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S. Antº (povoação)

De Atlas Digital da América Lusa

Coleção Levy Pereira


S. Antº

Povoação na m.d. do 'Pirápáma' (Rio Pirapama).


Natureza: povoação.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nomes históricos: S. Antº (Santo Antônio; St. Antony; St. Antonÿ); Vila Nova de Santo Antônio; Santo Antônio do Cabo.


Nome atual: cidade de Cabo de Santo Agostinho-PE.

Citações

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotada como povoação, 'St. Antony', na m.d. do 'Rº. Piripama' (Rio Pirapama).

►Mapa Y-41 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Cabo St. Augustijn ende hoeck van Pommarel, plotada como povoação, 'St. Antonÿ', na m.e. do afluente sem nome do 'Rº Sanga∂o:' (Rio Jaboatão).

►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotada, 'S Antº.', na m.d. do 'Pirápamá' (Rio Pirapama).

(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 88:

"JURISDIÇÃO DE Olinda

...

As povoações desta jurisdição são em número de seis:

A vila de Marim de Olinda.

...

A povoação de Santo Antônio do Cabo. ...".

(Dussen, 1640), pg. 141:

"CIDADES DE PERNAMBUCO

Na Capitania de Pernambuco há as seguintes cidades: Vila Antiga de Igarassu, Vila de Marim de Olinda, Vila de Olinda, Maurícia, que abrange o Recife e Antônio Vaz, Vila Bela de Ipojuca, Vila Formosa de Sirinhaém, ao todo 5 cidades e mais as povoações como sejam: Muribeca, São Lourenço, Santo Antônio, Santo Amaro, etc., na jurisdição de Olinda, Una na jurisdição de Sirinhaém, além das povoações de Porto Calvo, das Alagoas do Norte, das Alagoas do Sul, das quais algumas delas são como pequenas cidades.".

(Margrave, 1640), ITINERÁRIO, pg. 199, informa que a povoação de Santo Antônio dista 1/2 h do Engenho Garapu ('Guaxapĩ' no BQPPB), e leva-se mais 1 3/4 h para se chegar ao Rio Tabatinga ('Tobatinga' no BQPPB; atual Riacho Congari).

(Hamel; Bullestrate; Bas - 1646), pg. 205:

"Na dita capitania há os seguintes tribunais judiciários, onde pelos escabinos é administrada a justiça, a saber: a câmara de escabinos de Igaraçu, da cidade Maurícia, de Vila Nova de Santo Antônio, cuja jurisdição foi criada por nós recentemente e desmembrada da de Maurícia, de Serinhaém, de Porto Calvo, das Alagoas e do Rio São Francisco, em número de sete, segundo as cidades e aldeias que ali estão fundadas, apesar de, além destas, ainda existirem alguns lindos lugarejos e povoações que pertencem às mencionadas jurisdições e nelas são julgados os casos, como São Lourenço, Várzea, Santo Amaro, Muribeca, Ipojuca, Una e outras freguesias situadas mais ao sul (1).

(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 292, Nota (1) acima citada:

"(1) A vila de Santo Antônio do Cabo estava subordinada, no período anterior à ocupação holandesa, à jurisdição da Câmara de Olinda; os holandeses deram-lhe autonomia judiciária, criando a sua Câmara de Escabinos, com o respectivo Escolteto, por decisão do Alto e Secreto Conselho em 26 de junho de 1642. Compuseram a primeira Câmara: Gaspar van der Ley, Paulus Vermeulen, Albert Gerritsz Wedda, Hendrick Hondius, Filipe Paes Barreto, Amador de Araújo e Francisco de Sousa Bacelar. O Escolteto era Allard Hol. Na jurisdição da nova Câmara foram incluídas as freguesias de Ipojuca e Muribeca, mas a Vila de Muribeca propriamente dita e os quatro engenhos, Novo, Guararapes, São Bartolomeu e Santo André permaneceram sob a dependência da Câmara da Cidade Maurícia, para onde havia sido transferida a sede do governo da Capitania: ARA, OWIC maço 69, dag. notulen de 26 de junho, 22 e 23 de julho de 1642.".

(Nieuhof, 1682), pg. 38:

"A Capitania de Pernambuco é das maiores e mais importantes do Brasil holandês. ... Divide-se ela em 11 distritos pequenos, habitados pelos portugueses a saber: a cidade de Olinda, Iguarassu, Recife, Muribeca, Santo Antônio, Ipojuca, Serinhaém, São Gonçalo de Una, Porto Calvo, Alagoas do Norte e Alagoas do Sul, dentre as quais Olinda e Iguarassu são as principais.

...

Santo Antônio encontra-se aproximadamente a 7 ou 8 milhas ao sul do Recife, perto do cabo de Santo Agostinho.".

(Pereira da Costa, 1903), Volume 7, Ano 1812, pg. 326-327:

"Dessa atividade industrial na localidade, e afluência de gente empregada nos seus trabalhos, surgiu um arraial centralmente disposto, em terreno acidentado, à margem direita do rio Pirapama, e que não muito longe apresentava o aspecto de um povoado, e já com uma capela dedicada a Santo Antônio, construída pelos moradores para as suas práticas religiosas e com um capelão para as dirigir, até que teve a povoação do Cabo, assim chamada por ficar situada nas proximidades do Cabo de Santo Agostinho, o predicamento de paróquia, mas em época desconhecida, si bem que, dentro do período dos primeiros anos do século XVII ou mesmo no dos últimos do XVI.

...

Enfim, o livro Razão do Estado do Brasil em 1612, escrito naquela época, e aqui mesmo entre nós, tratando da capitania de Pernambuco, e referindo-se Aos Vigários de fora, menciona o de Santo Antônio do Cabo, verificando-se, assim, que naquele ano, ou antes, em 1611 pelo me IOS, quando trata dos negócios da capitania, já a povoação do Cabo gozava do predicamento de paróquia, sob a invocação de Santo Antônio, e canonicamente provida, percebendo o seu respectivo pároco a ordinária de 73$900 anuais.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Antº (povoação)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Ant%C2%BA_(povoa%C3%A7%C3%A3o). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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