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R. das pedras (riacho)

De Atlas Digital da América Lusa

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►(Barléu, 1647), pg. 222, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:
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[[(Barléu, 1647)]], pg. 222, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:
  
 
"Viram-se aí, perto do rio Poesapaíba (292), árvores grandes e barrigudas como pipas, finas em baixo, junto à raiz, e em cima, onde se espalham em forma de coroa (293), e com o seu estranho aspecto detinham elas os holandeses.".
 
"Viram-se aí, perto do rio Poesapaíba (292), árvores grandes e barrigudas como pipas, finas em baixo, junto à raiz, e em cima, onde se espalham em forma de coroa (293), e com o seu estranho aspecto detinham elas os holandeses.".
  
Nota de Ferri, Mário G. :
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► Notas de Ferri, Mário G., in [[(Barléu, 1647)]], pg. 392 :
  
 
"(292) A tradução holandesa dá para correspondente deste rio (Poesapaiba) Rio das Pedras: "Hier, aan de rivier Rio das Pedras, kommen boomen voor, groot en vuikig op de manner van een vat ... " (página 280).
 
"(292) A tradução holandesa dá para correspondente deste rio (Poesapaiba) Rio das Pedras: "Hier, aan de rivier Rio das Pedras, kommen boomen voor, groot en vuikig op de manner van een vat ... " (página 280).
  
"(293) Estas árvores, vulgarmente conhecidas por barrigudas do sertão e embira-tanhas, são características da caatinga. Delas trata Filipe von Luetzelburg (Estudo botânico do Nordeste, I, 48) : "A vegetação (em Porto Azul, às margens do Rio das Fêmeas) em geral tomava novamente o caráter típico dos agrestes e onde se mesclavam continuamente barrigudas, que, exatamente nestas paragens, formavam matas gigantescas, expandindo-se tanto nas baixadas como nas elevações. Encontramos entre elas exemplares enormes, superiores a 20 metros de altura, com um diâmetro de 4 metros, e isto de ambas as espécies: da Clorisia e da Cavanillesia, respectivamente a barriguda espinhenta e a barriguda lisa". Pertencem às Malváceas (Bombáceas) e até agora se conhecem três espécies: a barriguda de espinho (CHORISIA VENTRICOSA de Nees e Mart.; CHORISIA CRISPIFLORA H. B. K.); a barriguda lisa (CAVANILLESIA ARBOREAK. Schumann), e uma terceira espécie ainda mal determinada, que Zehntner encontrou no sul da Baia. A. barriguda de espinho tem o tronco intumescido no meio, com uma circunferência que atinge o triplo da base, dando-lhe urna conformação tonelar. {Veja-se o autor supracitado (pág. 74) e também A. J. de Sampaio, Fitogeografia do Brasil, p. 106). ".
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"(293) Estas árvores, vulgarmente conhecidas por barrigudas do sertão e embira-tanhas, são características da caatinga. Delas trata Filipe von Luetzelburg (Estudo botânico do Nordeste, I, 48) : "A vegetação (em Porto Azul, às margens do Rio das Fêmeas) em geral tomava novamente o caráter típico dos agrestes e onde se mesclavam continuamente barrigudas, que, exatamente nestas paragens, formavam matas gigantescas, expandindo-se tanto nas baixadas como nas elevações. Encontramos entre elas exemplares enormes, superiores a 20 metros de altura, com um diâmetro de 4 metros, e isto de ambas as espécies: da Clorisia e da Cavanillesia, respectivamente a barriguda espinhenta e a barriguda lisa". Pertencem às Malváceas (Bombáceas) e até agora se conhecem três espécies: a barriguda de espinho (CHORISIA VENTRICOSA de Nees e Mart.; CHORISIA CRISPIFLORA H. B. K.); a barriguda lisa (CAVANILLESIA ARBOREAK. Schumann), e uma terceira espécie ainda mal determinada, que Zehntner encontrou no sul da Baia. A. barriguda de espinho tem o tronco intumescido no meio, com uma circunferência que atinge o triplo da base, dando-lhe urna conformação tonelar. Veja-se o autor supracitado (pág. 74) e também A. J. de Sampaio, Fitogeografia do Brasil, p. 106). ".
  
([[Câmara Cascudo]], 1956), comentando o [[BQPPB]] baseado na entrada de Elias Herckmans, pg. 224:
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], comentando o [[BQPPB]] baseado na entrada de Elias Herckmans, pg. 224:
  
 
"Daí, furando descampados, à Tamoatamiri (Tamuatá-mirim), curral de Antonio de Sauedo (Azevedo), rio das Pedras, descansando numa propriedade de Duarte Gomes da Silveira, de onde saiu, rumando o oeste, ao longo do Mongagauba (Mamanguape), pelos currais de Domingos Pires, riacho do Asecé, ladeando a lagoa da Cruz, pelo curral de Antônio Pento (Bento), atravessando o rio Tatuimambuco, lagoa de Piracupu, rio Caranbi, rio Ibitirapoá, pelas fraldas das serras, passando o Arassaohoh (Arassaí, Arassagi, afluente esquerdo do Mamanguape).".
 
"Daí, furando descampados, à Tamoatamiri (Tamuatá-mirim), curral de Antonio de Sauedo (Azevedo), rio das Pedras, descansando numa propriedade de Duarte Gomes da Silveira, de onde saiu, rumando o oeste, ao longo do Mongagauba (Mamanguape), pelos currais de Domingos Pires, riacho do Asecé, ladeando a lagoa da Cruz, pelo curral de Antônio Pento (Bento), atravessando o rio Tatuimambuco, lagoa de Piracupu, rio Caranbi, rio Ibitirapoá, pelas fraldas das serras, passando o Arassaohoh (Arassaí, Arassagi, afluente esquerdo do Mamanguape).".
  
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* Nota: Câmara Cascudo, nos seus comentários sobre o [[BQPPB]], inverteu os sentidos de ida e de regresso da entrada de Herckmans.
  
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►[[(Medeiros, 1989)]], Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 10:
  
'''Nota:'''
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"No mapa de Marcgrave, o Poesapaíba aparece sob a denominação de Rio das Pedras, afluente- do Mamanguape, antes do então chamado curral de Duarte Gomes da Silveira, todos no atual município paraibano de Araçaji.".
  
Camara Cascudo, nos seus comentários sobre o [[BQPPB]], inverteu os sentidos de ida e de regresso da entrada de Herckmans.
 
 
►(Medeiros, 1989), , Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 10:
 
 
"No mapa de Marcgrave, o Poesapaíba aparece sob a denominação de Rio das Pedras, afluente- do Mamanguape, antes do então chamado curral de Duarte Gomes da Silveira, todos no atual município paraibano de Araçaji.".
 
  
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 19h46min de 2 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] R. das pedras

Riacho afluente m.e. do 'Mongaguaba' (Rio Mamanguape).


Natureza: riacho.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Nomes históricos: R. das pedras (Rio das Pedras), Poesapaíba.


Nomes atuais:

Riacho Saquaíba, no alto curso;

Riacho Salgado, no baixo curso.

Vide mapa IBGE Geocódigo 2509107 Mulungu-PB.

[editar] Citações

(Barléu, 1647), pg. 222, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:

"Viram-se aí, perto do rio Poesapaíba (292), árvores grandes e barrigudas como pipas, finas em baixo, junto à raiz, e em cima, onde se espalham em forma de coroa (293), e com o seu estranho aspecto detinham elas os holandeses.".

► Notas de Ferri, Mário G., in (Barléu, 1647), pg. 392 :

"(292) A tradução holandesa dá para correspondente deste rio (Poesapaiba) Rio das Pedras: "Hier, aan de rivier Rio das Pedras, kommen boomen voor, groot en vuikig op de manner van een vat ... " (página 280).

"(293) Estas árvores, vulgarmente conhecidas por barrigudas do sertão e embira-tanhas, são características da caatinga. Delas trata Filipe von Luetzelburg (Estudo botânico do Nordeste, I, 48) : "A vegetação (em Porto Azul, às margens do Rio das Fêmeas) em geral tomava novamente o caráter típico dos agrestes e onde se mesclavam continuamente barrigudas, que, exatamente nestas paragens, formavam matas gigantescas, expandindo-se tanto nas baixadas como nas elevações. Encontramos entre elas exemplares enormes, superiores a 20 metros de altura, com um diâmetro de 4 metros, e isto de ambas as espécies: da Clorisia e da Cavanillesia, respectivamente a barriguda espinhenta e a barriguda lisa". Pertencem às Malváceas (Bombáceas) e até agora se conhecem três espécies: a barriguda de espinho (CHORISIA VENTRICOSA de Nees e Mart.; CHORISIA CRISPIFLORA H. B. K.); a barriguda lisa (CAVANILLESIA ARBOREAK. Schumann), e uma terceira espécie ainda mal determinada, que Zehntner encontrou no sul da Baia. A. barriguda de espinho tem o tronco intumescido no meio, com uma circunferência que atinge o triplo da base, dando-lhe urna conformação tonelar. Veja-se o autor supracitado (pág. 74) e também A. J. de Sampaio, Fitogeografia do Brasil, p. 106). ".

(Câmara Cascudo, 1956), comentando o BQPPB baseado na entrada de Elias Herckmans, pg. 224:

"Daí, furando descampados, à Tamoatamiri (Tamuatá-mirim), curral de Antonio de Sauedo (Azevedo), rio das Pedras, descansando numa propriedade de Duarte Gomes da Silveira, de onde saiu, rumando o oeste, ao longo do Mongagauba (Mamanguape), pelos currais de Domingos Pires, riacho do Asecé, ladeando a lagoa da Cruz, pelo curral de Antônio Pento (Bento), atravessando o rio Tatuimambuco, lagoa de Piracupu, rio Caranbi, rio Ibitirapoá, pelas fraldas das serras, passando o Arassaohoh (Arassaí, Arassagi, afluente esquerdo do Mamanguape).".

  • Nota: Câmara Cascudo, nos seus comentários sobre o BQPPB, inverteu os sentidos de ida e de regresso da entrada de Herckmans.

(Medeiros, 1989), Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 10:

"No mapa de Marcgrave, o Poesapaíba aparece sob a denominação de Rio das Pedras, afluente- do Mamanguape, antes do então chamado curral de Duarte Gomes da Silveira, todos no atual município paraibano de Araçaji.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "R. das pedras (riacho)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/R._das_pedras_(riacho). Data de acesso: 9 de maio de 2024.


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