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N S dAiuda (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

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Há uma povoado, Apolônia, nesse local - vide mapa [[IBGE]] Geocódigo 2707701 RIO LARGO - AL.
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"Os três engenhos da lagoa do Norte estão situados no rio Mondaí, que despeja no mesmo lago pelo lado ocidental.  
 
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O primeiro ou o mais próximo pertence a Huybrecht e Jacob Cloet, e só tem a casa de purgar; tudo o mais está inteiramente arruinado (11). ".
 
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"(11)  É o Engenho Nossa Senhora da Ajuda: ver o Relatório antes citado e o Index das Notas de Vários Tabeliães de Lisboa 4 vols. (Lisboa 1931-49) III p. 115. ".
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"(11)  É o Engenho Nossa Senhora da Ajuda: ver o Relatório antes citado e o Index das Notas de Vários Tabeliães de Lisboa 4 vols. (Lisboa 1931-49) III p. 115. ".
  
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
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"Da mesma época do de Martins Ribeiro é o engenho Nossa Senhora da Ajuda, invocação religiosa do hoje engenho Mundaú, nome com que vem sendo conhecido desde muitas dezenas, senão centenas, de anos. O Mundaú ou Nossa Senhora da Ajuda data de quase o mesmo ano que o Nossa Senhora da Encarnação; a diferença talvez deva ser de dois a três anos.
 
"Da mesma época do de Martins Ribeiro é o engenho Nossa Senhora da Ajuda, invocação religiosa do hoje engenho Mundaú, nome com que vem sendo conhecido desde muitas dezenas, senão centenas, de anos. O Mundaú ou Nossa Senhora da Ajuda data de quase o mesmo ano que o Nossa Senhora da Encarnação; a diferença talvez deva ser de dois a três anos.
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(79) "A Igreja de N. S. da Ajuda no engenho Mundaú", in Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, vol. V, n° 1 — 1913.".
 
(79) "A Igreja de N. S. da Ajuda no engenho Mundaú", in Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, vol. V, n° 1 — 1913.".
  
([[Câmara Cascudo]], 1956), pg. 170:
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 170:
  
 
"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela.".
 
"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela.".
  
  
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]]:
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@ pg. 141, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Alagoas:
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«1) NOSSA SENHORA DA AJUDA. Sito à margem direita do rio Mundaú. Engenho d'água. Fundado por volta de 1613, de quando datava sua capela. Pertencia a Sebastião Dias. Ocupado pelo exército da resistência em 1636. Estando arruinado, foi adquirido por Gabriel Soares por 30 mil florins, em seis prestações anuais. Repassado em 1638 aos irmãos François e Jacob Cloet, donde ser mencionado como o engenho dos Cloeten. François, comerciante, viera para o Brasil em 1636. Dispunha de três partidos de lavradores que forneciam 57 tarefas (2850 arrobas), sem partido da fazenda. Em 1643, devido às excursões dos campanhistas luso-brasileiros, só tinha a casa de purgar, pois "tudo mais está inteiramente arruinado". A situação ainda era a mesma em 1645 quando Gabriel Soares alegava que, não tendo sido pago pelos Cloeten, não poderia satisfazer suas obrigações com a WIC. O governo do Recife resolveu reintegrar Gabriel Soares na posse do engenho, devendo pagar a soma 27225 florins, mais juros de mora, em prestações anuais de 5 mil florins. Em 1645 e 1663, Gabriel Soares devia 46983 florins à Companhia. Em 1655, o engenho ainda estava a monte.(113)».
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@ pg. 187, Notas:
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«(113) FHBH, I, pp. 80, 162, 242; II, pp. 129-30, 174; RCCB, pp. 61, 151; MDGB, pp. 225, 227; DN, 23.VI.1637, 10.I.1645; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; VWIC, IV, p. 207; Procuração de Marten Meynaerts van de Haar, 3.IX. 1636, Gemeente Archief (Amsterdã), Cartório J. van de Vem, 1045, fls. 183-183v.; Diégues Jr., ''O bangüê nas Alagoas'', pp. 49, 70.».
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 07h30min de 16 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] N S dAiuda

Engenho de bois com igreja na m.d. do 'Mondaĩ' (Rio Mundaú).


Natureza: engenho de bois com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Alagoas.


Nomes históricos: Engenho Mundaú, Engenho de Nossa Senhora da Ajuda (N S dAiuda, ∂'Aju∂a).


Nome atual: ...

  • Há uma povoado, Apolônia, na possível ubicação deste engenho - vide mapa IBGE Geocódigo 2707701 RIO LARGO - AL.

[editar] Citações:

►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. ∂'Aju∂a'.


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 80:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Nas Alagoas

Na Alagoa do Norte:

10, o engenho de Sebastião Dias;".


(Dussen, 1640), pg. 162:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Alagoas

Alagoas do Norte

116) Engenho Nossa Senhora da Ajuda, pertencente a François Cloet, é engenho d'água e mói. São lavradores:

Domingos Pinto 25 tarefas

Antônio da Silva 20

Antônio da Silva 12

_______________

57 tarefas".


(Bullestrat, 1642), pg. 174:

"No que concerne às condições atuais do engenho do Sr. Cloet, tratei de fazer inquirições para a propósito poder apresentar relatório. ".


(Walbeek & Moucheron, 1643), pg. 129:

"Os três engenhos da lagoa do Norte estão situados no rio Mondaí, que despeja no mesmo lago pelo lado ocidental.

O primeiro ou o mais próximo pertence a Huybrecht e Jacob Cloet, e só tem a casa de purgar; tudo o mais está inteiramente arruinado (11). ".


(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 139, Nota:

"(11) É o Engenho Nossa Senhora da Ajuda: ver o Relatório antes citado e o Index das Notas de Vários Tabeliães de Lisboa 4 vols. (Lisboa 1931-49) III p. 115. ".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da Alagoa que ao presente estão a monte e arruinados

- O engenho de Sebastião Dias, pagava a um e meio por cento.".


(Diegues Jr, 1949), pg. 70:

"Da mesma época do de Martins Ribeiro é o engenho Nossa Senhora da Ajuda, invocação religiosa do hoje engenho Mundaú, nome com que vem sendo conhecido desde muitas dezenas, senão centenas, de anos. O Mundaú ou Nossa Senhora da Ajuda data de quase o mesmo ano que o Nossa Senhora da Encarnação; a diferença talvez deva ser de dois a três anos.

O Dr. Leite e Oiticica que foi senhor do Mundaú, encontrou em escavações realizadas na capela do engenho, uma inscrição com data de 1613 (79), donde se deduz que àquele ano já existia a capela do engenho. Ou melhor: deve tratar-se do ano da própria construção. Antes de Cloet, foi proprietário do Mundaú Sebastião Dias.

Este Sebastião Dias deve ser o próprio construtor do engenho, e, pelas indicações genealógicas de Borges da Fonseca, fica-se sabendo ser ele avô de Sebastião Dias Maneli, herói da guerra contra os Palmares. Em 1660 era proprietário do Mundaú o capitão Tomé Dias de Sousa, cujo pai se chamava Sebastião Dias Madeiro. Tomé Dias casou com Isabel Maneli e do seu consórcio nasceu Sebastião Dias Maneli que haveria de figurar com tanto brilho na luta final contra os negros palmarinos, constituindo-se uma das três principais figuras — ele, Bernardo Vieira de Melo e Domingos Jorge Velho. O capitão Tomé Dias ainda em 1672 era senhor do Nossa Senhora da Ajuda, como se verifica de sua petição, pedindo traslado da provisão régia passada em favor dos senhores de engenho e lavradores, petição essa publicada no volume XVI (1932) da «Revista do Instituto Histórico de Alagoas».

Não será o primeiro Sebastião Dias o já referido construtor do engenho? Não teria ele próprio, posteriormente, ou seu filho Tomé reavido o engenho em virtude da expulsão dos holandeses? São perguntas que, a meu ver, merecem respostas afirmativas, baseando-se, sobretudo, na circunstância de que, por anos seguidos, o engenho continuou na posse da família Dias.

(79) "A Igreja de N. S. da Ajuda no engenho Mundaú", in Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, vol. V, n° 1 — 1913.".


(Câmara Cascudo, 1956), pg. 170:

"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 141, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Alagoas:

«1) NOSSA SENHORA DA AJUDA. Sito à margem direita do rio Mundaú. Engenho d'água. Fundado por volta de 1613, de quando datava sua capela. Pertencia a Sebastião Dias. Ocupado pelo exército da resistência em 1636. Estando arruinado, foi adquirido por Gabriel Soares por 30 mil florins, em seis prestações anuais. Repassado em 1638 aos irmãos François e Jacob Cloet, donde ser mencionado como o engenho dos Cloeten. François, comerciante, viera para o Brasil em 1636. Dispunha de três partidos de lavradores que forneciam 57 tarefas (2850 arrobas), sem partido da fazenda. Em 1643, devido às excursões dos campanhistas luso-brasileiros, só tinha a casa de purgar, pois "tudo mais está inteiramente arruinado". A situação ainda era a mesma em 1645 quando Gabriel Soares alegava que, não tendo sido pago pelos Cloeten, não poderia satisfazer suas obrigações com a WIC. O governo do Recife resolveu reintegrar Gabriel Soares na posse do engenho, devendo pagar a soma 27225 florins, mais juros de mora, em prestações anuais de 5 mil florins. Em 1645 e 1663, Gabriel Soares devia 46983 florins à Companhia. Em 1655, o engenho ainda estava a monte.(113)».

@ pg. 187, Notas:

«(113) FHBH, I, pp. 80, 162, 242; II, pp. 129-30, 174; RCCB, pp. 61, 151; MDGB, pp. 225, 227; DN, 23.VI.1637, 10.I.1645; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; VWIC, IV, p. 207; Procuração de Marten Meynaerts van de Haar, 3.IX. 1636, Gemeente Archief (Amsterdã), Cartório J. van de Vem, 1045, fls. 183-183v.; Diégues Jr., O bangüê nas Alagoas, pp. 49, 70.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S dAiuda (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S_dAiuda_(engenho_de_bois). Data de acesso: 23 de maio de 2024.


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