Ações

Steenen (monte)

De Atlas Digital da América Lusa

(Diferença entre revisões)
(Criou página com 'Coleção Levy Pereira Steenen '''Natureza:''' monte (pedras) '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRA...')
 
 
(5 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas)
Linha 1: Linha 1:
[[File:colecao_levy.png|link=Coleção_Levy_Pereira|Coleção Levy Pereira]]
+
{{Levy}}
  
  
  
Steenen
+
====Steenen====
  
 +
Rochas com o formato altares, na '[[COPAĬBA]]'.
  
  
'''Natureza:''' monte
+
'''Natureza:''' monte; (pedras).
  
(pedras)
 
  
 +
'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]].
  
  
'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]]
+
'''Capitania:''' PARAIBA.
  
  
 
+
'''Nome histórico:''' Steenen.
'''Capitania:''' PARAIBA
+
 
+
Rochas com o formato altares, na 'COPAĬBA'.
+
 
+
''Nome histórico:''' Steenen.
+
 
+
  
  
 
'''Nome atual:''' ainda não localizadas.
 
'''Nome atual:''' ainda não localizadas.
  
Nosso posicionamento é probabilístico e com alto grau de incerteza.
+
O georreferenciamento adotado para esse topônimo, neste estudo, é probabilístico com alto grau de incerteza.
  
 
====Citações====
 
====Citações====
  
►Benjamin N. Teensma traduziu para o português, a nosso pedido:
+
►[[Benjamin N. Teensma]] traduziu para o português:
  
 
"Steenen: stenen = pedras.".
 
"Steenen: stenen = pedras.".
  
►(Barléu, 1647), pg. 223, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:
+
[[(Barléu, 1647)]], pg. 223, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:
  
 
"Viram outra vez pedras de desmesurada grandeza, amontoadas pela mão do homem, quais possui também na Holanda a região de Drent, para onde não se crê tenham podido ser carreadas nem transportadas por força humana por causa do seu volume. As tais pedras pareciam-se na forma com altares.  
 
"Viram outra vez pedras de desmesurada grandeza, amontoadas pela mão do homem, quais possui também na Holanda a região de Drent, para onde não se crê tenham podido ser carreadas nem transportadas por força humana por causa do seu volume. As tais pedras pareciam-se na forma com altares.  
Linha 41: Linha 36:
 
Chegaram depois à aldeia Guirarembuca, antiga habitação de índios, onde se observaram vestígios humanos. ".
 
Chegaram depois à aldeia Guirarembuca, antiga habitação de índios, onde se observaram vestígios humanos. ".
  
 +
►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 224, comentando o [[BQPPB]], e o trajeto da entrada de Elias Herckmans:
 +
 +
"Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".
  
  
 
'''Nota:'''
 
'''Nota:'''
  
A expedição encontrou rochas nos trechos do caminho percorrido entre:
+
Conforme o relato em [[(Barléu, 1647)]], a expedição encontrou rochas nos trechos do caminho percorrido entre:
  
 
1) 'Iuruparibacaĩ' (morro) e 'Guĩráobĩra' (aldeia),descritas como pedras redondas na pg. 223:
 
1) 'Iuruparibacaĩ' (morro) e 'Guĩráobĩra' (aldeia),descritas como pedras redondas na pg. 223:
Linha 51: Linha 49:
 
"Assim, evitados os pendores das montanhas, marcharam através de lugares mais chãos, onde viram duas pedras de moinho, perfeitamente redondas e de estupendo tamanho. Mediam 16 pés de diâmetro, mas era-lhes tão considerável a espessura que apenas a metade da pedra podia ser atingida pelas pontas dos dedos de um homem em pé no chão. Do centro surgia, num espetáculo admirável, um pé de caraguatá. Na grande ignorância destas cousas, não me será fácil dizer com que fim as teriam ali amontoado os bárbaros.";
 
"Assim, evitados os pendores das montanhas, marcharam através de lugares mais chãos, onde viram duas pedras de moinho, perfeitamente redondas e de estupendo tamanho. Mediam 16 pés de diâmetro, mas era-lhes tão considerável a espessura que apenas a metade da pedra podia ser atingida pelas pontas dos dedos de um homem em pé no chão. Do centro surgia, num espetáculo admirável, um pé de caraguatá. Na grande ignorância destas cousas, não me será fácil dizer com que fim as teriam ali amontoado os bárbaros.";
  
2) 'Guĩráobĩra' e 'Guĩràrembuca' ("antiga habitação de índios"), as na forma de altares acima citadas;
+
2) 'Guĩráobĩra' e 'Guĩràrembuca' ("antiga habitação de índios"), as na forma de altares na citação acima;
  
3) 'Guĩràrembuca' e o 'Capiĩnaguaba',  descritas como torres na pg.223-224:
+
3) 'Guĩràrembuca' e o 'Capiĩnaguaba',  descritas como torres nas pg. 223-224:
  
 
"Toparam logo limpidíssima torrente, a qual, por abastecer de água os portugueses que ali guerreavam outrora, se chamava Capiiraguaba (299), isto é, torrente da aguada dos cavalos. No vale, contemplavam todos atentamente dois rochedos elevados como tôrres redondas. Um deles, separado do monte, podia ser contornado; o outro, meio inserido e apoiado na montanha, lembrava o aspecto daquela obra que se vê em Leíde, no meio da cidade e à margem do Reno, construída pelos antigos saxões sob o comando de Engisto. Aqueles rochedos, porém, pareciam obra da natureza e não da arte. ".
 
"Toparam logo limpidíssima torrente, a qual, por abastecer de água os portugueses que ali guerreavam outrora, se chamava Capiiraguaba (299), isto é, torrente da aguada dos cavalos. No vale, contemplavam todos atentamente dois rochedos elevados como tôrres redondas. Um deles, separado do monte, podia ser contornado; o outro, meio inserido e apoiado na montanha, lembrava o aspecto daquela obra que se vê em Leíde, no meio da cidade e à margem do Reno, construída pelos antigos saxões sob o comando de Engisto. Aqueles rochedos, porém, pareciam obra da natureza e não da arte. ".
  
As assinaladas no [[BQPPB]] são as do segundo conjunto.
+
As 'Steenen' assinaladas no georreferenciamento do [[BQPPB]] são as do segundo conjunto.
  
►([[Câmara Cascudo]], 1956), pg. 224, comentando o [[BQPPB]], e o trajeto da entrada de Elias Herckmans:
 
  
"Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".
+
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}}
  
 +
{{Ref|nome=Levy|sobrenome=Pereira}}
  
{{citacao1}} Levy Pereira{{citacao2}} PEREIRA, Levy {{citacao3}}
+
[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 19h48min de 4 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Steenen

Rochas com o formato altares, na 'COPAĬBA'.


Natureza: monte; (pedras).


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Nome histórico: Steenen.


Nome atual: ainda não localizadas.

O georreferenciamento adotado para esse topônimo, neste estudo, é probabilístico com alto grau de incerteza.

[editar] Citações

Benjamin N. Teensma traduziu para o português:

"Steenen: stenen = pedras.".

(Barléu, 1647), pg. 223, relatando a entrada de Elias Herckmann pelos desertos da Copaoba:

"Viram outra vez pedras de desmesurada grandeza, amontoadas pela mão do homem, quais possui também na Holanda a região de Drent, para onde não se crê tenham podido ser carreadas nem transportadas por força humana por causa do seu volume. As tais pedras pareciam-se na forma com altares.

Chegaram depois à aldeia Guirarembuca, antiga habitação de índios, onde se observaram vestígios humanos. ".

(Câmara Cascudo, 1956), pg. 224, comentando o BQPPB, e o trajeto da entrada de Elias Herckmans:

"Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".


Nota:

Conforme o relato em (Barléu, 1647), a expedição encontrou rochas nos trechos do caminho percorrido entre:

1) 'Iuruparibacaĩ' (morro) e 'Guĩráobĩra' (aldeia),descritas como pedras redondas na pg. 223:

"Assim, evitados os pendores das montanhas, marcharam através de lugares mais chãos, onde viram duas pedras de moinho, perfeitamente redondas e de estupendo tamanho. Mediam 16 pés de diâmetro, mas era-lhes tão considerável a espessura que apenas a metade da pedra podia ser atingida pelas pontas dos dedos de um homem em pé no chão. Do centro surgia, num espetáculo admirável, um pé de caraguatá. Na grande ignorância destas cousas, não me será fácil dizer com que fim as teriam ali amontoado os bárbaros.";

2) 'Guĩráobĩra' e 'Guĩràrembuca' ("antiga habitação de índios"), as na forma de altares na citação acima;

3) 'Guĩràrembuca' e o 'Capiĩnaguaba', descritas como torres nas pg. 223-224:

"Toparam logo limpidíssima torrente, a qual, por abastecer de água os portugueses que ali guerreavam outrora, se chamava Capiiraguaba (299), isto é, torrente da aguada dos cavalos. No vale, contemplavam todos atentamente dois rochedos elevados como tôrres redondas. Um deles, separado do monte, podia ser contornado; o outro, meio inserido e apoiado na montanha, lembrava o aspecto daquela obra que se vê em Leíde, no meio da cidade e à margem do Reno, construída pelos antigos saxões sob o comando de Engisto. Aqueles rochedos, porém, pareciam obra da natureza e não da arte. ".

As 'Steenen' assinaladas no georreferenciamento do BQPPB são as do segundo conjunto.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Steenen (monte)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Steenen_(monte). Data de acesso: 6 de maio de 2024.


Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando

BiblioAtlas recomenda o ZOTERO

(clique aqui para saber mais)



Informar erro nesta página