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Natal (cidade)

De Atlas Digital da América Lusa

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(1) GERRITSZ, Hessel • Jornaux et Nouvelles, etc,, pp. 171-173.".
 
(1) GERRITSZ, Hessel • Jornaux et Nouvelles, etc,, pp. 171-173.".
  
►[[(Emerenciano, et alii, 2007)]] trata de muitos aspectos históricos da cidade de Natal. Download: [http://www.natal.rn.gov.br/semurb/paginas/ctd-601.html Natal não há tal @ PMN/SEMURB].
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►[[(Emerenciano, et alii, 2007)]] trata de muitos aspectos históricos da cidade de Natal.
  
  

Edição de 10h03min de 10 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


Natal

'Natal' no MBU.

Cidade, na m.d. 'Potĩjĩ ou Rio grande' (Rio Potengi).


Natureza: cidade.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: RIO GRANDE.


Nomes históricos: Cidade do Natal, Cidade do Natal do Ryo Grande, Natalópolis; Ciudad Nova ou Natal; Cidade dos Reis (Reyes); Cidade dos Reis; Natal los Reys; Natal los Reys ou Rio Grande; Três Reis ; Cidade de Santiago; New Amsterdam; Nova Amsterdã; Amsterdã.


Nome atual: cidade de Natal-RN, capital do Estado do Rio Grande do Norte.

Citações:

►Mapa RG (Albernaz, 1612), desenhada como cidade, 'Cidade dos Reis', na m.d. do 'Rio Puttigi' (Rio Potengi).

►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotada com símbolo de cidade, 'natall', na m.d. do 'Rº Potozÿ' (Rio Potengi, 'Rio Grande' na barra).

►Mapa CE-RG (Orazi, 1698) PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotada sem símbolo, 'Natal', na m.d. do 'R. Grande' na barra, 'Potosÿ' no alto curso.

(Verdonck, 1630):

@ pg. 45:

"§ 20.º - CIDADE DO RIO GRANDE CHAMADA DO NATAL - ALDEIAS DE BRASILIENSES - De Cunhaú à cidade do Rio Grande, chamada cidade do Natal, há 17 milhas contadas ao longo da costa; ...

... a cidade tem cerca de 35 a 40 casas de palha e barro, mas os habitantes mais abastados dos arredores vivem habitualmente nos seus sítios e vêm apenas à cidade aos domingos e dias santificados para ouvir missa; os habitantes de toda essa jurisdição, num raio de 6 a 9 milhas, não excedem de 120 ou 130 homens, na maioria camponeses ignorantes e grosseiros; ...".

@ pg. 46:

"§ 21.º - O FORTE DO RIO GRANDE CHAMADO DOS TRÊS REIS MAGOS - Da cidade do Rio Grande ao forte chamado os Três Reis Magos há apenas a distância duma pequena meia milha, ...".

(Laet, 1637) - Descrição da costa do noroeste de Brasil entre Pernambuco e Rio Camocipe, do Relatório dos brasilianos, depoimento prestado antes de 1633, ano da tomada desse forte pelos neerlandeses, pg. 137:

"A cinco léguas de Pirangi há um grande rio: Rio Grande, e em brasiliano chama-se Potengi;1 onde na entrada a beira do rio e do lado de Pirangi está uma fortaleza construída de pedra com uma guarnição de 40 soldados e 9 peças de metal. ... Perto dela há uma aldeia de oito casas de portugueses, além da igreja. Também há aqui um engenho de açúcar, com cinco portugueses e alguns negros. Aqui há muito gado por causa das boas pastagens. Lá cultivam muito gengibre, que chamam mangaratay. Estes brasilianos julgam que é possível conquistar Rio Grande com seis a oito navios e iates, uma vez que os portugueses não contam com amigos entre os brasilianos mais ao norte; ...

1 No manuscrito: Poterug.

2 Ver [223]: Declaração de Assuerus Cornelisz, preso na Paraíba de 14 de outubro de 1625 até 16 de maio de 1628.".

(Nieuhof, 1682):

@ pg. 87:

"Acima do rio, há uma cidade de pequena importância, denominada Amsterdam.".

@ pg. 88:

"Ainda um pouco mais ao norte encontra-se o rio Ceará Mirim, e perto da aldeia de Natal e do forte dos Reis passa um rio conhecido por Rio da Cruz que nasce de um pequeno lago no Rio Grande.".

(Câmara Cascudo, 1947), Capítulo II - FUNDAÇÃO E NOMES DA CIDADE:

@ pg. 29-30-31:

"Nasce a Cidade do Natal do Rio Grande. Por que Cidade do Natal?

O visconde de Porto Seguro ensina: "... se chamou do Natal, em virtude sem dúvida de se haver inaugurado o seu pelourinho ou a sua igreja matriz no dia 25 de dezembro desse ano da fundação" (1599). Vicente de Lemos decide: "A 25 de dezembro do mesmo ano (1599), Jerônimo de Albuquerque, saindo da fortaleza, na distância de meia légua, num terreno elevado e firme, que já se denominava Povoação dos Reis, demarcou o sítio da cidade que recebeu o nome de Natal, em honra desse glorioso dia, que assinala no mundo da cristandade o nascimento do divino Redentor". Frei Jaboatão (1768): "... vencidos os índios da terra... se deu princípio à povoação ... e foi honrada a tal povoação cidade do Natal, porque pela festa do nascimento do Senhor se fez este ano, no ano de 1599". Aires do Casal (1817): "... teve oportunidade de lançar os fundamentos à cidade Natal, que tomou este nome por se encontrar a inauguração da sua matriz, com a festividade do nascimento do Nosso Salvador em 1599". Milliet de Saint Adolphe: ". . .pôs o nome de Natal por coincidir a inauguração da igreja que ali fez edificar com a festividade de Nosso Senhor do ano de 1599". Rocha Pombo, História do Rio Grande do Norte, "Dentro de poucos meses estava mudada a povoação, e pronta a capela, que foi inaugurada em dezembro do mesmo ano (1599) dizendo-se a primeira missa com toda solenidade no dia 25: circunstância que se aproveitou para dar à vila o nome de Natal". Tavares de Lira, História do Rio Grande do Norte: "Esta povoação tomou, em 25 de dezembro do mesmo ano (1599), o nome de cidade de Natal". Rafael Galanti (1911): "... uma povoação... que chamou Natal, talvez porque inaugurou o seu pelourinho ou a sua igreja matriz no dia 25 de dezembro de 1598 ou 99". Frei Agostinho de Santa Maria (1722): "... uma povoação... a que deram o nome de Cidade do Natal, que brevemente foi levantada com título de cidade". São as fontes mais comuns e tradicionais.".

@ pg. 33:

"A Cidade do Natal sempre se chamou assim? O auto de repartição das terras, em fevereiro de 1614, declara, sisudo: Cidade do Natal do Rio Grande. Os holandeses falam, quase unanimemente, na aldeia ou cidade do Natal. A carta geográfica de George Marcgrave registou Natal assim como os mapas de Johannes Vingboons, duas autoridades decisivas na espécie.

Houve nome anterior deixando vestígio na história e cartografia erudita. Cidade dos Reis. ...

Também apareceu Cidade Nova. O Lapie de 1814 cita Ciudad Nova ou Natal e se decidiu pela última na edição de 1820.

Surgiu a Cidade de Santiago em vez do Natal. Capistrano de Abreu escreveu: "Melchior Estácio do Amaral, historiador do naufrágio da nau "S. Iago", diz que chamava-se cidade de Santiago a que se fundava no Rio Grande e tinha três casas de pedra e cal". Robert Southey, fiado na mesma letra, dissera semelhantemente: "Recebera ele instruções para fundar ali uma vila, que, tendo a ordem emanado do governo espanhol, foi posta debaixo do padroado de Santiago, e chamada do mesmo nome, mas depois da revolução, reputando quiçá os portugueses aquele santo por demais votado aos interesses da Espanha, privaram-se do seu protetorado, chamando Três Reis a povoação". Southey, para maior confusão, cita João Rodrigues Colaço como encarregado de fundar o Forte dos Reis Magos.

Durante o domínio holandês Natal passou a ser New Amsterdam, Nova Amsterdã, ou simplesmente Amsterdã. Joan Nieuhof, contemporâneo dos fatos, ensina: "Acima do Rio (Rio Grande) há uma cidade de pequena importância denominada Amsterdã".

Aires do Casal, em 1817, descobriu outro nome, Natalópolis. Diz a sua Corografia Brasílica, 2, 161: — Natal, Natalópolis, que se acha às vezes na história com o nome Cidade dos Reis...".

@ pg. 31:

"E a situação da cidade, sua posição geográfica? A coordenada da rua Grande, praça André d'Albuquerque, onde se fundou a cidade, foi levantada em 1903 pelos comandantes A. Silvado e C. Castro: — Latitude, 5o 46' 41" S; Longitude, 35° 12' 24" WG. Não tivemos outra cidade além da que se ergueu na rua Grande.

(Câmara Cascudo, 1956):

@ pg. 232:

"A cidade do Natal contava trinta e oito chãos para construir. Seis anos antes dom Diogo de Menezes, em carta escrita do Recife a 4 de dezembro de 1608, informava ao Rei que a povoação está feita mas não tem gente. Em 1630 o brabantino Adriano Verdonck encontrara a Cidade do Rio Grande chamada Cidade do Natal com cerca de 25 a 40 casas de palha e barro. Os habitantes abastados viviam nos arredores, vindo apenas à missa dominical. Num raio de seis a nove milhas não excediam de 120 a 130 moradores. A vida estava disseminada mas não havia centros de coesão porque a pecuária é dispersiva.".

@ pg. 245 :

"Na margem direita do Potengi, pouco mais de dois quilômetros da barra, fundaram, a 25 de dezembro de 1599, a CIDADE DO NATAL DO RYO GRANDE (68).

O brabantino Adriano Verdonck visitou a "Cidade do Rio Grande chamada Cidade de Natal" em princípios de 1630.

...

(68) Na Praça André de Albuquerque, antiga Rua Grande, onde a Cidade de Natal se fundou, ...".

(Medeiros, 1997):

@ O LITORAL POTIGUAR EM 1628, SEGUNDO GASPAR PARAUPABA E OUTROS INDÍGENAS, comentando o documento acima citado, de outra fonte (tradução), pg. 16-17-19:

"Aos 20 de março de 1628, cinco indígenas brasileiros compareceram perante o notário Kilian van Renselaer, com a finalidade de prestarem informações detalhadas da costa nordestina brasileira, aos seus amigos neerlandeses. No tocante ao litoral da Capitania do Rio Grande, aqueles silvícolas assim o descreveram (1):

...

Potiug ou Rio Grande, um grande rio com um castelo sobre a costa (este, bem próximo da margem, provido de nove canhões de metal e 40 soldados. Um lugarejo com 8 casas e uma igreja, habitado por gente do engenho de açúcar, a saber: 5 portugueses e alguns negros. Os navios podem chegar muito perto do castelo. Isto está a 5 léguas de Pirangu.'

O rio Potengi, em cuja barra fora construída a fortaleza dos Santos Reis Magos. O lugarejo correspondia a Natal.

...

Os cinco indígenas autores dessas informações, chamavam-se: Gaspar Paraoupaba, do Ceará, 50 anos; Andreus Francisco, também do Ceará, 32 anos; Píeter Poty, Antony Francisco e Lauys Caspar, todos eles moradores em Baia da Traição, na Paraíba.

(1) GERRITSZ, Hessel • Jornaux et Nouvelles, etc,, pp. 171-173.".

(Emerenciano, et alii, 2007) trata de muitos aspectos históricos da cidade de Natal.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Natal (cidade)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Natal_(cidade). Data de acesso: 4 de maio de 2024.


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