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Potiiĩpeba ou Rio de Vazarbarries

De Atlas Digital da América Lusa

Potiiĩpeba ou Rio de Vazarbarries

Geometria

Coleção Levy Pereira


Potiiĩpeba ou Rio de Vazarbarries

'R. Vazabazes' no MBU.

Rio com barra no Oceano Atlântico, ao sul do 'Çirijĩ (CIRÎÎĬ)' (Rio Sergipe).


Natureza: rio.


Mapa: PRÆFECTURA DE CIRÎÎĬ, vel SEREGIPPE DEL REY cum Itâpuáma.


Capitania: CIRÎÎĬ.


Nomes históricos: Potiiĩpeba; Potihypeba; Rio de Vazarbarries; R. Vazabazes; R. vasabaris; Rº: vasabara:; Rio de Vazabaris; Rio de vazabarris; Cotegipe; Pitui; Pituhy; Irapiranga; Yrapiranga.


Nome atual: Rio Vaza Barris.

A foz é conhecida como Barra de São Cristóvão.


Toponímia:

(Guaraná, 1916):

@ pg. 304:

"COTEGIPE — Nome primitivo do Vasabarris na opinião do Doutor Joaquim José de Oliveira. Acuti — cotia; gy — rio; pe — no: no rio das cotias.".

@ pg. 318:

"PITUI (PITUHY) — Outro nome do Vasabarris na opinião de de alguns. Pitu-hy, rio de pitús, camarões.

...

POTIIPEBA (POTIHYPEBA) — Outro nome do rio Vasabarris, segundo Barleus. Poti — camarão; hy — rio; peba — raso: rio raso de camarões.".

@ pg. 328:

"IRAPIRANGA (YRAPIRANGA) — Outro nome do Vasabarris indicado pelo senador Cândido Mendes. Yrá por ybirá — madeira, pau; piranga — vermelho: o pau-brasil; ou irá por eíra — mel, abelha; piranga — vermelho.".

Citações:

►Mapa SE (Albernaz, 1626/1627) SIRIGIPE DEL REI, plotado, 'Rio de Vazabaris', barra assinalada coma letra H, 'H - Barra do Rio de vazabarris .muito perigoza.', ao sul do 'Rio Sirigipe del Rey', e ao norte do 'Rio Real'.

►Mapa BA (IAHGP-Vingboons, 1640) #36 CAPITANIA DO BAHIA DE TODOS SANCTOS, plotado, 'R. vasabaris', barra ao sul do 'R S' ou 'R Sergippe', e ao norte do 'R. RԐall' (Rio Real).

►Mapa Y-21 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Toore de Gracidave ende Rio Vassabara, plotado, 'Rº: vasabara:', ao norte do 'Rº: Riael:' (Rio Real).

(Sousa, 1587):

@ CAPÍTULO XXII - Em que se declara a costa do rio de Sergipe até o rio Real. pg. 67:

"Deste rio de Sergipe de que acima dissemos, a quatro léguas está outro rio, que se diz de Cotegipe, cuja boca é de meia légua, no meio da qual tem uma ilha em que tem umas moitas verdes, a qual ilha faz duas barras a este rio; pela do sul podem entrar navios de oitenta tonéis, porque no mais debaixo tem de fundo duas braças de baixamar, e mais para dentro tem cinco braças; pela barra do norte entram caravelões da costa. Tem este rio à boca da barra uns bancos de areia que botam meia légua ao mar. Por este rio se navega três léguas, que tantas entra a maré por ele acima, o qual é muito farto de peixe e marisco, cuja terra é sofrível para se poder povoar e no sertão dela tem grandes matas de pau-brasil.

Deste rio de Cotegipe ao rio de Pereira, a que outros chamam de Canafístula, são quatro léguas. Do qual até Sergipe faz a terra outra enseada, a que também chamam de Vazabarris, no seio da qual está o rio Cotegipe, de que já falamos, a que muitos chamam do nome de enseada. Do rio de Pereira a duas léguas está a ponta do rio Real, donde se corre a costa até Sergipe nor-nordeste su-sudoeste.".

(Moreno, 1612), pg. 49:

"Destas enseadas do Tapicuro e Vasa barris fogem todos os navios como da morte pela força com que as águas sempre chamam para terra a todo tempo de sorte que com pouco que aponte a ser travessia, quem se acha das pontas para dentro, não podendo ganhar nada de necessidade há de varar em terra, porque nem há lugar de estar sobre amarra, que todo fundo é sujo, e logo se cortam, e assim se tem perdido nestas paragens muitos navios.".

(Câmara Cascudo, 1956):

@pg. 131:

"Um corolário baiano é a conquista de Sergipe. A luta preliminar se feria contra os tuixauas Surubi, no Vasa-Barris, submetendo-se Apiripé, e mesmo o Ferrão de Siri, Cerigipe, na tradução fantasiosa de Varnhagen. Cirigipe é o rio-dos-Ciris. Fundara-se Santa Luzia mas a guerra, apregoada oficialmente em 1589, levou um mundo de gente ávida, sob a direção de Cristóvão de Barros, bastardo de Antônio Cardoso de Barros que os índios haviam devorado com o Bispo Sardinha. Toda vanguarda escapou de ser destroçada pelo chefe Mpapeva ou Bapeba, talvez Mboipeba, a cobra chata, numa batalha que se feriu na várzea do Itaporanga ou Vasa-Barris. ".

@ pg. 143:

"Barléu reduz a PRAEFECTURA DE CIRII VEL SEREGIPPE DEL REY às terras compreendidas entre o S. Francisco (Parapitinga) e o Vasa-Barris (Potiipeba). Seu limite ao sul não será o Rio Real como era de esperar, varias vezes assaltado, mas o Vasa Barris, na latitude Sul de 11°, 8'. O Vasa Barris é ainda o Potiipeba, o rio dos camarões chatos, que Armindo Guaraná traduz rio raso dos camarões, também conhecido por Irapiranga. Tiveram aí os holandeses um Fortim, que o mapa esqueceu de registrar. Pelo Vasa Barris até a serra da Migueba (Miaba) no município de Campo do Brito, tem-se o limite expansionista da geografia holandesa em Sergipe e fixada em Marcgrave e Barléu.

Os caminhos partem de S. Cristóvão em várias direções. Para Santa Maria, para S. Gonçalo, para Sirigi del Rei. Sobem até margens do Vasa-Barris.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Potiiĩpeba ou Rio de Vazarbarries". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Potii%C4%A9peba_ou_Rio_de_Vazarbarries. Data de acesso: 25 de abril de 2024.


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