Mirim).


Natureza: engenho de bois.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: ITÂMARACÂ.


Jurisdição: Capitania de Itamaracá - Freguesia de Goiana.


Nomes históricos: Engenho Mariguinua (Mariuna, Mariguiuna, Mariona, Maxima).


Nome atual: aparentemente totalmente destruído.


[editar] Citações:

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Mariona', na m.e. do 'R. Capinarinÿ' (Rio Capibaribe Mirim).


►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como engenho, 'mariona' na m.d. e 'Mariguinua', na m.d. do 'R Capiinaricu'.


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 91:

"Capitania de Itamaracá.

Engenhos de Goiana.

5. Engenho Mariuna, pertenceu a Francisco Homem de Almeida, que fugiu com Camarão. Confiscado e ainda não vendido; é de bois e não moerá. ".


(Dussen, 1640), pg. 166:

"ENGENHOS DE ITAMARACÁ

Na freguesia de Goiana

127) Engenho Maxima (sic), pertencente a Joost van den Bogaert, não moerá. ".


(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1637:

@ pg. 63:

"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.

Concedida naquele ano uma data de cinco mil braças de terra em quadro a Diogo Dias e seus filhos, cujas terras ficavam situadas no Vargedo norte do Capibaribe Meirim, foram nelas que se fundaram os engenhos Goiana Grande e Jacaré, acaso os primeiros que houve na localidade; e em uma outra concessão de terras feita em 1577 a Boaventura Dias, filho do referido Diogo Dias, foram levantados os engenhos Dois Rios e Mariúna; e posteriormente outros, atingiam a nove em 1630, assim relacionados em um documento holandês de 1637:".

@ pg. 64:

"V — Mariúna, pertencente a Francisco Homem de Almeida, que fugiu com o Camarão, de bois, não moente, e ainda não vendido.".

@ pg. 65:

"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.

... e em uma outra concessão de terras feita em 1577 a Boaventura Dias, filho do referido Diogo Dias, foram levantados os engenhos Dois Rios e Mariúna; ...

Do Mariúna nada consta sobre a sua fundação, sabendo-se apenas que foi levantado em terras da sesmaria de 1577, e que em 1731 pertencia ao Padre Dr. Manuel de Araújo Landim, pároco da freguesia, quando por disposição testamentária vinculou a propriedade com o ônus de três missas do Natal, três da Rainha Santa e 400$000 para a fábrica da capela.".


(Melo, 1931), pg. 210-211:

"MARIUNA — (Eng. no Mun. de Goiana) — Pode ser mari-una, umari (fruta) una, preta, ou maruí-una, maruim (mosquito) preto — M. M.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 148, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Goiana:

«6) MARIÚNA. Markgraf o registra como Espírito Santo. Sito à margem direta do Capibaribe Mirim. Engenho de bois. Fundado por Miguel Álvares de Paiva em terras da sua sesmaria. Moía em 1602. Em 1623, pertencia a Francisco Homem de Almeida, produzindo 1256 arrobas. Confiscado devido à retirada do proprietário. Em 1638 pertencia a Joost van den Bogaert. Em 1643, Johannes Listry, declarando-se proprietário de uma data de terra em Goiana chamada Mariúna, "onde anteriormente existira um engenho que há muito está em ruínas", propunha-se reconstruí-lo, caso lhe fosse concedida a liberdade de dez anos prevista pela legislação portuguesa. Evacuado em 1646. Em 1663, Gerard van Hettelinge, procurador de Listry, que então residia na ilha de Guadalupe (Antilhas), apresentava suas reivindicações a ressarcimento pela Coroa portuguesa.(6)».

@ pg. 189, Notas:

«(6) FHBH, I, pp. 31, 91, 166; RCCB, p. 67; DN, 4.XI.1643; NP, II, p. 136; Wasch, "Braziliaansche pretensien", pp. 75-7; Gil Maranhão, "As sesmarias de Goiana", p. 18.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Mariguinua (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Mariguinua_(engenho_de_bois). Data de acesso: 27 de abril de 2024.


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