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S. Co∫mo (engenho/Mongaguaba)

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S. Co∫mo (engenho/Mongaguaba)

Geometria

Coleção Levy Pereira


S. Co∫mo


Natureza: engenho de bois

com igreja


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ


Capitania: PARANAMBVCA

Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Mongaguaba' (Rio Manguaba).

Também está situado na m.e. da levada do 'Maciá' para o 'Monganguaba'.

Jurisdição: Vila do Bom Sucesso do Porto Calvo.


Nomes históricos: Engenho São Cosmo (S. Co∫mo; S. Cosmo); Engenho do Morro (Mosso); Engenho Conceição; Engenho Conceição do Morro; Engenho dos Inocentes (InnocԐntis).


Nome atual: Engenho Conceição.

Informação obtida no mapa IBGE Geocódigo 2707305 Porto Calvo-AL.

Citações

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. dos InnocԐntis'.

Notas:

1) O mapa #40:

- plota esse engenho na posição do 'S. Co∫mo' do BQPPB;

- também plota o símbolo de um engenho, sem nome, o 'Alpoins' do BQPPB;

- não plota a igreja ou capela situada entre esses engenhos, a 'Innocentis' do BQPPB;

- também o coloca à margem de uma levada do 'Rº. Masiapĭ' ('Maciá' do BQPPB) ao 'Rº. Mangoanĭ' (atual Rio Manguaba).

2) Vide 'Innocentis'.

►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado com o símbolo de engenho (círculo pequeno), 'S. Cosmo', na m.e. do 'Mongaguaba' (Rio Manguaba) - e na m.d. do rio 'Macia', onde deveria estar a levada (vide 'Maciá), mais uma falha de Orazi nesse mapa.

►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 80:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Em Porto Calvo

3, de Rodrigo de Barros Pimentel;".

►(Dussen, 1640), pg. 161:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Porto Calvo

108) Engenho do Morro, pertencente a Rodrigo de Barros Pimentel. São lavradores:

Pero Ferreira da Silva 35 tarefas

Julião de Lima 4

Gonçalo Domingos 4

----- 
43 tarefas".

►(Calado, 1648), Volume 1, Livro Primeiro, Capítulo III, pg. 71 narra um incidente nos embates com os neerlandeses, no ano de 1636, no Engenho do Morro:

"O inimigo partiu da povoação, e ao ponto da meia noite chegou ao Morro, e prendeu a Baltasar Leitão de Holanda, e a Julião de Araújo, aos quais achou em casa, e apertando com eles com ameaços de tratos, e tormentos, para que declarassem aonde tinham suas famílias, e fazenda; e negando eles dizendo que o não sabiam, por não se deterem ali muito, e perderem a ocasião da noite, os amarraram e com eles presos se partiram logo para o Escurial para ali prenderem a Manuel Camelo de Quiroga, e a seu genro Miguel Bezerra, e os que com eles estivessem, e mandá-los enforcar a todos juntos. E mandaram diante uma sentinela a descobrir o caminho, a qual foi morta por os nossos.".


Nota: o mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 acima citado tem o caminho (atalho) entre os engenhos Morro e Escurial, passando pelo dos Alpões, desenhado assi como o que interliga a povoação de Porto Calvo ao Morro. Este último também cosnta no BQPPB.

►(Broeck, 1651), relatando eventos de 19 e 20 de Setembro de 1645, pg. 46:

"19. — Partimos acompanhados de duas companhias de camponeses, e pelas 11 da noite chegamos ao engenho de Rodrigo de Barros, depois de havermos vingado trinta e dois bons montes e nove boas léguas. Em dito engenho tomamos pouso durante o seguinte dia.".

►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 241:

"Engenhos da Vila do Bom Sucesso do Porto Calvo

- Que o engenho do Morro, de Rodrigo de Barros, pagava a doze arrobas de branco, encaixado, posto no passo.".

►(Diegues Jr., 1949):

@ pg. 29-30:

"Passamos a examinar os elementos em que se apóia a afirmativa de terem sido os três restantes os engenhos Maranhão, Baixo e do Morro. O último vem registrado em Borges da Fonseca como «Mosso», pertencente a Rodrigo de Barros Pimentel, o que é, indiscutivelmente, truncamento de copista. O engenho de Rodrigo de Barros é o Morro, célebre no período holandês, conforme documentos da época.

O primeiro proprietário do Morro, de que há notícia, é Antônio de Barros Pimentel, português, tronco da família Barros Pimentel, seguindo-se-lhe seu filho Rodrigo, o velho, que viveu durante a luta contra os holandeses e «serviu ao Rei e à Pátria». Considerando o casamento de Rodrigo de Barros com uma neta de Cristóvão Lins, é possível admitir-se que ele tenha herdado o Morro.

Em 1639 o Morro pertencia a Rodrigo de Barros Pimentel, como se vê do relatório de van der Dussen, e tinha como lavradores Pedro Ferreira da Silva, Julião de Lima e Gonçalves Domingos.".

@ pg. 67-68:

"Dos demais engenhos conseguimos todos os elementos identificadores, não sendo, por isso, difícil reconstituir sua evolução. Dos dois de Rodrigo de Barros Pimentel, um — o do Morro — ainda hoje existe. Foi uma das vastas sesmarias do norte alagoano, e é ainda uma propriedade de grande extensão. Seu nome aparece na crônica holandesa em várias ocasiões, inclusive em episódios românticos como o do rapto da filha de Rodrigo de Barros Pimentel. No século passado era conhecido como «sesmaria da Conceição do Morro», conforme um documento de demarcação existente no cartório de Porto Calvo, e do qual possuímos cópia.".

►(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 196:

"(68) Rodrigo de Barros Pimentel, casado com D. Jerônima de Almeida, era senhor dos Engenhos de Morro e de Santo Antônio. Veja-se nota (23) à "Breve Relação do Estado de Pernambuco" por Auguste de Quelem neste volume. ".


Citação deste verbete

Autor do verbete: Levy Pereira

Como citar: PEREIRA, Levy . "S. Co∫mo (engenho/Mongaguaba)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Co%E2%88%ABmo_(engenho/Mongaguaba). Data de acesso: 3 de maio de 2024.



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