Edição de 13h20min de 8 de janeiro de 2013

S. Chri∫tophle

Natureza: igreja

Mapa: PRÆFECTURA DE CIRÎÎĬ, vel SEREGIPPE DEL REY cum Itâpuáma

Capitania: CIRÎÎĬ

Igreja na m.e. e próxima à foz do 'Çirĩjĩ' (Rio Sergipe), junto a 'Os coqueiros' (cidade de Barra dos Coqueiros-SE)..

Nomes históricos: S. Chri∫tophle; São Cristovão.

Nome atual: ...

Possivelmente:

- é a igreja matriz (católica) da cidade de Barra dos Coqueiros-SE;

- era denominada em 1875 de Capela de Nossa Senhora dos Mares da Barra dos Coqueiros.

Citações

►Mapa SE (Albernaz, 1612) SIRIGIPE DEL REI, tem escrito no quadro de legendas, 'C - povoação velha', mas não consigo localizar essa letra na imagem do mapa que disponho - possivelmente estaria na posição do 'S. Chri∫tophle' do BQPPB.

►(Moreno, 1612), discorrendo sobre a CAPITANIA DE SERIGIPE DEL REY, pg. 50:

"Tem o Rio Sergipe uma povoação de casas de taipa cobertas de palha pequena, a qual chamam a cidade de saõ Cristovaõ; primeiro foi fundada no ponto A que se vê na carta desta capitania, a folha ..., depois a fundaram no ponto C, e logo daí a pouco anos a situaram no ponto D, despovoando-se as demais, e com tudo até hoje não tem tomado por assento por que cada um dos moradores, como que de governança, logo trata de levar a cidade à porta do seu curral; no ponto A já nomeado estão as ruínas de um forte que fez Cristovaõ de Barros para guarda da barra, e como de feito se houvera outros cômodos, aquele (como se vê) é sítio para passagem dos que caminham a Pernambuco, e dos que vêm de mar em fora; o segundo lugar no ponto C, donde a povoação a segunda vez se passou, tinha mais comodidade para a vivenda dos moradores, e vigiando a costa, mas com tudo fica sendo a pior eleição, porquanto estão no Rio de vaza barris, que tem pior barra, e por necessidade se passarão mais pela terra adentro no ponto D, ficando mais perto de suas fazendas, porem no Rio Sergipe no ponto D entrou a nau de grauiel soares e é melhor porto tomado em conjunção todos os desta capitania, que não saem ao presente mais que de barcos.".

►(Câmara Cascudo, 1956):

@pg. 131:

"Fundara-se Santa Luzia mas a guerra, apregoada oficialmente em 1589, levou um mundo de gente ávida, sob a direção de Cristóvão de Barros, bastardo de Antônio Cardoso de Barros que os índios haviam devorado com o Bispo Sardinha. Toda vanguarda escapou de ser destroçada pelo chefe Mpapeva ou Bapeba, talvez Mboipeba, a cobra chata, numa batalha que se feriu na várzea do Itaporanga ou Vasa-Barris. Dobrado o indígena, funda-se, à foz do Cirigipe, sobre o istmo que perto do mar forma ai o desague do Poxim (Varnhagen) um forte, com arraial derredor, a cidade de São Cristóvão, sede social, de onde irradiam as sesmarias, começando, de abril de 1590, no rumo da barra do S. Francisco, inicialmente.".

@ pg. 132:

"São Cristóvão, arraial na dupla homenagem ao homem e ao carregador de Cristo, mudou duma para outra margem do rio.".

@ pg. 145:

"Pelo litoral, sem recursos duráveis, a morada é fortuita. Nenhum sinal de gente na Ilha dos Pássaros (Reygers eylandt) no braço do S. Francisco, antes de Guaratiba. Daí, até S. Christophle, é o areal. ".

@ pg. 146-147:

"Duas indicações de povoações antes de S. Cristóvão, e, depois um rio que se lança no Ciriji, o Paramiri.".

Notas:

1) o ponto A no mapa acima citado é 'A - o forte velho', plotado na m.d. e junto á foz do Rio Sergipe, e o ponto D é 'D - povoação nova a que chamaõ Cidade de S. Cristovaõ', plotada na m.d. de afluente m.e. do Rio de Vazabaris;

2) a explanação de Moreno, ainda que dificil de interpretar no seu português arcaico, parece indicar que a posição do ponto C coincide com 'S. Chri∫tophle' do BQPPB. Outro indício é o nome Santa Luzia, nome atual da grande ilha (Ilha dos Coqueiros) formada pelo rio Pomonga.

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